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Quais os critérios para voltar a jogar futebol após a cirurgia de LCA (ligamento cruzado anterior)

Como todo tratamento pós cirúrgico, devemos respeitar as fases, quando chegamos na fase 4 iniciamos o retorno gradual e progressivo ao futebol competitivo. Portanto, é necessário diferenciar entre vários tipos de devolução:

• Retorno à prática de treinamento de equipe reduzida (sem contato)
• Retornar ao treinamento de equipe completo (normal) prática (com contato)
• Retorne aos jogos não competitivos (inicialmente não durante todo o jogo)
• Retornar ao jogo competitiva (inicialmente não durante todo o jogo)
Este primeiro retorno é geralmente o mais crucial.

O jogador deve estar fisicamente e psicologicamente pronto para mudar de treinamento individual, onde a maioria das situações é intensa, mas controlada, para a equipe treino, onde o jogador também fica exposto a situações não controladas. Nesta fase, o jogador também continua a realizar treinamento específico, com foco na melhoria deficiências identificadas (força, coordenação e resistência) sob supervisão.


Pesquisas recentes mostraram claramente que força / potência e deficiências funcionais na extremidade inferior envolvida pode persistem até 6 ou mais meses após a reconstrução primária do LCA, e que desequilíbrios de força persistentes podem ser vinculado a um risco aumentado de relesão no futebol.
A força muscular comum e critérios de desempenho de salto usados antes de retornar ao esporte, que pode não ser exigente e sensível o suficiente para detectar diferenças laterais e novas recomendações propostas para testes de função muscular em indivíduos após a reconstrução do LCA.


Porque o futebol é um jogo de alta intensidade atividade intermitente, o treinamento deve incluir exercícios físicos que visam melhorar a aptidão aeróbica, potência anaeróbia e capacidade, habilidade de corrida de velocidade, potência e força muscular.

Outro que não seja lidando com as demandas fisiológicas da partida, o treinamento físico pode neutralizar o declínio na proficiência técnica causado pela fadiga.Vários estudos mostraram diferentes treinamentos eficazes estratégias para melhorar esses condicionamentos componentes.


Testes funcionais 

Recentemente apresentaram uma bateria de testes de desempenho para mostrar como déficits unilaterais estão presentes e podem estar ocultos em atividades de membros inferiores bilateral em atletas 1 ano após a reconstrução do LCA. Portanto, o fisioterapeuta esportivo precisa verificar regularmente as tarefas de salto na perna do membro envolvido, garantindo que o jogador continua a demonstrar boa qualidade geral do movimento (joelho, quadril, e tronco).

Existem 2 testes de desempenho considerados os melhores, em termos de validade e confiabilidade em jogadores de futebol saudáveis, são a recuperação intermitente de Yo-Yo (Yo-Yo) teste e o repetido shuttle-sprint teste de capacidade (RSSA).


a) Yo-Yo Intermittent Recovery Test (Yo-Yo IRT):

Há dois níveis do Yo-Yo IRT, estes se diferenciam pelo nível de intensidade. O YoYo IRT 1 possui uma velocidade inicial (10 km/h) mais baixa que o Yo-Yo IRT 2 (13 km/h). A progressão de carga também é menor no Yo-Yo IRT 1 frente ao Yo-Yo IRT 2. Assim que, considerando as diferentes faixas etárias de uma categoria de base, propõe-se que o Yo-Yo IRT 1 seja realizado como procedimento preferencial de avaliação até a categoria Sub-16, sendo as categorias superiores optando-se pelo Yo-Yo IRT 2. Segundo Bangsbo et al. (21) o Yo-Yo IRT 1 avalia a capacidade individual de realizar exercícios intermitentes repetidos com um alto componente aeróbio. Já no segundo (Yo-Yo IRT 2), os sistemas energéticos aeróbio e anaeróbio são altamente exigidos. A sua confiabilidade e validade são bem conhecidas (21), além do rendimento no teste ter mostrado boa correlação com a quantidade de esforços realizados em alta intensidade e distância percorrida durante partidas também em jovens jogadores.


b) Running-Based Anaerobic Sprint Test (RAST):


Consiste em seis sprints de 35 metros, com 10 segundos de recuperação entre eles. Entre outras variáveis, o teste possibilita estimar a potência máxima (Pmáx), média (Pméd) e mínima (Pmín) desenvolvida pelos participantes, além da redução percentual do desempenho (índice de fadiga), o melhor sprint (sprint mais rápido) e o tempo total (soma dos tempos dos seis sprints). As variáveis mencionadas acima podem ser calculadas através das seguintes equações:


d) Potência (W) = Peso (kg) x Distância2 (m) / Tempo3 (s)
e) Pmáx = maior valor de potência
f) Pméd = média dos seis valores de potências
g) Pmín = menor valor de potência
h) IF = (Pmáx – Pmín / Pmáx) x 100
i) Duas fotocélulas, com precisão de 0,001s, foram colocadas nos pontos 0 e 35 metros, ambas conectadas a um computador com software específico (multisprint®) para determinar o tempo de cada sprint. Foi pedido aos atletas realizarem esforço máximo em todas as seis tentativas e não desacelerarem antes de cruzarem a linha final. Cada sprint foi iniciado a partir do ponto (0 ou 35 m) onde eles haviam finalizado o sprint anterior. A saída para cada sprint foi realizada a partir da posição de pé, com os sujeitos parados e posicionados a 40 cm atrás da linha de acionamento do cronômetro das fotocélulas. Nos pontos 0 e 35 metros, foram colocados dois avaliadores para cronometrar o tempo de 10 segundos de recuperação, utilizando cronômetros manuais. As variáveis Pmáx, Pmín e IF foram calculadas através das equações acima mencionadas. O melhor sprint e o tempo total também foram registrados.


j) Alguns estudos (AZIZ et al., 2000; MECKEL et al., 2009) tem utilizado o IF, o tempo total e o melhor sprint como índices de desempenho em testes de capacidade de sprints repetidos. No presente estudo, estes índices também foram utilizados com o mesmo fim.

