Diferenciais da Fisioterapia Esportiva

O que é fisioterapia esportiva?

A Fisioterapia Esportiva ou Fisioterapia Desportiva é o ramo especializado da Fisioterapia que lida com lesões e questões relacionadas com atletas ou esportistas.
Lesões esportivas diferem das lesões do dia-a-dia. Os atletas normalmente exigem desempenho de alto nível e demanda colocada em seu corpo, o que pressiona seus músculos, articulações e ossos ao limite. Fisioterapeutas esportivos ajudam os atletas a se recuperarem de lesões esportivas e fornecem educação e recursos para prevenir problemas.

O que é um fisioterapeuta esportivo?

Os fisioterapeutas esportivos exigem conhecimentos adicionais para fornecer o melhor atendimento aos seus atletas. Para aumentar os seus conhecimentos e aptidões, realizam uma formação profissional contínua na área da fisioterapia esportiva. Na Highperformance temos fisioterapeutas esportivos em sua equipe clínica para ajudar nossos clientes atletas – profissionais e amadores.
Cada fisioterapeuta esportivo geralmente tem conhecimento específico do esporte que aborda lesões agudas, crônicas e por uso excessivo. Os seus serviços estão geralmente disponíveis para esportistas de todas as idades que praticam esportes em qualquer nível de competição.
Nós da Highperformance temos experiência e conhecimento das mais recentes práticas baseadas em evidências, avaliação e diagnóstico qualificados de lesões esportivas, usamos técnicas eficazes e protocolos de exercícios para ajudar na recuperação e prevenir lesões futuras.
Nossa experiência na área da fisioterapia esportiva nos ajuda a entender o que o paciente precisa fazer para retornar com segurança e rapidez ao seu esporte, atividades de vida diária ou emprego.
Além de realizar uma avaliação detalhada, oferecemos soluções de longo prazo, não apenas soluções rápidas que, na realidade, duram pouco tempo.

Lesão dos últimos 12 meses é fator para nova lesão em corredores!?

A corrida é um dos tipos de atividade física mais populares do mundo, sendo que o número de praticantes vem crescendo consideravelmente nos últimos 40 anos. Muitas pessoas que buscam hábitos de vida mais saudáveis, como controlar o peso corporal e melhorar a capacidade física, acabam por escolher a corrida como modalidade de exercício, considerada uma atividade física de baixo custo e de fácil execução.

Uma das consequências do aumento da popularidade da prática da corrida é o aumento das lesões musculoesqueléticas entre os praticantes, as quais apresentam incidência que pode variar entre 19,4% e 92,4% dependendo da população alvo e da definição do termo “lesão musculoesquelética” utilizada. Alguns estudos foram realizados com o objetivo de se identificar possíveis fatores de risco para lesões musculoesqueléticas em corredores, e os principais fatores encontrados nesses estudos foram a distância semanal percorrida e a presença de lesões prévias.

Foi feito um estudo com participação de 200 corredores que responderam a um formulário online que continha questões sobre hábitos, características do treinamento e histórico de lesões relacionadas à prática da corrida. Participaram da pesquisa corredores com idade igual ou superior a 18 anos e que eram praticantes de corrida há pelo menos seis meses.

A descrição das características dos indivíduos foi separada em dois grupos, um dos corredores “com histórico de lesão” e outro “sem histórico de lesão”. A prevalência de lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida nos últimos 12 meses foi de 55% (n=110) dos corredores estudados, e as principais lesões relatadas foram as tendinopatias (17,3%, n=19) e as lesões musculares (15,5%, n=17). Quanto à localização anatômica, o joelho foi a região mais afetada, com 27,3% (n=30) das lesões.

A prevalência de lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida nos últimos 12 meses dos participantes deste estudo foi de 55% (n=110). As principais lesões apresentadas foram as tendinopatias e as lesões musculares, sendo o joelho a articulação que foi mais acometida. De todas as informações obtidas dos atletas, a única característica que apresentou associação com lesões musculoesqueléticas prévias relacionadas à corrida no modelo final foi o tempo de experiência de prática de corrida.

A análise de regressão logística multivariada mostrou que a experiência de corrida de cinco e 15 anos apresentou uma associação com ausência de lesões musculoesqueléticas prévias relacionadas à corrida

Essa alta taxa de lesões no joelho normalmente é atribuída à grande magnitude das forças de impacto presentes no membro inferior durante a corrida, que pode variar de um e meio a três vezes o peso corporal26.

Acredita-se que os resultados deste estudo poderão auxiliar os corredores e os treinadores a elucidarem algumas questões sobre características de treinamento de corrida e, principalmente, os fisioterapeutas, que geralmente são os responsáveis pela implementação de programas de prevenção de lesões em grupos de corridas ou equipes, além de contribuir com os pesquisadores que também se preocupam com essa questão, podendo auxiliar na alteração de alguns fatores de treinamento e, potencialmente, diminuir a incidência de lesões musculoesqueléticas em corredores. Para os corredores, saber a quantidade e quais são as lesões da corrida pode alertar sobre a necessidade de cuidados em relação à prática dessa atividade física, estimulando um modo mais seguro. A identificação das lesões em corredores ainda estimula os fisioterapeutas a desenvolverem programas de tratamento mais eficazes para essa população com o objetivo de diminuir o tempo de recuperação e promover a volta à prática de forma mais segura.

Notas:

Quando o tratamento correto é realizado, o retorno gradual ao esporte, não significa que você terá uma nova lesão.

👉Mas se você teve uma lesão e não tratou, corre o risco de uma nova lesão;

👉O joelho é a articulação mais acometida ;

👉Sendo um dos principais fatores de sobrecarga para lesões nos últimos 12 meses é aumento do volume – distância total em pouco tempo ou pace = intensidade, corre mais rápido;

🔵O aumento por mês recomendado é de 10%;

🔵Tratar no início e tentar não parar da atividade;

🔵Analisar a distância e pace;

🔵Realizar um programa de prevenção de lesões com o fisioterapeuta e o educador físico

🔵Cuidar do sobrepeso

🔵Utilizar 2 ou 3 tênis e intercalar, tênis neutro confortável.

Referencia Bibliográfica:

Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais: um estudo transversal Luiz C. Hespanhol Junior1,2, Leonardo O. P. Costa1-3, Aline C. A. Carvalho1, Alexandre D. Lopes1,2ISSN 1413-3555 Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 16, n. 1, p. 46-53, jan./fev. 2012 ©Revista Brasileira de Fisioterapia

 

Qual o tênis ideal para a corrida?

A pergunta mais comum entre os praticantes de corrida ou aqueles que pretendem iniciar essa modalidade esportiva é: como escolher o tênis ideal para a corrida?

O tênis é o material mais importante na vida do corredor. Mas, nem sempre realizar essa escolha é simples, uma vez que existem inúmeras opções no mercado e diferentes orientações, o que pode tornar a saga pela busca do tênis um tanto quanto frustrante.

Basicamente, quando se tenta comprar um tênis é comum encontrar a divisão em tipos de pisada: pronada, supinada e neutra. Mas, nem sempre realizar a compra de acordo com o tipo de pisada é a melhor escolha. E por quê?

Primeiro, muitas vezes, a maneira como pisamos quando parados no lugar, pode não corresponder à nossa maneira de pisar dinamicamente, ou seja, enquanto corremos. O ideal seria analisar como o pé se comporta durante a corrida, além de um teste de pisada, já que o tênis de pisada pronada ou supinada tende a jogar o pé para o lado oposto, forçando as estruturas a adotarem uma posição não fisiológica, que pode resultar em dor e lesão. Então, o que se recomenda é o uso de um tênis de pisada neutra e, se necessário, a colocação de uma palmilha feita sob medida.

