O que acontece com o corpo quando corremos

A atividade física proporciona a liberação de neurotransmissores no nosso corpo. Essas substâncias químicas são produzidas pelos neurônios e podem transmitir informações de um neurônio a outro, além de provocar estado de bem-estar temporário.

“O exercício agudo tem uma liberação intensa de endorfinas e dopamina. Principalmente, a beta-endorfina é a responsável pela sensação de bem-estar na corrida.

O mecanismo de recompensa do cérebro é mediado pela dopamina, um neurotransmissor envolvido no prazer. A cocaína, o açúcar e outras substâncias viciantes são usam essas mesmas vias para estimular o cérebro, segundo Karina. “Muitos corredores têm até mesmo a dependência do prazer”, afirmou.

Perda de peso

A corrida é um dos exercícios físicos mais baratos de serem praticados com regularidade. Ela pode ser uma importante arma na redução de peso a manutenção da saúde e do bem-estar.

Porém, como mostra esta análise da Vox de 60 estudos relacionados ao emagrecimento, a sua dieta é a principal responsável pela redução de peso.

Melhora cardiorespiratória

Um estudo da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, indicou que o corpo humano apresenta fortalecimento do sistema respiratório após 18 semanas de prática da corrida.

Com isso, os participantes do estudo aumentaram o tempo necessário para atingir a exaustão em 23%.

Além disso, segundo estudo da Universidade de Hartford, quem corre pode ter melhores ritmo cardíaco, pressão sanguínea e taxa de colesterol ruim.

Impacto positivo na ansiedade e nas defesas do corpo

A corrida, assim como outros exercícios aeróbicos, quando realizados com regularidade, podem aumentar os níveis de serotoninérgica e noradrenérgico no cérebro. Esse efeito é similar ao provocado por antidepressivos. Com isso, a corrida pode ter impacto positivo no humor e funciona como tratamento para alguns transtornos psicológicos.

“O exercício físico provoca alterações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, portanto, pode ser considerado uma intervenção não-medicamentosa para o tratamento de distúrbios relacionados aos aspectos psicobiológicos”, segundo um estudo publicado na biblioteca científica online Scielo Brasil.

No entanto, o exagero na atividade física pode levar a efeito reverso. “A corrida moderada aumenta a sensação de bem-estar e pode ser um tratamento para a ansiedade. Já o exercício intenso pode causar o efeito contrário: aumentar a ansiedade por algumas horas, pois o nível de cortisol aumenta muito.

O vício  

Quem pratica corrida há muito tempo e em sessões prolongadas tem propensão ao vício na atividade.

De acordo com um estudo do Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina, que analisou maratonistas brasileiros, concluiu que as pessoas que praticam corrida sentem falta de algo quando não correm e também experimentam uma grande sensação de prazer quando realizam a atividade. Os participantes do estudo corriam regularmente de dois a oito anos.

Fonte: https://exame.com/ciencia/os-pros-e-contras-da-corrida-segundo-a-ciencia/

O que é reumatismo

 

reumatismo é um grupo de enfermidades que causa dor e/ou inflamação nas articulações, além de uma série de outros sintomas. As doenças reumáticas atacam também os ligamentos, o tecido conjuntivo, os tendões, os músculos, embora também possam afetar os sistemas respiratório, gastrointestinal e a pele, entre outras partes de nosso corpo. O termo é utilizado para designar mais de 200 doenças, entre elas, a artrite, a artrose e a fibromialgia.

E algumas delas são doenças autoimunes, causadas pelo ataque de nosso sistema imunológico (sistema de defesa contra invasores externos) a nossas próprias células saudáveis – ou seja, o que deveria nos proteger, nos auto ataca.

As doenças reumáticas são comuns em idosos, mas podem acometer pessoas de qualquer idade. A dor provocada pelas doenças reumáticas nem sempre está relacionada à inflamação nas articulações. A artrose, por exemplo, é caracterizada pelo desgaste da cartilagem. Já a fibromialgia atinge principalmente a musculatura. No entanto, a depender do tipo de patologia, até mesmo os ossos e os órgãos são atingidos, como os rins, o coração e o cérebro. O lúpus, por exemplo, é uma doença reumática autoimune que ataca os tecidos saudáveis do corpo humano.

Causas das doenças reumáticas:

            Os fatores genéticos, imunológicos e infecciosos são considerados as causas principais para o surgimento ou agravamento das doenças. Porém, existem diversos outros fatores relacionados ao desenvolvimento das doenças reumáticas, a saber:

  • obesidade;
  • sedentarismo;
  • traumatismos;
  • estresse, ansiedade e depressão;
  • infecção;
  • Problemas metabólicos;
  • Desgaste ou tensão em uma ou mais juntas;

Sintomas:

Os sintomas variam de acordo com a doença e a parte do corpo afetada.