Dados disponíveis para as diferentes funções dos jogadores (defensor, zagueiro, meio-campista e atacante) que, até se os valores de corte não existirem, pode ajudar no julgamento do desempenho e da prontidão de retorno ao jogo do jogador. O Yo Os testes Yo e RSSA também podem ser usados para monitorar a melhora do atleta ao longo Tempo.
Testes específicos adicionais, como drible de velocidade, passe curto e longo e tiro, foram propostas na literatura, mas nunca foram totalmente validadas cientificamente. Essas e outras habilidades são praticados diariamente e, semelhantes a jogar contra um oponente, físico e mental a preparação deve ser gradualmente otimizada.


Portanto, para voltar à participação plena após a cirurgia do LCA, o jogador de futebol deve fazer uma progressão bem-sucedida através da reabilitação descrita fases (conforme julgado pelo fisioterapeuta esportivo) Yo-Yo e Resultados do teste RSSA

aspecto chave para a reabilitação bem-sucedida de um jogador de futebol profissional é uma abordagem um-para-um (fisioterapeuta esportivo para atleta). Isso permite o monitoramento diário do status do joelho e progresso, e também permite uma melhor adaptação da intensidade e conteúdo do programa de reabilitação. Perto cooperação entre o atleta, fisioterapeuta, cirurgião, treinador esportivo e o treinador é outro fator chave.

A reabilitação pode ser arbitrariamente dividida em 4 fases: (1) proteção e deambulação controlada, (2) controlada treinamento, (3) treinamento intensivo, e (4) voltar ao jogo.O período de tempo para cada fase varia dependendo da cirurgia procedimento e resposta individual para tratamento.


A progressão é orientada por critérios através da fase de reabilitação de retorno ao esporte após Reconstrução do LCA. Deve-se avaliar a força, estabilidade, equilíbrio, simetria dos membros, potência, agilidade, técnica e resistência para a volta do atleta de volta aos esportes.


Fase 1


Esta fase, com foco na recuperação do movimento e deambulação e controle do inchaço imediatamente após a cirurgia, não será discutido.

Fase 2

Esta fase inclui o treinamento neuromuscular específico do futebol. Inicialmente, o foco é na estabilização do joelho (e membros inferiores) em posições de suporte de peso, começando com estático, depois dinâmico e, eventualmente, exercícios reativos. Atenção particular é dado ao varo / valgo e rotacional controle do joelho reparado cirurgicamente e membros inferiores, enfatizando o alinhamento adequado dos membros inferiores (evitando colapso do joelho medialmente) pélvis e estabilização do tronco. Treinamento em superfícies instáveis são particularmente úteis para aumentam a ativação neuromuscular e controle (FIGURA 1).

 

A estabilização rotacional pode ser treinada em uma simples rotação superfície instável.
De acordo com os princípios de aprendizagem motora (prática bloqueada / aleatória), 46 é importante fazer exercícios em diferentes condições ambientais (por exemplo, no ginásio, salão interno e no campo) e com calçados diferentes (por exemplo, sem sapatos, tênis e chuteiras). A bola de futebol deve ser usada, tanto quanto possível, como uma ferramenta para melhorar o reativo estratégias de estabilização (FIGURA 2).

Com um jogador de campo, os passes básicos (pés) são simulado, enquanto recepções básicas de recepção (mãos) são usadas com um goleiro.

O atleta está autorizado a pular / fazer malabarismos com o bola, e também para executar passes simples (usando os lados interno e externo do o pé) com a perna operada. Às vezes, o atleta pode combinar treinamento com atividades menos focadas (FIGURA 3).

Incorporando a bola de futebol e equipamentos específicos para futebol (calçados) na fase 2 não é apenas importante para melhorar neuromuscular específico do futebol estratégias de estabilização, mas também para promover uma atitude psicológica positiva em reabilitação.

Mais tarde, na fase 2, o objetivo é controlar a acelaração ,desaceleração, lateral, diagonal, e deslocamentos rotacionais do corpo, enquanto com foco na estabilização do joelho. Trabalhando contra resistência elástica é considerada uma ferramenta poderosa para treinar neuromusculares controle, já que o joelho, a extremidade inferior, a pelve e a parte superior do corpo precisam ser controlados com base na direção da resistência. Primeiro, o foco está na estabilização adequada em velocidades mais lentas (lado a lado, sem pular), depois nas velocidades e na dinâmica os movimentos são aumentados gradualmente. Exercícios básicos, como estocadas (frontal, lateral ou diagonal), realizados com e sem rotações de tronco, são úteis em promovendo a estabilização multiplanar de o joelho reparado cirurgicamente. Algumas formas simples de exercícios de rapidez também estão incluídos nesta fase. Por exemplo, o atleta fica parado, então, no sinal de início, executa corrida suave sobre alguns metros antes de parar e se estabilizar no joelho operado, em seguida, chuta o bola com a perna não operada. Isso pode ser realizado primeiro no ginásio e depois em campo para melhor estimular o processo de aprendizagem motorizada. As técnicas pliométricas básicas (aterrissagem e estabilização adequadas) são progrediu de perna dupla para perna única atividades (salto horizontal e vertical), enfatizando qualidade versus quantidade de
movimento. Cabecear a bola também é praticado, com decolagem e aterrissagem adequadas técnica (s). Atividades na piscina são uma forma popular de treinamento adicional para jogadores de futebol em esta fase controlada. Usando as propriedades da água, o atleta pode se exercitar equilíbrio e coordenação, além de realizando exercícios de corrida (eventualmente com um colete molhado), com carga mínima em o joelho operado. O atleta está pronto para passar para a fase 3.