Em relação ao amortecimento do tênis, os estudos mais recentes mostram que os tênis mais minimalistas e, que simulam a corrida descalço, possuem menor índice de lesões, além de economizar energia e favorecer o gesto da corrida. Porém, para quem está habituado ao uso de um amortecimento maior, deve realizar a transição de maneira gradual, para permitir uma melhor adaptação do corpo e evitar dores e lesões.

Outro ponto importante é observar o desgaste de tênis. Um calçado muito desgastado irá absorver menos impacto e fará o pé realizar adaptações. Importante também evitar o uso de tênis muito largo ou apertado, pois poderá machucar, criar bolhas e calosidades que podem interferir no comportamento do pé durante o gesto.

Mobilidade de tornozelo versus corrida: Quais as consequências de diminuição de mobilidade do tornozelo na corrida

 

Mobilidade de tornozelo versus corrida: Quais as consequências de diminuição de mobilidade do tornozelo na corrida

A articulação do tornozelo é formada entre os aspectos inferiores da tíbia e fíbula e a superfície superior do tálus.

A biomecânica da corrida difere da caminhada. Durante a corrida a amplitude de movimento articular, a atividade muscular e as forças de reação das articulações variam principalmente com base na velocidade e muitas vezes de uma etapa para a próxima.

A marcha pode ser categorizada em uma fase de apoio (60%), que consiste em dois períodos de apoio de membro duplo (cada 12%) e um período de apoio único (35%), e uma fase de balanço (40%). Enquanto o a velocidade da marcha aumenta, uma terceira fase – a que não dá suporte fase de flutuação – se desenvolve. Esta fase distingue correr de caminhar aumentando a velocidade, de correr lento, para uma corrida, para um sprint. (A fase de postura diminui, e o balanço e especialmente o aumento das fases de flutuação.15) De caminhando para a corrida, o período da fase de apoio diminui de 0,62 a 0,14 segundo.

A dorsiflexão adequada resulta no movimento correto do pé e contribui para a prevenção de lesões. Enquanto você corre o movimento de dorsiflexão coloca seu pé em uma posição ideal para absorver o choque da aterrissagem e tensiona seus músculos para saltar para a próxima passada. Isso permite um menor tempo de contato com o solo por passada, permitindo que você corra com mais rapidez e eficiência.

A diminuição de dorsiflexão ocasiona menos de controle do pé, resultando em má distribuição de força que contribui para lesões como dores nas canelas e joelho do corredor. A dorsiflexão deficiente também reduz a capacidade de utilizar e aplicar a força dos músculos da cadeia posterior, impactando no agachamento, aterrissar de um salto, descer um degrau, aumenta o valgo dinâmico do joelho.

A diminuição da dorsiflexão pode ser causada por vários fatores:

– A flexibilidade dos músculos da cadeia posterior do membro inferior: quando estão tensos, eles restringem a dorsiflexão.

– A restrição da própria articulação do tornozelo, geralmente causada por uma cápsula articular rígida ou tecido cicatricial e aderências ocorrendo na articulação. Pode até ser causado como uma reação secundária a uma lesão anterior no tornozelo, como uma torção no tornozelo.

– Se não houver tecido mole ou problema de mobilidade, pode ser que os músculos anteriores estejam fracos, cansem rapidamente e simplesmente não sejam utilizados em primeiro lugar devido à falta de consciência ou técnica correta.

 – Adaptações posturais e hábitos na escolha dos calçados (especialmente os sapatos de salto alto), não é surpresa que muitas pessoas têm problemas de mobilidade de tornozelo.

A abordagem para ganho de mobilidade do tornozelo é combinada e inclui: Exercícios de autoliberação miofascial, alongamentos e exercícios de mobilidade de tornozelo.  Esta ordem para soltar os tecidos moles e maximizar a flexibilidade antes de trabalhar a mobilidade articular de maneira específica.

Exercícios de Autoliberação Miofascial para Dorsiflexão do Tornozelo

Uma das técnicas mais simples de autoliberação miofascial para mobilidade de tornozelo é usar o rolo de espuma na panturrilha por todo o comprimento do músculo e do tendão por até 30 segundos. Se por acaso encontram um ponto doloroso ou um ponto gatilho focar no mesmo por por 8-10 segundos.

Além da panturrilha também podemos liberar a fáscia plantar com uma bola (Pode ser usada uma bola de tênis por exemplo, já que isto tem um efeito de aumentar ainda mais o comprimento da cadeia posterior. Há uma conexão direta entre a fáscia plantar e o tendão Calcâneo.

Alongamentos para a Mobilidade do Tornozelo

Se existem restrições moderadas ou severas, manter a posição por 30 segundos.

O exercício de alongamento da panturrilha na parede. Normalmente coloca-se o pé para cima contra a parede ou degrau. O benefício é que se pode controlar a intensidade do alongamento através da distância da parede e do grau de inclinação do pé.

Exercícios Básicos de Mobilidade de Tornozelo

É uma progressão em que os dedos elevados contra a parede, tornando o exercício um desafio à mobilidade e um alongamento.

Exercícios Avançados de Mobilidade de Tornozelo

  • Mobilização na posição meio ajoelhada usando um bastão. O indivíduo começa na posição meio-ajoelhada, então posiciona o bastão na parte de fora do pé na altura do 5º dedo. Quando se inclinar a frente, certifique-se de que o joelho passe por fora do bastão.
  • Mulligan é mais uma de muitas das técnicas podem ser empregadas para ganhos de mobilidade no contexto de treinamento físico, não necessariamente somente para o tratamento de pacientes.

Como pudemos ver, existem muitas variações de exercícios que podem ser desempenhados de acordo com a limitação que se apresenta. Você pode experimentar diferentes combinações, mas o que importa realmente é encontrar o que funciona melhor para cada indivíduo. No entanto, aí estão alguns bons exemplos de exercícios de mobilidade de tornozelo que podem ser escolhidos para tentar melhorar a dorsiflexão.

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Exercícios para ganho de mobilidade do tornozelo:

 

 

 

Referências bibliográficas:

 

  • Dill, K. E., Begalle, R. L., Frank, B. S., Zinder, S. M., Padua, D. A. Altered Knee and Ankle Kinematics During Squatting in Those With Limited Weight-Bearing–Lunge Ankle-Dorsiflexion Range of Motion. Journal Athl Train, 2014.

 

  • Fong CM, Blackburn JT, Norcross MF, McGrath M, Padua DA. Ankle-dorsiflexion range of motion and landing biomechanics. J Athl Train. 2011.

 

 

 

 

 

 

 

Quais os critérios para voltar a jogar futebol após a cirurgia de LCA (ligamento cruzado anterior)

Como todo tratamento pós cirúrgico, devemos respeitar as fases, quando chegamos na fase 4 iniciamos o retorno gradual e progressivo ao futebol competitivo. Portanto, é necessário diferenciar entre vários tipos de devolução:

• Retorno à prática de treinamento de equipe reduzida (sem contato)
• Retornar ao treinamento de equipe completo (normal) prática (com contato)
• Retorne aos jogos não competitivos (inicialmente não durante todo o jogo)
• Retornar ao jogo competitiva (inicialmente não durante todo o jogo)
Este primeiro retorno é geralmente o mais crucial.

O jogador deve estar fisicamente e psicologicamente pronto para mudar de treinamento individual, onde a maioria das situações é intensa, mas controlada, para a equipe treino, onde o jogador também fica exposto a situações não controladas. Nesta fase, o jogador também continua a realizar treinamento específico, com foco na melhoria deficiências identificadas (força, coordenação e resistência) sob supervisão.