A seguir estão alguns dos sintomas mais comuns de artrite e doenças reumáticas:

– Dor nas articulações;

– Inchaço de uma ou mais articulações;

– Rigidez articular que dura pelo menos uma hora no início da manhã;

– Dor crônica ou sensibilidade em uma ou mais articulações;

– Calor ou vermelhidão em uma área comum;

– Movimento limitado em uma ou mais articulações afetadas;

– Fadiga;

Além disso, algumas doenças reumáticas são caracterizadas por sintomas específicos. Por exemplo, a maioria dos pacientes com lúpus experimentará algum tipo de erupção cutânea juntamente com dor nas articulações com inflamação e fadiga.

 

Como acupuntura auxilia o tratamento da dor?

Dor é definida como “uma experiência emocional e sensorial desagradável, associada a lesões reais ou potenciais e descrita em termos de tais lesões”. Perante isso, fármacos são administrados com objetivo de controlar a dor, como opióides, anti-inflamatórios não esteroidais. Entretanto, apesar dos avanços da Medicina, protocolos para o controle da dor ainda requerem estudos, especialmente em pacientes pediátricos, geriátricos, oncológicos e diabéticos, nos quais os fármacos utilizados podem promover sedação, depressão respiratória e distúrbios gastrointestinais. Dessa forma, métodos complementares, como a acupuntura, estão sendo cada vez mais utilizados para o tratamento da dor.

A acupuntura é uma técnica cientificamente comprovada, com bases fisiológicas e orgânicas, atua como um analgésico, as agulhas são inseridas em pontos específicos do corpo, e nesses locais se concentram diversas terminações nervosas que mandam mensagens para os sistema nervoso central.

O acuponto é definido como um ponto da pele de sensibilidade espontânea ao estímulo e à resistência elétrica reduzida. Possui um diâmetro de 0,1 a 5cm, entretanto é uma área de condutividade elétrica amplamente aumentada comparada às áreas da pele ao redor. Estes estão localizados próximos a articulações e bainhas tendíneas, vasos, nervos e septos intramusculares, na ligação músculotendínea, nos locais de maior diâmetro do músculo e nas regiões de penetração dos feixes nervosos da pele. Quando um ponto de acupuntura é puncionado, ocorre sensação de parestesia elétrica ou calor. Essa sensação é denominada como De Qi, ou seja, é o termo que designa as reações que ocorrem quando da inserção da agulha de acupuntura e indica que o Qi foi estimulado.

Cada vez que agulhamos esses pontos, estimulamos as terminações nervosas, que geram uma mensagem até o sistema nervoso central, cérebro e medula. Quando eles recebem essa mensagem, eles liberam neurotransmissores, e agem no nosso corpo como analgésicos e anti-inflamatórios, produzimos substâncias que aliviam a nossa dor, de forma natural e fisiológica.

O efeito analgésico deve-se a 5 mecanismos:

1) Efeito local com relaxamento muscular (ponto gatilho e contraturas) e aumento da perfusão sanguínea;

2) É relacionado a inibição dos impulsos dolorosos (na medula espinhal) provenientes da área de dor e inflamação; a agulha estimula fibras A-delta do nervo periférico, as quais a nível medular bloqueiam a entrada da informação dolorosa das fibras tipo C (fibras da dor);

3) Quando a informação do agulhamento chega ao sistema nervoso central (via ascendente), desencadeando várias reações, com ativação sistema descendente (supressor da dor) resultando na liberação de serotonina, noradrenalina, endorfinas ao nível de toda medula espinhal;

4)A resposta analgésica e antiinflamatória ocorre após a liberação do ACTH na hipófise e do cortisol (supra renal), o qual atuará nos tecidos inflamados suprimindo a liberação de citocinas inflamatórias (TNF e IL- 1β) pelos macrófagos.

5) O efeito antiinflamatório mas de cunho imunológico (na verdade neuroimune) desencadeado pela ativação do nervo vago, o qual pela liberação de acetilcolina inibe a síntese de citocinas inflamatórias (TNF e IL-1β) nos tecidos.

A acupuntura mostra-se como uma alternativa de terapia adjuvante ao controle da dor, já que possui mínimos efeitos adversos e contraindicação.

– Referencias Bibliográfica:

  • Baldry PE. Acupuncture, trigger points and musculoeskeletal pain. Elsevier (London) 3rd Ed, 2005.Yun-tao Ma, Mila Ma, Zang Hee Cho.

 

  • The Neural basis of acupuncture: central mechanism. In: Biomedical acupuncture for pain management: an integrative approach. Elsevier, Churchill Livingstone. St. Louis, USA (2005) pp 37-51