Fase 3


Exercícios específicos do futebol mais complexos e desafiadores caracterizam a fase 3. Exercícios específicos de futebol são realizados de forma progressiva “clássica” (3 peças com 4 níveis cada) para correr e treinos de futebol. Partes / níveis específicos podem ser adicionados ou removidos conforme o jogador avança. Não há prazos definidos para complete cada parte em um determinado nível, mas realizar cada ponto (a, b, c, etc) do progressão para um nível na mesma frequência por 3 dias é recomendada antes passando para o próximo nível, seja distância, tempo, repetições ou intensidade. Isso permite uma progressão gradual de cada parte e, portanto, garante a função correta e que nenhuma reação adversa do joelho é anotado antes de passar para o próximo nível.
Programas de reabilitação têm sido demonstrou falhar devido a um rápido aumento na carga de exercício, seja de velocidade ou duração, ou a adição de diferentes exercícios que colocam uma maior demanda no joelho e enxerto. Broca Star Run Esta broca pode ser adaptada para treinamento específico de corrida e futebol. Pode incorporar todos os aspectos do futebol, incluindo brocas para frente, para trás ou multidirecionais e brocas explosivas e reativas com corte. O esboço da broca é simples (FIGURA 4).

As distâncias pode ser aumentado ou diminuído, mas o jogador posição tende a ditar o tamanho do quadrado e a intensidade com que o jogador está funcionando.
Pesquisa do jogo análises 49 mostraram que os sprints (corrida/”tiros”) têm entre 10 e 25 m de comprimento e 3 e 5 segundos de duração. A energia sistemas em uso também são importantes consideração durante essas fases de reabilitação. Jogadores de futebol precisam treinar ambos os sistemas anaeróbio e aeróbio, já que distâncias de até 10 km (defensores centrais) ou 12 km (meio-campistas) são cobertos por jogadores profissionais de alto nível em um partida.
Exercícios combinados ,atividades diferentes, como como pés rápidos, corridas curtas, cortes e acelerando, e as rotações do corpo podem ser treinado em uma sequência rápida em uma distância predefinida (por exemplo, 20 m). Incorporando várias habilidades em uma sequência rápida provou ser um específico eficaz rapidez e controle dinâmico do corpo método de treinamento para jogadores de futebol após cirurgia de joelho.
Situações de contato
Um aspecto dos últimos exercícios específicos do esporte é o contato, que é um elemento importante do jogo de futebol. Embora as rupturas LCA tendam a ocorrer mais frequentemente sem contato, ocorrendo de contatos não pode ser ignorado. Analisando dados da série italiana uma Liga, determinou que o contato gerou lesões com mais frequência durante jogos competitivos, enquanto as lesões sem contato ocorreram com mais frequência durante o treinamento e jogos não oficiais. Comparando uma série de esportes diferentes (basquete, futebol e lacrosse) sugeriu que o nível de contato permitido em esportes de pivô pode ser um fator na determinar o risco de lesão no LCA específico do esporte. Frequentemente, o nível de contato do esporte é esquecido no programa de reabilitação e deixado para os jogadores gerenciarem eles gradualmente voltam ao treinamento. Apesar sempre há risco com o contato, sugerimos que pode ser melhor incluir este aspecto do jogo em um ambiente controlado de reabilitação, em vez de deixe isso para o ambiente imprevisível de uma sessão de treinamento. Se o joelho do jogador é capaz de suportar gradualmente as forças de valgo / varo com e sem rotação, eles devem ser capazes de lidar com a carga / forças graduais de contato. Controlando as forças de desaceleração de um contato são vital, pois demonstrou reduzir o incidência de ruptura do LCA. O treinamemto repetitivo de técnicas de pouso adequadas permitiu que os atletas desenvolvessem conhecimentos respostas que podem ajudar a minimizar ou prevenir lesões quando são colocados no jogo ou situações de prática.
O contato pode ser controlado com bloco tackles (FIGURA 5) e chute com uma perna de objetos que se movem (FIGURA 6), eventualmente progredindo para a carga corporal real, seja no solo ou no ar (FIGURA 7).

Situações de combate


O equipamento deslizante é outro tipo de contato que deve ser abordado, pois é uma função importante do joelho no lado defensivo dos jogos. Progressões graduais de pouso no chão e chutando uma bola pode ser incluído primeiro sem outra pessoa, e, eventualmente, com um terapeuta perguntando o paciente deslize e chute a bola para longe dos pés do terapeuta. Conjuntos e repetições podem ser adicionados gradualmente, com velocidade apenas sendo adicionado quando o paciente está começando para participar do treinamento do grupo. É vital, no entanto, que antes de adicionar esses exercícios de estágio final, todos os aspectos do salto com uma perna e treinamento de rotação foram concluídos. O a superfície da grama também deve ser inspecionada antes para realizar esses tipos de exercícios, como condições externas, como um molhado escorregadio superfície, pode colocar o atleta em maior risco.