Pesquisas recentes mostraram claramente que força / potência e deficiências funcionais na extremidade inferior envolvida pode persistem até 6 ou mais meses após a reconstrução primária do LCA, e que desequilíbrios de força persistentes podem ser vinculado a um risco aumentado de relesão no futebol.
A força muscular comum e critérios de desempenho de salto usados antes de retornar ao esporte, que pode não ser exigente e sensível o suficiente para detectar diferenças laterais e novas recomendações propostas para testes de função muscular em indivíduos após a reconstrução do LCA.


Porque o futebol é um jogo de alta intensidade atividade intermitente, o treinamento deve incluir exercícios físicos que visam melhorar a aptidão aeróbica, potência anaeróbia e capacidade, habilidade de corrida de velocidade, potência e força muscular.

Outro que não seja lidando com as demandas fisiológicas da partida, o treinamento físico pode neutralizar o declínio na proficiência técnica causado pela fadiga.Vários estudos mostraram diferentes treinamentos eficazes estratégias para melhorar esses condicionamentos componentes.


Testes funcionais 

Recentemente apresentaram uma bateria de testes de desempenho para mostrar como déficits unilaterais estão presentes e podem estar ocultos em atividades de membros inferiores bilateral em atletas 1 ano após a reconstrução do LCA. Portanto, o fisioterapeuta esportivo precisa verificar regularmente as tarefas de salto na perna do membro envolvido, garantindo que o jogador continua a demonstrar boa qualidade geral do movimento (joelho, quadril, e tronco).

Existem 2 testes de desempenho considerados os melhores, em termos de validade e confiabilidade em jogadores de futebol saudáveis, são a recuperação intermitente de Yo-Yo (Yo-Yo) teste e o repetido shuttle-sprint teste de capacidade (RSSA).


a) Yo-Yo Intermittent Recovery Test (Yo-Yo IRT):

Há dois níveis do Yo-Yo IRT, estes se diferenciam pelo nível de intensidade. O YoYo IRT 1 possui uma velocidade inicial (10 km/h) mais baixa que o Yo-Yo IRT 2 (13 km/h). A progressão de carga também é menor no Yo-Yo IRT 1 frente ao Yo-Yo IRT 2. Assim que, considerando as diferentes faixas etárias de uma categoria de base, propõe-se que o Yo-Yo IRT 1 seja realizado como procedimento preferencial de avaliação até a categoria Sub-16, sendo as categorias superiores optando-se pelo Yo-Yo IRT 2. Segundo Bangsbo et al. (21) o Yo-Yo IRT 1 avalia a capacidade individual de realizar exercícios intermitentes repetidos com um alto componente aeróbio. Já no segundo (Yo-Yo IRT 2), os sistemas energéticos aeróbio e anaeróbio são altamente exigidos. A sua confiabilidade e validade são bem conhecidas (21), além do rendimento no teste ter mostrado boa correlação com a quantidade de esforços realizados em alta intensidade e distância percorrida durante partidas também em jovens jogadores.


b) Running-Based Anaerobic Sprint Test (RAST):


Consiste em seis sprints de 35 metros, com 10 segundos de recuperação entre eles. Entre outras variáveis, o teste possibilita estimar a potência máxima (Pmáx), média (Pméd) e mínima (Pmín) desenvolvida pelos participantes, além da redução percentual do desempenho (índice de fadiga), o melhor sprint (sprint mais rápido) e o tempo total (soma dos tempos dos seis sprints). As variáveis mencionadas acima podem ser calculadas através das seguintes equações:


d) Potência (W) = Peso (kg) x Distância2 (m) / Tempo3 (s)
e) Pmáx = maior valor de potência
f) Pméd = média dos seis valores de potências
g) Pmín = menor valor de potência
h) IF = (Pmáx – Pmín / Pmáx) x 100
i) Duas fotocélulas, com precisão de 0,001s, foram colocadas nos pontos 0 e 35 metros, ambas conectadas a um computador com software específico (multisprint®) para determinar o tempo de cada sprint. Foi pedido aos atletas realizarem esforço máximo em todas as seis tentativas e não desacelerarem antes de cruzarem a linha final. Cada sprint foi iniciado a partir do ponto (0 ou 35 m) onde eles haviam finalizado o sprint anterior. A saída para cada sprint foi realizada a partir da posição de pé, com os sujeitos parados e posicionados a 40 cm atrás da linha de acionamento do cronômetro das fotocélulas. Nos pontos 0 e 35 metros, foram colocados dois avaliadores para cronometrar o tempo de 10 segundos de recuperação, utilizando cronômetros manuais. As variáveis Pmáx, Pmín e IF foram calculadas através das equações acima mencionadas. O melhor sprint e o tempo total também foram registrados.


j) Alguns estudos (AZIZ et al., 2000; MECKEL et al., 2009) tem utilizado o IF, o tempo total e o melhor sprint como índices de desempenho em testes de capacidade de sprints repetidos. No presente estudo, estes índices também foram utilizados com o mesmo fim.

Dados disponíveis para as diferentes funções dos jogadores (defensor, zagueiro, meio-campista e atacante) que, até se os valores de corte não existirem, pode ajudar no julgamento do desempenho e da prontidão de retorno ao jogo do jogador. O Yo Os testes Yo e RSSA também podem ser usados para monitorar a melhora do atleta ao longo Tempo.
Testes específicos adicionais, como drible de velocidade, passe curto e longo e tiro, foram propostas na literatura, mas nunca foram totalmente validadas cientificamente. Essas e outras habilidades são praticados diariamente e, semelhantes a jogar contra um oponente, físico e mental a preparação deve ser gradualmente otimizada.


Portanto, para voltar à participação plena após a cirurgia do LCA, o jogador de futebol deve fazer uma progressão bem-sucedida através da reabilitação descrita fases (conforme julgado pelo fisioterapeuta esportivo) Yo-Yo e Resultados do teste RSSA

aspecto chave para a reabilitação bem-sucedida de um jogador de futebol profissional é uma abordagem um-para-um (fisioterapeuta esportivo para atleta). Isso permite o monitoramento diário do status do joelho e progresso, e também permite uma melhor adaptação da intensidade e conteúdo do programa de reabilitação. Perto cooperação entre o atleta, fisioterapeuta, cirurgião, treinador esportivo e o treinador é outro fator chave.

A reabilitação pode ser arbitrariamente dividida em 4 fases: (1) proteção e deambulação controlada, (2) controlada treinamento, (3) treinamento intensivo, e (4) voltar ao jogo.O período de tempo para cada fase varia dependendo da cirurgia procedimento e resposta individual para tratamento.


A progressão é orientada por critérios através da fase de reabilitação de retorno ao esporte após Reconstrução do LCA. Deve-se avaliar a força, estabilidade, equilíbrio, simetria dos membros, potência, agilidade, técnica e resistência para a volta do atleta de volta aos esportes.


Fase 1


Esta fase, com foco na recuperação do movimento e deambulação e controle do inchaço imediatamente após a cirurgia, não será discutido.

Fase 2

Esta fase inclui o treinamento neuromuscular específico do futebol. Inicialmente, o foco é na estabilização do joelho (e membros inferiores) em posições de suporte de peso, começando com estático, depois dinâmico e, eventualmente, exercícios reativos. Atenção particular é dado ao varo / valgo e rotacional controle do joelho reparado cirurgicamente e membros inferiores, enfatizando o alinhamento adequado dos membros inferiores (evitando colapso do joelho medialmente) pélvis e estabilização do tronco. Treinamento em superfícies instáveis são particularmente úteis para aumentam a ativação neuromuscular e controle (FIGURA 1).