Fase 4:


• Critérios para entrar nesta fase
Retorno para a pratica de futebol reduzida:
De 16 – 24 semanas

  • Sem dor/ edema
  • ADM completa
  • Ótimo controle neuromuscular
  • Força do quadríceps e isquiostibiais > 85% do membro não envolvido
    • Objetivos desta fase:
    Trazer o jogador de volta para o treino sem restrições, com toda posse desse jogador de habilidades e condicionamento
    • Treino funcional e treino adicional:
  • Estabilidade e força do CORE
  • Treino de força com maquinas, focando visa o defict de força ainda no músculo que for necessário
  • Flexibilidade,
    Retorno para a pratica do futebol completa
  • Sem dor e edema
  • ADM completa
  • Ótimo controle neuromuscular
  • Força do quadríceps e isquiostibiais > 95% do membro não envolvido
  • Índice de salto (Hop test) > 90% do membro não envolvido
  • Resultados satisfatórios dos testes Yo-Yo e RSSA
  • Preparação final do que o jogador precisa para competir
  • Continuar com treino adicional do gesto esportivo do futebol pelo aquecimento especifico do (11+)

Referências Bibliográficas:

  • https://www.efdeportes.com/efd155/teste-de-sprints-repetidos-em-jogadores-de-futebol.htm
    file:///C:/Users/Usuario/Downloads/137-547-1-PB.pdf
  • MARIO BIZZINI, PT, PhD1 • DAVE HANCOCK, MSc, MCSP, BHSc, HPC2 • FRANCO IMPELLIZZERI, PhD3
    Suggestions From the Field for Return to Sports Participation Following Anterior Cruciate Ligament Reconstruction: Soccer 306  |  april 2012  |  volume 42  |  number 4  |  journal of orthopaedic & sports physical therapy

A importância do aquecimento para a atividade física

A importância do aquecimento para a atividade física

Antes de iniciar uma atividade física é necessário preparar o corpo para o esforço ao qual será submetido. Sair de um estado de inércia, com atividade zero, para um esforço intenso, pode ser prejudicial e resultar em lesões.

Por isso, o aquecimento é um procedimento que deve ser parte integrante do início de qualquer atividade, seja ela recreativa, esportiva e até mesmo para as atividades laborais. Para alguns autores, o aquecimento é considerado como a primeira parte da atividade física.

Mas, afinal, o que é considerado aquecimento?

Entende-se por aquecimento todas as medidas que servem como preparação para a atividade, seja para o treinamento ou para competição. A intenção dessa etapa é a obtenção do estado ideal físico e psíquico, bem como preparação cinética e coordenativa na prevenção de lesões.

Dentre os benefícios do aquecimento estão relacionados aumento da temperatura muscular e do metabolismo energético, aumento da elasticidade do tecido (os músculos, os tendões e os ligamentos tornam-se mais elásticos, o que proporciona diminuição do risco de lesão), aumenta a produção do líquido sinovial (aumentando a lubrificação das articulações), aumento do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo periférico, melhora da função do sistema nervoso central e do recrutamento das unidades motoras neuromusculares. Estas modificações provocam melhoria na fluidez e na eficácia do gesto esportivo prevenindo também os problemas articulares.

Em termos mais simples, podemos dizer que o aquecimento proporciona o aumento do fluxo de sangue para os músculos e outros tecidos, preparando o corpo para uma atividade mais intensa, o que facilita a execução da atividade física proposta, bem como previne possíveis lesões.

Existem maneiras diferentes de se realizar o aquecimento. Ele pode ser do tipo ativo ou passivo, geral ou específico.

1- Aquecimento ativo:

Consiste em movimentos de baixa intensidade e que são eficazes na elevação da temperatura corporal, promovendo aquecimento dos tecidos e produzindo uma variedade de melhorias nas funções fisiológicas.

2- Aquecimento passivo:

Inclui fontes de calor externas como duchas quentes, fricção, massagem ou até mesmo diatermia (uso de recursos que aumentam a temperatura local).

3 – Aquecimento geral ativo:

Possibilita um funcionamento mais dinâmico do organismo como um todo, cuja realização mobiliza grandes grupos musculares, como ocorre em um trote leve.

4- Aquecimento específico:

Consiste em exercícios específicos para uma modalidade, visando grupos musculares mais selecionados, provocando redistribuição do sangue que se encontra em grande porcentagem retido no trato gastrointestinal, de modo a favorecer maior irrigação da musculatura a ser recrutada, suprindo-a com mais oxigênio e possibilitando alcançar uma temperatura ideal.

O objetivo central do aquecimento geral ativo é obter aumento da temperatura corporal e da musculatura, bem como preparar o sistema cardiovascular e pulmonar para a atividade e para o desempenho motor. Atividades de aquecimento são necessárias para preparar o corpo para a atividade física vigorosa porque aumentam o desempenho e diminuem o risco de lesão muscular. Intensidade moderada de aquecimento ativo e aquecimento passivo pode aumentar o desempenho muscular de 3 a 9%.

Alguns fatores devem ser considerados ao realizar o aquecimento:

Idade – Quanto mais velha é a pessoa, mais cuidadoso e gradual o aquecimento deve ser.

Condicionamento Físico – Quanto mais treinada a pessoa é, mais intenso deve ser seu aquecimento. Nunca faça atividades com as que você não esta acostumado.

Modalidade Esportiva – Deve ser realizado de acordo com a modalidade praticada, aquecimento específico para determinada região.

Temperatura Ambiente – Em dias quentes o aquecimento pode ser reduzido, em dias frios o tempo de aquecimento deve ser alongado.

Eu me alongo antes da atividade física. É aquecimento?

O alongamento tem por objetivo melhorar a capacidade elástica dos tecidos moles, músculos e tendões. Porém, o alongamento passivo, por exemplo, não é capaz por si só por promover um aumento global de temperatura, necessário para promover o aquecimento do corpo e prepará-lo para a atividade esportiva.

Além disso, vários estudos demonstram que o alongamento muscular passivo realizado pré – atividade física pode diminuir o desempenho em certos movimentos para os quais o sucesso depende da máxima força e/ou potência produzida. A maioria dos estudos demonstrou que o alongamento muscular provoca diminuição de força em relação ao desempenho muscular.

O que recomendamos é, realizar um alongamento que promova aumento da temperatura corporal, que trabalhe o corpo por inteiro, associado à técnicas específicas para cada modalidade, que, em alguns casos, pode sim envolver algum tipo de alongamento, após a primeira etapa ter sido realizada.

Referências:

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922010000300015#:~:text=Dentre%20os%20benef%C3%ADcios%20do%20aquecimento,do%20l%C3%ADquido%20sinovial%20(aumentando%20a

3 exercícios diários para dor lombar mecânica – Big Three

 

A dor lombar é um dos problemas de saúde mais comuns em adultos. Estima-se que 80% da população vai apresentar dor lombar em algum momento da vida. Está também entre as 10 principais causas de consultas e internações, resultando em 5 a 10% dos afastamentos da atividade de trabalho por mais de sete dias.

A dor lombar acomete a região acima da linha glútea e pode ou não ser referida para o membro inferior. Além disso, podemos considera-la crônica, se persistir por mais de três meses.

Os pacientes de dor lombar crônica são divididos em três grupos:

1) associado a uma doença subjacente específica;

2) com presença de componente neuropático, quando a dor lombar é associada à lesão ou doença do sistema nervoso somatossensitivo;

3) inespecífica, que na maioria dos casos é de origem mecânica.

A dor lombar crônica de origem inespecífica representa 70 a 80% dos casos. Na maioria desses casos, a dor está associada à condições do sistema musculoesquelético, como:

– Processo degenerativo das pequenas articulações posteriores, provocando irritação das raízes lombares;

– Acentuação da lordose por aumento da curvatura da coluna;

– Fraqueza na musculatura abdominal que acarreta maior pressão nas articulações facetárias;

– Assimetria das facetas articulares lombares.

A nossa coluna precisa ter flexibilidade para executar os movimentos, mas ao mesmo tempo, precisa ter estabilidade, para que seja capaz de suportar as cargas impostas sem dor e lesão.

Um dos pesquisadores mais importantes no estudo da dor lombar é o professor e pesquisador canadense Stuart McGill, da Universidade de Waterloo, que conseguiu definir e medir a estabilidade da coluna vertebral com seu trabalho.

Primeiro, quando os músculos contraem, criam força e rigidez. É a parte da rigidez que é importante para a estabilidade. Este é o papel dos músculos. Através de sua pesquisa, ele mediu atletas que não obtêm rigidez muscular adequada ao redor da coluna, coordenando a ativação muscular e suas lesões e dores subsequentes.

Segundo, nosso corpo funciona como um sistema vinculado. E o movimento distal requer rigidez proximal. Sempre que movimentamos nossas pernas ou braços, precisamos de uma estabilidade da coluna, ou seja, contração da musculatura proximal. Assim, todo movimento corporal precisa de uma coordenação adequada dos músculos. Desde movimentos mais simples, até correr ou agachar, requer rigidez da coluna e estabilidade do núcleo.

Para garantir essa estabilidade, todos os músculos da região lombar e abdômen precisam ser trabalhados.

Nos anos em que estudou a coluna vertebral, o Dr. McGill descobriu que existem três exercícios específicos que abordam com mais eficiência todas essas áreas sem causar tensões excessivas nas partes das costas que podem ser agravadas ou irritadas devido a lesões. Esse grupo de exercícios ficou conhecido como “The Big Three”.

1- Curl-Up:

Deite-se de costas com um joelho dobrado e o outro reto. Se você atualmente tem uma dor que irradia por uma perna, alise-a contra o chão. Coloque as mãos sob a região lombar (isso garantirá que sua coluna permaneça em uma posição neutra e ligeiramente arqueada durante o próximo passo). Levante a cabeça do chão apenas alguns centímetros e mantenha-a nessa posição por 10 segundos O objetivo é realizar esse enrolamento sem nenhum movimento na região lombar. Se você elevar demais o tronco e cabeça (como uma flexão ou contração tradicional), a região lombar será arredondada e forças excessivas serão transferidas para a coluna vertebral, o que poderia aumentar seus sintomas.

2- Prancha lateral:

A prancha lateral é um exercício único, pois ativa os músculos oblíquo e quadrado lombar, em apenas um lado do corpo, tornando-a uma excelente opção para tratar de elos fracos na estabilidade e colocar forças mínimas na coluna. Também envolve um importante estabilizador do quadril / pelve no quadril lateral (o glúteo médio).

Deite-se de lado, com as pernas dobradas e a parte superior do corpo apoiada no cotovelo. Coloque a mão livre no ombro oposto. Levante os quadris para que apenas o joelho e o braço apoiem o peso do corpo.

Mantenha essa posição por 10 segundos antes de voltar a descer. Execute o mesmo esquema para o outro lado.