 

A estabilização rotacional pode ser treinada em uma simples rotação superfície instável.
De acordo com os princípios de aprendizagem motora (prática bloqueada / aleatória), 46 é importante fazer exercícios em diferentes condições ambientais (por exemplo, no ginásio, salão interno e no campo) e com calçados diferentes (por exemplo, sem sapatos, tênis e chuteiras). A bola de futebol deve ser usada, tanto quanto possível, como uma ferramenta para melhorar o reativo estratégias de estabilização (FIGURA 2).

Com um jogador de campo, os passes básicos (pés) são simulado, enquanto recepções básicas de recepção (mãos) são usadas com um goleiro.

O atleta está autorizado a pular / fazer malabarismos com o bola, e também para executar passes simples (usando os lados interno e externo do o pé) com a perna operada. Às vezes, o atleta pode combinar treinamento com atividades menos focadas (FIGURA 3).

Incorporando a bola de futebol e equipamentos específicos para futebol (calçados) na fase 2 não é apenas importante para melhorar neuromuscular específico do futebol estratégias de estabilização, mas também para promover uma atitude psicológica positiva em reabilitação.

Mais tarde, na fase 2, o objetivo é controlar a acelaração ,desaceleração, lateral, diagonal, e deslocamentos rotacionais do corpo, enquanto com foco na estabilização do joelho. Trabalhando contra resistência elástica é considerada uma ferramenta poderosa para treinar neuromusculares controle, já que o joelho, a extremidade inferior, a pelve e a parte superior do corpo precisam ser controlados com base na direção da resistência. Primeiro, o foco está na estabilização adequada em velocidades mais lentas (lado a lado, sem pular), depois nas velocidades e na dinâmica os movimentos são aumentados gradualmente. Exercícios básicos, como estocadas (frontal, lateral ou diagonal), realizados com e sem rotações de tronco, são úteis em promovendo a estabilização multiplanar de o joelho reparado cirurgicamente. Algumas formas simples de exercícios de rapidez também estão incluídos nesta fase. Por exemplo, o atleta fica parado, então, no sinal de início, executa corrida suave sobre alguns metros antes de parar e se estabilizar no joelho operado, em seguida, chuta o bola com a perna não operada. Isso pode ser realizado primeiro no ginásio e depois em campo para melhor estimular o processo de aprendizagem motorizada. As técnicas pliométricas básicas (aterrissagem e estabilização adequadas) são progrediu de perna dupla para perna única atividades (salto horizontal e vertical), enfatizando qualidade versus quantidade de
movimento. Cabecear a bola também é praticado, com decolagem e aterrissagem adequadas técnica (s). Atividades na piscina são uma forma popular de treinamento adicional para jogadores de futebol em esta fase controlada. Usando as propriedades da água, o atleta pode se exercitar equilíbrio e coordenação, além de realizando exercícios de corrida (eventualmente com um colete molhado), com carga mínima em o joelho operado. O atleta está pronto para passar para a fase 3.


Fase 3


Exercícios específicos do futebol mais complexos e desafiadores caracterizam a fase 3. Exercícios específicos de futebol são realizados de forma progressiva “clássica” (3 peças com 4 níveis cada) para correr e treinos de futebol. Partes / níveis específicos podem ser adicionados ou removidos conforme o jogador avança. Não há prazos definidos para complete cada parte em um determinado nível, mas realizar cada ponto (a, b, c, etc) do progressão para um nível na mesma frequência por 3 dias é recomendada antes passando para o próximo nível, seja distância, tempo, repetições ou intensidade. Isso permite uma progressão gradual de cada parte e, portanto, garante a função correta e que nenhuma reação adversa do joelho é anotado antes de passar para o próximo nível.
Programas de reabilitação têm sido demonstrou falhar devido a um rápido aumento na carga de exercício, seja de velocidade ou duração, ou a adição de diferentes exercícios que colocam uma maior demanda no joelho e enxerto. Broca Star Run Esta broca pode ser adaptada para treinamento específico de corrida e futebol. Pode incorporar todos os aspectos do futebol, incluindo brocas para frente, para trás ou multidirecionais e brocas explosivas e reativas com corte. O esboço da broca é simples (FIGURA 4).

As distâncias pode ser aumentado ou diminuído, mas o jogador posição tende a ditar o tamanho do quadrado e a intensidade com que o jogador está funcionando.
Pesquisa do jogo análises 49 mostraram que os sprints (corrida/”tiros”) têm entre 10 e 25 m de comprimento e 3 e 5 segundos de duração. A energia sistemas em uso também são importantes consideração durante essas fases de reabilitação. Jogadores de futebol precisam treinar ambos os sistemas anaeróbio e aeróbio, já que distâncias de até 10 km (defensores centrais) ou 12 km (meio-campistas) são cobertos por jogadores profissionais de alto nível em um partida.
Exercícios combinados ,atividades diferentes, como como pés rápidos, corridas curtas, cortes e acelerando, e as rotações do corpo podem ser treinado em uma sequência rápida em uma distância predefinida (por exemplo, 20 m). Incorporando várias habilidades em uma sequência rápida provou ser um específico eficaz rapidez e controle dinâmico do corpo método de treinamento para jogadores de futebol após cirurgia de joelho.
Situações de contato
Um aspecto dos últimos exercícios específicos do esporte é o contato, que é um elemento importante do jogo de futebol. Embora as rupturas LCA tendam a ocorrer mais frequentemente sem contato, ocorrendo de contatos não pode ser ignorado. Analisando dados da série italiana uma Liga, determinou que o contato gerou lesões com mais frequência durante jogos competitivos, enquanto as lesões sem contato ocorreram com mais frequência durante o treinamento e jogos não oficiais. Comparando uma série de esportes diferentes (basquete, futebol e lacrosse) sugeriu que o nível de contato permitido em esportes de pivô pode ser um fator na determinar o risco de lesão no LCA específico do esporte. Frequentemente, o nível de contato do esporte é esquecido no programa de reabilitação e deixado para os jogadores gerenciarem eles gradualmente voltam ao treinamento. Apesar sempre há risco com o contato, sugerimos que pode ser melhor incluir este aspecto do jogo em um ambiente controlado de reabilitação, em vez de deixe isso para o ambiente imprevisível de uma sessão de treinamento. Se o joelho do jogador é capaz de suportar gradualmente as forças de valgo / varo com e sem rotação, eles devem ser capazes de lidar com a carga / forças graduais de contato. Controlando as forças de desaceleração de um contato são vital, pois demonstrou reduzir o incidência de ruptura do LCA. O treinamemto repetitivo de técnicas de pouso adequadas permitiu que os atletas desenvolvessem conhecimentos respostas que podem ajudar a minimizar ou prevenir lesões quando são colocados no jogo ou situações de prática.
O contato pode ser controlado com bloco tackles (FIGURA 5) e chute com uma perna de objetos que se movem (FIGURA 6), eventualmente progredindo para a carga corporal real, seja no solo ou no ar (FIGURA 7).

Situações de combate


O equipamento deslizante é outro tipo de contato que deve ser abordado, pois é uma função importante do joelho no lado defensivo dos jogos. Progressões graduais de pouso no chão e chutando uma bola pode ser incluído primeiro sem outra pessoa, e, eventualmente, com um terapeuta perguntando o paciente deslize e chute a bola para longe dos pés do terapeuta. Conjuntos e repetições podem ser adicionados gradualmente, com velocidade apenas sendo adicionado quando o paciente está começando para participar do treinamento do grupo. É vital, no entanto, que antes de adicionar esses exercícios de estágio final, todos os aspectos do salto com uma perna e treinamento de rotação foram concluídos. O a superfície da grama também deve ser inspecionada antes para realizar esses tipos de exercícios, como condições externas, como um molhado escorregadio superfície, pode colocar o atleta em maior risco.

Fase 4:


• Critérios para entrar nesta fase
Retorno para a pratica de futebol reduzida:
De 16 – 24 semanas

  • Sem dor/ edema
  • ADM completa
  • Ótimo controle neuromuscular
  • Força do quadríceps e isquiostibiais > 85% do membro não envolvido
    • Objetivos desta fase:
    Trazer o jogador de volta para o treino sem restrições, com toda posse desse jogador de habilidades e condicionamento
    • Treino funcional e treino adicional:
  • Estabilidade e força do CORE
  • Treino de força com maquinas, focando visa o defict de força ainda no músculo que for necessário
  • Flexibilidade,
    Retorno para a pratica do futebol completa
  • Sem dor e edema
  • ADM completa
  • Ótimo controle neuromuscular
  • Força do quadríceps e isquiostibiais > 95% do membro não envolvido
  • Índice de salto (Hop test) > 90% do membro não envolvido
  • Resultados satisfatórios dos testes Yo-Yo e RSSA
  • Preparação final do que o jogador precisa para competir
  • Continuar com treino adicional do gesto esportivo do futebol pelo aquecimento especifico do (11+)

Referências Bibliográficas:

  • https://www.efdeportes.com/efd155/teste-de-sprints-repetidos-em-jogadores-de-futebol.htm
    file:///C:/Users/Usuario/Downloads/137-547-1-PB.pdf
  • MARIO BIZZINI, PT, PhD1 • DAVE HANCOCK, MSc, MCSP, BHSc, HPC2 • FRANCO IMPELLIZZERI, PhD3
    Suggestions From the Field for Return to Sports Participation Following Anterior Cruciate Ligament Reconstruction: Soccer 306 | april 2012 | volume 42 | number 4 | journal of orthopaedic & sports physical therapy

Quais exercícios evitar no retorno a academia após tratamento de coluna?

Qualquer exercício executado de maneira incorreta pode causar danos nas articulações, porém esta lista que citarei hoje são de exercícios que exercem compressão nos discos intervetebrais e ativam bastante os músculos da coluna lombar, podendo haver uma reagudização do quadro clinico ;

Os exercícios em geral transmitem carga em forma de força para a coluna, isso é normal, e até saudável em doses adequadas e controladas, pois a carga proporciona aumento da massa óssea e muscular, ou seja, proporciona maior consolidação das articulações da coluna, prevenindo de problemas futuros.

Conceito de carga axial: vai existir uma força axial sobre sua coluna por meio da ação gravitacional vertical

  • Situação 01:em pé e estático (vai existir uma força axial sobre sua coluna por meio da ação gravitacional vertical);
  • Situação 02:está correndo (vai existir uma força axial nos dois sentidos verticais da coluna, um por meio do efeito gravitacional e outra no sentido oposto devido ao impacto dos pés contra o solo  durante a corrida);
  •   Situação 03: está aterrissando de um salto (novamente, vai existir dois vetores axiais na coluna, um por meio do efeito gravitacional e outra no sentido oposto devido ao impacto dos pés contra o solo).
  • Leg press 45º:

 

– Essa descida em excesso ocorre quando, durante a execução do Leg, movemos os joelhos até o peito.

– Com isso, a conexão de músculos, ligamentos e tendões causa uma automática reação em cadeia.

– Reação esta que começa a afetar a pélvis e a coluna vertebral.

– Desta forma, fica impossível a pessoa que está treinando manter uma posição neutra, mesmo que ela queira, e sua lombar acaba desencostando-se do apoio.

– O resultado disto é uma Pressão Compressiva nas Vertebras Lombares, seguidas de dores.

  • Agachamento com barra nas costas:

  • Faz compressão axial da coluna: a carga, seguindo a direção da gravidade, acaba comprimindo os discos intervertebrais.
  • Para proteger a coluna acaba fazendo compensações ,jogar o quadril muito para frente ou para trás, podendo haver uma reagudização da dor.
  • A carga vertical é um dos problemas que precisa ser evitado, por grande parte das pessoas que possuem hérnia de disco.
  • O paciente com hérnia de disco pode agachar, mas sem carga externa.
  • Stiff:

 

  • O movimento de flexão do tronco, faz com que ocorra uma compressão discal muito alta. Este exercício exige muito da musculatura lombar, e se houver alguma tensão muscular na região, ela tende a aumentar.
  • Coloca a coluna em uma relação de pressão vertical, devido a gravidade, ele pode pressionar ainda mais a protrusão discal.
  • Por isso, este é um exercício proibido para quem tem hérnia de disco. Até mesmo pessoas com casos mais leves, devem evitá-lo.
  • Glúteo 4 apoios:

  • Pouco ativa a musculatura do glúteo, e quando realiza a extensão do quadril a tendência é jogar a coluna para frente, sobrecarregando a coluna, utilizando os músculos paravertebrais e quadrado lombar para estabilizar o movimento.
  • Levantamento terra e remada curvada:

 

  • Exercícios diferentes que acabam fazendo a mesma postura, que realiza a flexão de tronco ,estabilização do quadril com flexão do joelho, quando coloca-se uma carga irá ter um torque muito grande na coluna, gerando uma compressão, porque você está segurando um peso e a coluna lombar vai estar estabilizando o movimento, quando fizer a contração do tronco e do quadril ocorre uma contração muito forte , e então se a musculatura estiver tensa ou uma lesão no disco provocando dor;
  • Exercícios de alto impacto:

  • Sem o amortecimento satisfatório, vai tensionar diretamente a sua coluna; novamente, vai existir dois vetores axiais na coluna, um por meio do efeito gravitacional e outra no sentido oposto devido ao impacto dos pés contra o solo.

 

  • Exercícios aeróbicos de longa duração:

  • O exercício repetitivo durante muito tempo, vai ocorrer uma ativação dos músculos da coluna vertebral de uma forma mais prolongada. Chega uma hora que a tensão vai ficar muito alta e se você tiver alguma lesão ou tensão muscular irá aumentar;
  •  Abdominais com grande amplitude:

 

  • Determinados exercícios abdominais, acabam gerando uma pressão mais acentuada nos discos intervertebrais.
  • O abdominal tradicional  deve ser feito ,com uma amplitude menor, sem retirar a região lombar do chão e evitando uma flexão de coluna muito acentuada.
  • Hiperextensão lombar no banco:

  • Este exercício coloca a coluna em uma posição mais vulnerável. Somada novamente a carga vertical, teremos uma instabilidade que não é indicada para quem possui hérnia de disco. Por isso, este exercício deve ser evitado por pessoas com hérnia de disco.

Dependendo do caso ,somente com o acompanhamento de um profissional de educação física , depois de um processo continuo e progressivo de adaptação, estes exercícios podem ser realizados.

Os exercícios de musculação são efetivos para o tratamento da hérnia de disco e benéficos quando se fala em retorno natural ao cotidiano da vida, incluindo o trabalho. Devido ao treinamento terapêutico com pesos, o paciente necessita de pouco repouso, adquirindo maior qualidade de vida.

Não existe exercício certo ou errado, existe o exercício adequado.

Referencias bibliográficas:

  • Hall, SJ (2016). Biomecânica Básica. 7a. edição. Guanabara Koogan; Rio de Janeiro.

5 Mitos sobre Condromalácia

A condromalácia é caracterizada por um amolecimento da cartilagem que reveste a patela e que ocorre em decorrência do aumento da pressão de contato entre a patela e a tróclea (parte do fêmur), que é um sulco sobre o qual ela fica apoiada.

É também uma das principais causas de dor no joelho, sendo sinais e sintomas comuns: a dor anterior no joelho e o sinal de cinema (dor e sensação de pressão após ficar muitas horas sentado com o joelho dobrado).