3- Bird-Dog:

Assuma a posição de 4 apoios, com as costas em um alinhamento neutro. Lembre-se de que uma posição “neutra” é um arco muito leve e não completamente plano. Sem permitir que ocorra qualquer movimento na região lombar, chute uma das pernas para trás enquanto levanta simultaneamente o braço oposto até que as duas extremidades estejam totalmente esticadas.

Esses três exercícios são capazes de recrutar toda a musculatura da região e gerar estabilidade. Devem ser realizados de maneira isométrica, que é quando sustentamos o movimento por um determinado período de tempo. Isso se deve ao fato de que esse tipo de contração, permite que os músculos da região ganhem resistência.

A dose recomendada é: 5 movimentos, 3 movimentos e 1 movimento para finalizar. Todos com sustentados por 10 segundos, com intervalo de 8 a 10 segundos entra cada repetição.

Além de realizar os exercícios diariamente é necessário identificar e tratar a causa da dor, recuperar a mobilidade da coluna e educar o paciente para que seus hábitos de vida mudem e diminuam a chance de recidiva da dor.

Lembrando que o tratamento completo deve ser prescrito de maneira individual, após a avaliação do fisioterapeuta.

 

Escrito por: Barbara de Araújo

Crefito 3/186523- F

Fisioterapeuta da Equipe High Performance

 

Referências:

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-00132017000200173&script=sci_arttext&tlng=pt

https://squatuniversity.com/2018/06/21/the-mcgill-big-3-for-core-stability/

https://www.backfitpro.com/

A importância da fisioterapia no pós-operatório

 

Quando falamos de pós-operatório, é imprescindível que a reabilitação seja conduzida de maneira adequada, caso contrário o total reestabelecimento da função do corpo e até mesmo o objetivo da cirurgia, podem ficar comprometidos. Sem a realização da fisioterapia pós- operatória direcionada de maneira INDIVIDUAL e especializada, o processo de recuperação se torna mais longo, doloroso e pode, inclusive, favorecer uma recidiva da lesão.

Embora a cirurgia ortopédica tenha por objetivo reconstruir um tecido machucado, devolvendo a capacidade de a estrutura envolvida gerar função de maneira satisfatória, a abordagem cirúrgica promove alguns danos teciduais que, muitas vezes, se somam, inicialmente, à lesão primária que foi reparada. O resultado disso é que, no pós-operatório imediato, os pacientes apresentam dor, edema, diminuição da função do membro acometido e regiões próximas, além da necessidade de imobilização ou dispositivos que auxiliem na marcha, por exemplo.

A atuação do fisioterapeuta

  • Pode iniciar antes mesmo da cirurgia acontecer, principalmente quando falamos daquelas realizadas de maneira eletiva.
  • Podemos orientar sobre os cuidados iniciais para esse paciente e também tratar a dor e melhorar a função até que a cirurgia aconteça.

– No pós-operatório:

  • Atuamos desde os primeiros momentos após a retomada de consciência da anestesia.
  • É essencial o acompanhamento ainda na enfermaria para orientar o posicionamento daquele membro, auxiliar o paciente a sentar, se vestir, ensinar como realizar higiene de maneira adequada, ficar de pé e andar.

-Na maior parte das cirurgias do membro inferior (quadril, joelho, tornozelo e pé):

  • Mesmo quando há restrição para a descarga de peso, o paciente precisa aprender andar com o auxílio de um andador ou muletas da maneira correta, antes de ter alta. Isso é importante para que o indivíduo se sinta mais seguro e entenda como deve proceder em casa, protegendo a cirurgia, mas sendo capaz de manter um grau mínimo de independência.

Após a realização de algumas técnicas cirúrgicas :

Como reconstrução de ligamentos do joelho e menisco, fixação de fratura de cotovelo, colocação de prótese de joelho e quadril, precisamos incentivar e realizar a mobilização precoce da articulação.

Então, poucos dias após a alta, o paciente já estará liberado para iniciar ou continuar a fisioterapia na clínica ou de maneira domiciliar.

– Nessa primeira etapa os principais objetivos são:

  • Diminuir a dor e o edema da região;
  • Quando possível iniciar mobilização precoce em ângulos de proteção articular;
  • Abordar a inibição muscular, iniciar fortalecimento de músculos que não estejam diretamente envolvidos na lesão;
  • Verificar sempre se o uso da imobilização está sendo feito de maneira adequada;
  • Treinar marcha com os dispositivos auxiliares, respeitando a descarga de peso permitida e tolerada pelo paciente;
  • Treino das atividades cotidianas que, muitas vezes, necessitam de adaptação nesse momento.

– Cada estrutura do nosso corpo possui o seu próprio tempo de cicatrização:

Podendo ainda sofrer influência da gravidade da lesão, idade, nível de atividade física, doenças associadas, lesões e cirurgias prévias, tabagismo, etilismo e outros. Caso seja exposta precocemente a determinadas cargas, pode haver retardo da cicatrização e até uma nova ruptura ou fratura.

É papel do fisioterapeuta orientar a cada sessão o que é permitido realizar ou não naquele momento e explicar os motivos. Estar bem orientado e ser participante ativo do tratamento diminui a ansiedade do paciente e, também, minimiza os riscos de que ele se exponha a situações inadequadas para àquele momento.

E assim, o tratamento vai evoluindo, sempre de acordo com a fase de cicatrização, com a adequação ao quadro clínico do paciente e de acordo com algumas recomendações do cirurgião.

É fundamental o trabalho multidisciplinar para uma boa evolução pós-operatória. Procuramos manter o contato em todas as fases do tratamento, para que seja desenvolvida da maneira mais efetiva e individualizada possível para o paciente.