Pode acometer sedentários ou atletas profissionais e é classificada em 4 graus:

  • Grau I: Edema e amolecimento da cartilagem;
  • Grau II: Lesão superficial, envolvendo menos de 50% da espessura da cartilagem;
  • Grau III: Lesão profunda, com mais de 50% da espessura da cartilagem;
  • Grau IV: Lesão de espessura total, com exposição do osso sub condral.

Muitos são os mitos que rondam a Condromalácia e acabam por interferir negativamente na vida dos pacientes com essa condição. Pensando nisso, alguns dos principais mitos que ouvimos sobre a Condromalácia:

Mito 1– Quem tem Condromalácia não pode fazer esporte

A atividade física e/ou esportiva faz parte dos pilares para uma vida saudável. Mesmo níveis competitivos, o diagnóstico de Condromalácia não proíbe a prática de nenhum esporte. Porém, deve sempre ser realizado um acompanhamento do grau de desgaste articular, sintoma do paciente e tratamento visando a prevenção do aumento da degeneração dessa cartilagem.

Além disso, a atividade física auxilia no controle do peso, fator importante ara controle dessa condição.

Mito 2 – Quem tem Condromalácia não pode fazer musculação

O fortalecimento muscular fator que não pode faltar no tratamento da Condromalácia. É através de uma musculatura forte e de exercícios específicos que o paciente terá alívio da dor e dos sintomas e que a cartilagem irá receber uma carga menor durante as atividades, uma vez que, uma musculatura forte auxilia na absorção de impactos e diminui a sobrecarga articular. Além disso, o fortalecimento adequado contribui para a correção de gestos e posições biomecânicas que podem influenciar no avanço da Condromalácia, como no caso do valgo dinâmico do joelho.

Mito 3 – Quem tem Condromalácia não pode fazer agachamento

O agachamento é um exercício essencial para o tratamento das lesões de joelho. Esse exercício é importante para funções como: sentar e levantar, subir e descer escadas e rampas, controle de saltos e amortecimento. Além disso, a força e ativação das fibras do músculo quadríceps ficam comprometidas em pacientes com dor articular, devido sua inibição por dor.

Porém, deve-se ter muita atenção com esse exercício que, se executado de maneia incorreta, pode sim piorar os sintomas e contribuir para um avanço da doença.

Inicialmente é muito comum que se realize em ângulos chamados de proteção, que são ângulos menores e que resultam em menos pressão na cartilagem. Além disso, um bom alinhamento do joelho é importante durante sua execução, além da ausência de dor durante e imediatamente após o exercício.

Mito 4 – Tomar colágeno e condroitina auxiliam na regeneração da cartilagem

Nenhum estudo científico de grande peso foi capaz, até o momento, de indicar o uso de suplementação oral como medida de prevenção ou como forma de auxiliar no processo de regeneração da cartilagem. Além disso, no Brasil, essas substâncias são de alto custo.

Mito 5 – Quem tem não pode fazer atividades de impacto

Muitos estudos comprovaram que atividades de impacto articular podem ser benéficas para a cartilagem e, até mesmo prevenir a sua degeneração. Portanto atividades como corrida e ballet clássico, muitas vezes ditas como proibidas para os pacientes com Condromalácia, podem ser praticadas de maneira segura e sem medo.

Considerações:

O mais importante para o paciente com Condromalácia é ter autonomia e entender o que está acontecendo com o seu corpo. Prestar atenção quando alguma atividade piorar o sintoma e sempre ter profissionais especialistas e de confiança para tirar dúvidas e realizar um acompanhamento.

Junto com isso, o fortalecimento muscular bem orientado é de extrema importância para a boa qualidade de vida desses pacientes, permitindo a realização de suas atividades de vida diária e esportivas sem nenhuma queixa, além de preservar a saúde da cartilagem por mais tempo.

Assista também ao nosso vídeo sobre o tema:

Referências:

https://pebmed.com.br/condromalacia-como-identificar-e-tratar-esta-condicao/

https://www.jospt.org/doi/10.2519/jospt.2019.0503

Prevenção de lesão dos músculos Isquiotibiais – Exercício Nórdico reduz em até 51% da incidência dessa lesão

A lesão muscular é muito comum entre os praticantes de esporte. Uma das regiões mais acometidas é a parte posterior da coxa, onde estão localizados os músculos Isquiotibiais.

Anatomia

O grupo muscular denominado Isquiotibiais (ou posteriores da coxa) é formado pela junção de três músculos: semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral (cabeça longa). Recebem este nome por originarem-se no ísquio e terem como inserção distal os ossos da perna.

Esses músculos são considerados bi articulares, ou seja, são responsáveis por movimentos em duas articulações. Nesse caso, devido a sua anatomia, realizam a extensão do quadril e a flexão do joelho.

Incidência e Frequência

É a lesão mais frequente relatada no futebol, com um índice de 37% das lesões musculares que acontecem nesse esporte. Mas, além do futebol, também ocorrem com frequência em esportes como o futebol americano, futebol australiano, atletismo e esqui aquático.

O mecanismo de lesão mais comum é o trauma indireto, onde as lesões ocorrem durante as atividades sem contato, geralmente durante a corrida e/ou mudanças de direção. A junção miotendínea é a parte mais vulnerável no conjunto formado pelo músculo, tendão e osso e quanto mais proximal a lesão, maior o tempo até o retorno ao esporte.

De todas as lesões musculares, as dos Isquiotibiais têm uma das mais altas taxas de recidiva, com valores entre 12-33%, sendo sua recorrência a complicação mais comum.

Alguns autores propuseram dois tipos de lesões agudas: o primeiro ocorreria durante a corrida de alta velocidade (sprint) e evolve

Alguns autores propuseram dois tipos de lesões agudas: o primeiro ocorreria durante a corrida de alta velocidade (sprint) e evolve a CLBF. O segundo tipo estaria correlacionado com o alongamento excessivo da musculatura, como em movimentos de chute no futebol, sendo mais frequentemente no músculo semimembranáceo (SM).

No mecanismo de trauma indireto, o período da contração excêntrica máxima parece ser o de maior risco para a lesão muscular. A contração excêntrica é definida como a ação muscular em que as fibras são alongadas, em decorrência de uma força externa, e contraem-se ao mesmo tempo para desacelerar o movimento.

Fatores de Risco

Dentre os fatores de riscos, as características próprias dos músculos desempenham um importante papel. O desequilíbrio muscular, comparando os dois lados do corpo e a relação entre Isquiotibiais e Quadríceps é um dor fatores encontrados.

O gesto do atleta também é um fator predisponente de lesão. A inclinação anterior da pelve, durante a aceleração na corrida, aumenta a tensão sobre a musculatura. O encurtamento do iliopsoas e o desequilíbrio da musculatura abdominal e lombar também podem promover uma anteversão da pelve, e colocar o grupo muscular em desvantagem mecânica por aumentar a tensão muscular no fim da fase de balanço da marcha.

As lesões são mais comuns nas competições do que nos treinamentos e atletas que devido a suas posições desempenham corridas, também sofrem um maior risco. No futebol, as lesões no lado dominante têm maior gravidade, pois estão correlacionadas com o movimento do chute.

A lesão prévia é o fator de risco mais correlacionado com novas lesões. A recidiva da lesão, após o retorno ao esporte, permanece como a principal complicação dessa patologia. Taxas de relesões são relatadas entre 14-63% em até dois anos após a primeira lesão.

Sinais e Sintomas

A gravidade dos sintomas irá se apresentar de acordo com as características da lesão, que podem variar desde um estiramento das fibras musculares a uma avulsão dos tendões. Entretanto, independentemente do grau da lesão, as lesões são muito mais comuns proximalmente do que distalmente, sendo a cabeça longa do bíceps femoral o músculo (CLBF) mais frequentemente lesado.

O paciente pode apresentar: dor local, hematoma, perda de função, dor para contrair a musculatura acometida e, em lesões mais graves, pode ser possível palpar o GAP (espaço entre as fibras lesionadas).

Prevenção

Visto a alta taxa de incidência e recorrência da lesão e o tempo de afastamento da prática esportiva, a prevenção de uma lesão primária ou da recidiva da lesão é fator fundamental para atletas que pratiquem modalidades esportivas relacionadas ao mecanismo de lesão. Um programa de prevenção irá variar de acordo com o gesto esportivo e, geralmente inclui um protocolo de exercícios.

Vários autores já mencionaram o exercício Nórdico como parte integrante do programa preventivo de jogadores de futebol. Em 2019, Van Dyk e colaboradores realizaram um estudo de revisão, que incluiu várias modalidades esportivas, atletas de ambos os sexos e mais de 8.000,00 atletas.

O resultado mostrou que, a inclusão do exercício nórdico, reduziu em até 51% a incidência da lesão muscular de posteriores da coxa nesses atletas.

O exercício nórdico trabalha a fase excêntrica da contração desse grupo muscular, fase onde a musculatura está mais suscetível, como mencionado anteriormente.

Sabendo disso, a inclusão desse exercício no programa de treinamento deve ser feito por parte da equipe de treinamento. Além disso, para programas de reabilitação dessas lesões, o exercício nórdico também deve ser incluído na fase final de tratamento e mantido após a alta, de maneira a diminuir os riscos de recorrência da lesão.

Referências:

https://highperformancefisio.com.br/lesao-muscular/

https://bjsm.bmj.com/content/53/21/1362

http://rbo.org.br/detalhes/131/pt-BR/lesoes-dos-isquiotibiais–artigo-de-atualizacao

https://barcainnovationhub.com/the-nordic-curl-helps-reduce-ischiosural-muscles-injuries/

Lesão muscular

As lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática esportiva. Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao esporte são causadas por lesões de tecidos moles.

A contusão muscular (figura 1) ocorre quando um músculo é submetido à uma força súbita  de compressão como um golpe direto, por exemplo. Já nos estiramentos, o músculo é submetido a uma tração excessiva levando à sobrecarga das miofibras e, conseqüentemente, a sua ruptura perto da junção miotendínea.

Classificação

A atual classificação das lesões musculares separa as lesões entre leve, moderada e grave a partir dos aspectos clínicos revelados.

Estiramentos e contusões leves (grau I):

  • Representam uma lesão de apenas algumas fibras musculares com pequeno edema e desconforto;
  • Nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimentos;
  • Não é possível palpar-se qualquer defeito muscular durante a contração muscular;
  • Apesar de a dor não causar incapacidade funcional significativa, a manutenção do atleta em atividade não é recomendada devido ao grande risco de aumentar a extensão da lesão;

Estiramentos e contusões moderadas (grau II):

  • Provocam um dano maior ao músculo com evidente perda de função (habilidade para contrair);
  • É possível palpar-se um pequeno defeito muscular, ou gap, no local da lesão;
  • Ocorre a formação de um discreto hematoma local com eventual ecmose dentro de dois a três dias;
  • A evolução para a cicatrização costuma durar de duas a três semanas e, ao redor de um mês, o paciente pode retornar à atividade física de forma lenta e cuidadosa.

Estiramento ou contusão grave (grau III):

  • Uma lesão estendendo-se por toda a sessão transversa do músculo e resultando em virtualmente completa perda de função muscular e dor intensa;
  • A falha na estrutura muscular é evidente;
  • Equimose costuma ser extensa, situando-se muitas vezes distante ao local da ruptura;
  • O tempo de cicatrização desta lesão varia de quatro a seis semanas.
  • Este tipo de lesão necessita de reabilitação intensa e por períodos longos de até três a quatro meses;
  • O paciente pode permanecer com algum grau de dor por meses após a ocorrência e tratamento da lesão.

Tratamento fisioterapêutico

A mobilização precoce induz a um aumento da vascularização local na área da lesão, melhor regeneração das fibras musculares e melhor paralelismo entre a orientação das miofibrilas regeneradas em comparação à restrição do movimento. Contudo, re-rupturas no local original do trauma são comuns se a mobilização ativa iniciar-se imediatamente após a lesão.

Um curto período de imobilização com enfaixamento adesivo firme ou similar é recomendado. Este período de repouso permite que o tecido cicatricial conecte novamente à falha muscular.

O paciente deve utilizar um par de muletas para as lesões musculares mais graves dos membros inferiores, principalmente nos três a sete dias iniciais.

Fase aguda

O tratamento imediato para a lesão do músculo esquelético ou qualquer tecido de partes moles é conhecido como princípio PRICE (Proteção, Repouso, Gelo ou Ice, Compressão e Elevação), visto que as cinco medidas clamam por minimizar o sangramento do sítio da lesão.

Colocando-se o membro lesionado em repouso logo após o trauma, previne-se uma retração muscular tardia ou formação de um gap muscular maior por se reduzir o tamanho do hematoma e, subsequentemente, o tamanho do tecido conectivo cicatricial. Com relação ao uso do gelo, mostrou-se que o uso precoce de crioterapia está associado a um hematoma significativamente menor no gap das fibras musculares rompidas, menor inflamação e regeneração acelerada.

É recomendada a combinação do uso de gelo e compressão por turnos de 15 a 20 minutos, repetidos entre intervalos de 30 a 60 minutos, visto que este tipo de protocolo resulta em 3º a 7ºC de decaimento da temperatura intramuscular e a 50% de redução do fluxo sanguíneo intramuscular.

Finalmente, a elevação do membro acima do nível do coração resulta na diminuição da pressão hidrostática, reduzindo o acúmulo de líquido no espaço intersticial.

 

Tratamento pós-fase aguda

Fortalecimento isométrico:

  • Contração muscular em que o comprimento do músculo se mantém constante e a tensão muda;
  • Pode ser iniciado sem o uso de pesos e posteriormente com o acréscimo deles;
  • Especial atenção deve ser tomada para garantir que todos os exercícios isométricos sejam realizados sem dor.

Fortalecimento isotônico:

  • Contração muscular em que o tamanho do músculo muda e a tensão se mantém;
  • Pode ser iniciado quando o treino isométrico for realizado sem dor com cargas resistidas.

O exercício isocinético:

  • Com carga mínima pode ser iniciado uma vez que os dois exercícios anteriores sejam realizados sem dor.

A aplicação local de calor ou “terapia de contraste” (quente e frio):

  • Acompanhado de cuidadoso alongamento passivo e ativo do músculo afetado. Ressalta-se que qualquer atividade de reabilitação deve ser iniciada com o aquecimento adequado do músculo lesionado.
  • Outra razão para o alongamento é distender o tecido cicatricial maduro durante a fase em que ele ainda é plástico. Alongamentos da cicatriz sem dor podem ser adquiridos por estiramentos graduais, começando com turnos de 10 a 15 segundos e, então, progredindo para períodos de até um minuto.
  • Contudo, se os sintomas causados pela lesão não melhorarem entre três e cinco dias após o trauma, deve-se considerar a possibilidade da existência de um hematoma intramuscular ou um tecido lesionado extenso que necessitará de atenção especial. A punção ou aspiração do hematoma pode ser necessária.

Ultrassom

O ultrassom terapêutico é difusamente recomendado e utilizado no tratamento da lesão muscular. O fato de o ultrassom produzir micromassagens pelas ondas de alta frequência, funciona para o alívio da dor.