Evoluímos semanalmente o trabalho de ganho de movimento, força, equilíbrio, treino das atividades de trabalho e, por último, treino do gesto esportivo e retorno ao esporte.

Só podemos considerar completa a reabilitação, quando todas as etapas são cumpridas de maneira satisfatória, o paciente está reinserido em todas as suas atividades de maneira segura, sem queixas e orientado sobre os cuidados que deve levar para a vida.

Acompanhado por uma equipe de fisioterapeutas especialistas, seu cirurgião e seguindo todas às orientações e etapas do tratamento, o resultado será excelente, com uma vida ativa e sem dor.

Tendinopatia de ombro – Manguito Rotador

Tendinopatia de ombro – Manguito Rotador

 

O ombro:

É uma das articulações mais complexas do nosso corpo. Formada por um conjunto de estruturas: ossos, músculos, tendões, ligamentos, cápsula articular e lábio glenoidal, é a articulação mais móvel do corpo, porém é também a mais instável.

Uma das estruturas mais importantes para esse complexo é o Maguito Rotador, composta por um grupo de quatro músculos (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular), que estão posicionados em torno da articulação do Ombro, sendo responsáveis por estabilizá-la e produzir os movimentos de: elevação do ombro, abdução, rotação lateral e rotação medial.

As tendinopatias do Manguito Rotador estão entre as lesões mais comuns do Ombro e, geralmente são dolorosas e limitantes, podendo chegar a incapacitar algumas atividades do dia a dia, trabalho e ou esportivas.

Podendo aparecer em qualquer faixa etária, se apresenta com mais frequência nos indivíduos entre 40 a 60 anos, com maior predisposição às mulheres.

São vários fatores que colaboram para o aparecimento dessa situação. Entre os principais, temos:

– Envelhecimento

– Sobrecarga

– Sedentarismo

– Desequilíbrio Muscular

– Tabagismo

– Atividades esportivas de arremesso ou que usam o braço e grande amplitude: tênis, basquete, vôlei, beisebol, handball, natação.

– Atividades de trabalho repetitivas, que usam o braço, principalmente carregando peso ou com amplitudes de movimento exageradas, como, por exemplo: professores, costureiras, faxineiros e pintores.

– Traumas;

Porém, a causa mais comum que leva ao surgimento da tendinopatia é a chamada Síndrome do Impacto do Ombro (SIO), que acontece quando as estruturas do ombro (tendões e bursas) sofrem compressão durante o movimento de levantar o braço por uma porção da escápula (Acrômio) e uma porção do Úmero (Tubérculo Maior), devido a um desequilíbrio muscular, sendo responsável por até 60% dos casos de DOR no ombro.

Ainda dentro das causas de SIO e tendinopatia do Manguito Rotador, a anatomia é um fator determinante dessa condição.

Nós possuímos diferentes tipos de Acrômios:

A proeminência óssea da Escápula responsável pela compressão das estruturas que estão dentro do espaço subacromial. Quanto mais curvo o acrômio, maior a chance de ocasionar a síndrome do impacto do ombro.

Os autores Morrison e Bigliani, descreveram três tipos de acrômio:

  •  plano (Tipo I);
  •  curvo (Tipo II);
  • ganchoso (Tipo III)

Estudos em cadáveres mostram uma incidência de 80% de roturas do manguito, associadas com as formas acromiais curvas e ganchosas.

A autora Snyder, também atribui à espessura aumentada no terço anterior do acrômio, importante participação na patologia, independente da curvatura acromial.

Nesse caso, o acrômio nos Tipos:

A → quando a espessura, visualizada na radiografia em perfil do acrômio, é menor que 8 mm;

B → quando esta se situa entre 8 e 12 mm;

C → quando acima de 12 mm

Além das particularidades ósseas, também observamos algumas diferenças entre os tendões do Manguito Rotador. Nesse caso, o tendão do músculo supraespinal é o menos vascularizado. Isso faz com que essa estrutura apresente o maior índice de tendinopatia do Ombro.

Em relação aos SINTOMAS da tendinite do ombro, geralmente encontramos:

– Dor para elevar o braço até o final ou incapacidade de completar o movimento;

– Dor na região lateral ou posterior do Ombro, podendo ser referida até a região acima do cotovelo;

– Inicialmente a dor aparece durante algumas atividades e, com a piora do quadro, pode estar presente no fim do dia e em repouso;

– Dor noturna.

TRATAMENTO

O tratamento da tendinopatia é inicialmente conservador (NÃO-CIRÚRGICO), feito através de fisioterapia, onde após a avaliação, são aplicadas técnicas para melhorar a dor, restaurar a amplitude de movimento e reestabelecer o equilíbrio muscular.

ATENÇÃO: Sem o reequilíbrio muscular o tratamento NÃO pode ser considerado COMPLETO!!

Além disso, é IMPRESCINDÍVEL a conscientização quanto à mudança de alguns hábitos e seguir as orientações do FISIOTERAPEUTA quanto às melhores formas de se realizar as atividades de vida diária, trabalho e esporte.

A SIO e a tendinopatia podem reaparecer caso essas adaptações e mudanças não sejam feitas de maneira permanente. Quadros de tendinite redicivante podem resultar em lesão parcial ou total dos tendões do Manguito Rotador.

Quando há falha do tratamento conservador (3 a 12 meses de tratamento, sem melhora completa dos sintomas), geralmente em pacientes com acrômio dos tipos II e III, o cirurgião realiza o procedimento de Acromioplastia, transformando a estrutura antes curva ou ganchosa em plana.

Após o procedimento cirúrgico, também é indicada a fisioterapia pós-operatória.

Nesse caso, o fisioterapeuta também irá realizar as etapas de melhora da dor, pode utilizar recursos como laser, ultrassom e correntes para auxiliar no processo de cicatrização e, por fim e mais importante etapa do tratamento, o ganho de força e reequilíbrio muscular, com retorno às atividades laborais e esportivas sem dor ou limitação.

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“High Performance Fisio & Pilates”

-Abaixo segue um vídeo de uns dos principais exercícios para o tratamento da tendinopatia de ombro:

Referências Bibliográficas:

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000200027&lng=pt&tlng=pt

https://bjsm.bmj.com/content/44/13/918.long

Mitos e verdades sobre a dor

Mitos e verdades sobre a dor

Ao longo da vida, somos bombardeados com muita informação sobre vários assuntos. O que fazer, o que não fazer, o que nunca fazer. Em relação à dor, não é diferente.

Diversas são as crenças construídas em torno do que machuca ou não nosso corpo e qual a maneira correta de se mover. A questão é: existe maneira correta de se mexer?

Antes de responder essa pergunta, vamos trazer uma outra reflexão: o que é dor? Alguma vez você já se perguntou sobre isso?

A DOR é definida como uma experiência pessoal e única, uma sensação que acontece quando nosso corpo é exposto à algum estímulo que considera nocivo. Ou seja, quando meu corpo se sente ameaçado por algum estímulo, ocorre a sensação de dor.

A partir dessa definição, podemos pegar um gancho para falar sobre o primeiro mito sobre a dor:

Mito 1: Sentir dor significa ter uma lesão.

Crescemos associando que a dor ocorre sempre que eu me machuco. Porém, a dor, muitas vezes, significa apenas que o corpo foi exposto à alguma “ameaça”, como imos anteriormente.

Diversos são os aspectos que contribuem para nossa experiência de dor. Hoje, trabalhamos com o chamado modelo biopsicossocial, que leva em consideração fatores ambientais, emocionais, as experiências prévias de dor, entre muitos outros fatores.

Para exemplificar como lesão não é igual a dor, pegamos um estudo que avaliou a Ressonância Magnética do joelho de indivíduos com mais de 40 anos, todos assintomáticos. O resultado do estudo mostrou que mais de 40% dessas pessoas apresentava lesão do menisco, sem nenhum sintoma de dor ou limitação articular, reforçando mais uma vez que uma lesão estrutural nem sempre resultará em sintoma.

Com isso, chegamos no nosso próximo mito:

Mito 2: Sempre que tenho dor, tenho que fazer um exame de imagem.

O exame de imagem, também conhecido como exame complementar, tem como objetivo exatamente para isso, COMPLEMENTAR os testes feitos no consultório e não substituir.

Na maioria dos casos, especialmente os que não envolvem um episódio de trauma associado, o exame físico e os testes realizados são suficientes para direcionar o tratamento.

Voltando a falar sobre como crenças interferem na nossa experiência de dor, temos uma nova pergunta: quanta coisa você já deixou de fazer porque acreditou que causaria dor?

Com essa pergunta vamos entrar nos mitos que relacionam movimento, exercícios com a dor.

Mito 3: Quem tem dor no joelho não pode realizar agachamento.

O agachamento um exercício extremamente importante no processo de recuperação de lesões e seguro quando bem orientado pelo profissional.

Esse exercício simula atividades como sentar e levantar e é essencial para atividades como subir e descer escadas.

Feito da maneira correta, na fase ideal do tratamento e, algumas vezes adaptado no que chamamos de ângulo de proteção, que é o ângulo que protege a estrutura machucada, deve estar presente na vida do paciente.

Ainda sobre mitos relacionando exercício e movimento, acredito que o mais comum é o próximo da lista:

Mito 4: Quem tem dor na coluna não pode pegar objetos no chão.

Aqui, o que temos de mais importante pra aprender é que é seguro se mexer!

Nosso corpo foi feito para estar em movimento e, dobrar a coluna faz parte da nossa fisiologia.

O que acontece é que, em alguns casos, dependendo do sintoma do paciente e da fase do tratamento, podem acontecer restrições para ajudar a melhorar os sintomas. Mas, logo o paciente será exposto gradualmente às atividades e movimentos outra vez, de maneira segura.

Por último, outro mito muito comum, que vem sendo quebrado através de vários estudos é:

Mito 5: Corrida e exercícios de impacto causam artrose.

Um estudo de 2017 da conceituada revista JOSPT, comparou três grupos: sedentários, corredores moderados e corredores profissionais (alto volume) e conclui que: entre os corredores com volume moderado apenas 3,5% apresentou osteoartrose de joelho ou quadril. Já entre os sedentários 10,2% apresentou a condição, ficando atrás apenas do grupo que corria profissionalmente ou com um alto volume semanal. O estudo avaliou indivíduos que correram por no mínimo 15 anos.

Pensando então nas nossas crenças sobre exercício, não existe contra indicação absoluta para nenhum deles. Cada ser humano é único e uma série de fatores devem ser considerados para inserir exercícios e movimentos durante o tratamento.

Respondendo então a nossa pergunta inicial: existe maneira correta para se mover? A resposta é não. Não existe forma correta para isso. O que existe são adaptações, muitas vezes temporárias, que precisamos fazer para o nosso corpo se recuperar de alguma condição ou para evitar que se instale.
De modo geral, sempre procure um profissional para te ajudar com as dúvidas e indicar o tratamento correto e lembre-se sempre: é seguro se mexer!

 

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