O retorno ao esporte

  •  O fato dos sintomas melhorarem não é, por si só, um indicativo de que o paciente está apto a retornar ao esporte;
  • Ao analisarmos a biologia da cicatrização da lesão, sabemos que o alívio dos sintomas da-se logo nas primeiras semanas e que, apesar de não se sentir nada no dia a dia, a lesão ainda encontra-se em cicatrização;
  •  Por isso, um retorno ao esporte não for bem planejado podemos ter a complicação mais temível da lesão muscular que é a recidiva. Quando ela corre, sabemos que a formação de tecido fibroso será cada vez maior, gerando perda de elasticidade aquele músculo e, consequentemente, aumentando cada vez mais o risco de uma nova lesão.

Por isso, o retorno ao esporte deve ser realizado de maneira individual e gradativa.

De forma geral os critérios de retorno ao esporte incluem:

  • Arco de movimento completo, sempre comparado ao contra lateral;
  • Força restabelecida em pelo -90% comparado ao outro membro;
  • Treinamento específico da modalidade sem dor.

Quando possível uma avaliação isocinética do membro deverá ser solicitada, pois o equilíbrio muscular, principalmente no membro dominante, está ligado a baixo índice de recidiva da lesão.

Finalmente, a transição retorno ao esporte deve ser feito por um profissional da educação física que preferencialmente esteja integrado à equipe de reabilitação. Este profissional aplicará os testes funcionais específicos do esporte que o paciente pratica e realizará a periodização do treinamento de retorno ao esporte gradual.

Referências Bibliográficas:

Se inscreva no nosso canal do Youtube:

” High Perfomance Fisio & Pilates “

“5 coisas que NÃO devemos fazer quando ocorrer uma lesão muscular”

 

 

 

 

 

Pilates é opção de prevenção para bailarinos

Pilates é opção de prevenção para bailarinos

O Pilates é uma técnica dinâmica, completa física e mentalmente, que vem melhorar a consciência corporal e a postura por meio dos trabalhos de força, alongamento, flexibilidade e equilíbrio. É um treinamento com exercícios sem impacto articular e, com isso, reduz-se o risco de lesões. A maioria dos exercícios acontece em decúbito dorsal, o que permite a recuperação, principalmente, dos tecidos da região sacrolombar. O movimento realizado consciente e indolor só é possível quando os princípios criados por Joseph são respeitados e executados com fidelidade. São eles a concentração, o controle, a fluidez, a precisão, o powerhouse e a respiração.

Nos exercícios do balé existe a necessidade do desenvolvimento de algumas habilidades físicas, tais como força, flexibilidade, coordenação motora, equilíbrio, velocidade, resistência e grande amplitude articular para um bom desempenho na modalidade e execução dos exercícios.

A ativação dos músculos abdominais é de considerável importância para garantir a manutenção da estabilidade postural durante o equilíbrio. Enquanto o método Pilates utiliza exercícios que fortalecem a musculatura estabilizadora do tronco, o balé utiliza da repetição dos movimentos coreográficos, não sendo suficiente para fortalecem a musculatura específica. O fortalecimento do centro de força, chamado de powerhouse no Pilates, auxilia no recrutamento dos músculos estabilizadores do tronco, melhorando assim o controle neuromuscular necessário para um bom controle postural. Um dos objetivos do método é realizar exercícios que fortaleçam os músculos estabilizadores a coluna e do quadril, garantindo assim a estabilidade do tronco durante a execução de movimentos.

Além dos erros de treinamento, outra causa de lesões é a repetição contínua mesmo após a fadiga. Quando a prática se torna excessiva, em busca de um desempenho perfeito, acaba por gerar lesões e muitas vezes as exigências da performance vão além dos limites anatômicos.

Os exercícios executados com controle físico e mental favorecem a capacidade cognitiva e muscular exigidos durante a dança. Um alto índice de lesões típicas decorrentes do treinamento do balé já se encontra em literatura. Vide texto do blog: ( https://highperformancefisio.com.br/lesoes-no-ballet/ ).

A prática do método PILATES traz benefícios a nível cinesiológico aos bailarinos, num momento em que refina a percepção do movimento e aperfeiçoa a execução dos gestos específicos por meio do alívio de tensões musculares desnecessárias. A melhora no desempenho técnico e de capacidades expressivas também é alcançada com a prática do PILATES pelo trabalho de consciência e percepção corporal, além de maximizar o ganho de fluidez e concentração nos movimentos. O método também torna os bailarinos mais eficientes a nível fisiológico, pela grande conexão entre os princípios do PILATES e os elementos fundamentais do ballet.

O Pilates tem alcançado grande visibilidade e utilização entre a comunidade artística, principalmente da dança.

Romana Kryzanowska foi 25º bailarina do estúdio de Joseph após uma séria lesão de tornozelo durante sua aula de balé e ele garantiu que a reabilitaria, tendo em vista que, na época, não existia fisioterapia ou medicina esportiva. Após algumas sessões, o método não só a curou como trouxe maior base para sua evolução na dança. Foi escolhida pessoalmente por Joseph para dar continuidade ao seu trabalho e é hoje Master Teacher Trainer, dá aulas em Nova Iorque e ministra palestras nos Estados Unidos.

A aplicação do método Pilates sobre bailarinos já foi realizado diversas vezes e tem se mostrado muito eficiente para aperfeiçoamento destes profissionais. Estudos revelaram que as bailarinas que executam o pivot com maior eficiência conseguem manter o CP distribuído homogeneamente sobre o pé de apoio, alinhado com o centro do quadril, com um grande TR e alta velocidade nas. Este alinhamento reduz o momento de inércia do sistema, assim, é maior a probabilidade de sucesso nos giros.

Encontram-se estudos sobre postura em bailarinas, capacidade de salto em ginastas de elite, efeito sobre a velocidade em atletas, flexibilidade em atletas, resistência muscular, flexibilidade, equilíbrio e postura, melhora na força muscular, aumento da resistência muscular, flexibilidade, consciência corporal, controle muscular e postural, equilíbrio, redução de dor lombar, entre muitos outros. Observou-se que todos os benefícios citados são comprovados por estudos científicos. Existem poucas contraindicações e diversos benefícios no método Pilates quando aplicado corretamente e fiel aos princípios de seu criador.

Dançarinos de todos os níveis podem se beneficiar da prática de Pilates, progredindo do nível iniciante ao avançado. A prática regular garante toda a força do corpo, músculos e muita flexibilidade para melhorar sua habilidade na dança, bem como fortalecer o núcleo interno para o controle e prevenir lesões. Bailarinos de todas as idades que praticam Pilates se sentem melhor no seu desenvolvimento na dança, além de melhorar a sua saúde em geral.

A natureza fluida da prática de Pilates promove a economia de movimento, e pode ser facilmente incorporada a um regime no treinamento dos bailarinos com um conjunto de exercícios usando mente/corpo. Bailarinos que estão se recuperando de uma lesão podem incorporar Pilates em sua reabilitação devido ao baixo impacto sobre as articulações do corpo e dos músculos. Os músculos são reforçados por meio do movimento de resistência suave, quer utilizando a resistência natural do corpo sobre o colchonete, ou com a ajuda de máquinas especialmente projetadas.

Pode-se concluir que a prática do método Pilates traz benefícios e influencia positivamente na performance de bailarinas.O Pilates é um método que supre as necessidades de bailarinos por haver aspectos similares entre as duas atividades, como a postura e a busca da perfeita execução dos exercícios propostos. Como já referido anteriormente, as repetições dos movimentos coreográficos não preparam suficientemente o bailarino e o Pilates pode ser uma opção interessante para fortalecer e garantir a melhora na performance.

 

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Segue abaixo o vídeo de alguns exercícios do pilates para prevenção de lesões em bailarinos:

 

Referencias Bibliográficas: