“Canelite” / Síndrome do estresse tibial medial.

“Canelite” / Síndrome do estresse tibial medial.

“Canelite” :Clinicamente conhecida como Síndrome do estresse tibial medial.

– Causas: 

  • É o estresse da tíbia e nos tecidos conjuntivos que ligam os músculos aos ossos (chamado de periósteo) , e nos casos mais graves pode resultar em fratura por estresse dos ossos da perna;
  • Esta condição é caracterizada por dor no terço inferior e de dentro da canela, pode surgir durante ou após o exercício.

– Fatores de risco: 

  • Em corredores, que aumentam repentinamente a duração, frequência ou intensidade do treino;
  • Correr em terrenos irregulares como montanhas;
  • Treinamento militar;
  • Pés “chatos” ou com o arco plantar alto.

– Prevenção: 

  • Considere um treinamento cruzado por um tempo para deixar a “canela” curar, nade, corra na piscina ou ande de bike;
  • Quando voltar a correr, aumente a intensidade do treino gradualmente, não mais que 10% por semana;
  • Certifique-se de usar os tênis corretos, específicos para para o seu tipo de pé;
  • As etapas que devem ser respeitadas são: fortalecimento da musculatura do tornozelo, panturrilha, CORE, glúteo;
  • Por ser uma lesão comum em corredores, é fundamental treino do gesto esportivo e aumento gradual do treino;
  • Além disso devemos lembrar que o repouso é importante pra a manutenção dos ganhos e prevenção de lesões, para auxiliar nesta etapa contamos com o programa de recovery (recuperação)muscular.

Abaixo segue as imagens de alguns dos exercícios do treino do gesto esportivo e preventivos de lesões:

Referencias Bibligráficas:

  • Abramowitz, A , Schepsis, A , McArthur, C. The medial tibial syndrome: the role of surgery. Orthop Rev. 1994;24:875881.
  • Anderson, M , Ugalde, V , Batt, M , et al. Shin splints: MR appearance in a preliminary study. Radiology.1997;204:177180.

Fratura do 5º Metatarso.

Exame radiológico e tomografia no dia do acidente e radiografia do pós cirúrgico.

Fratura do 5º Metatarso.

Relato de caso:

Paciente do sexo masculino, 33 anos, sofreu acidente de moto X carro no dia 16/12/2018, na rodovia em alta velocidade, após a colisão a moto caiu em cima da face lateral do pé direito, ocorrendo fratura cominutiva nos terços médio e proximal da diáfise e base do 5º metatarso, com extensão articular e desalinhamento entre os fragmentos ósseos e fratura do cubóide.

– FRATURA DO 5º METATARSO:

  • O pé é formado por 26 ossos, sendo 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges;
  • É uma das fraturas mais comuns do pé, pois é um osso localizado na região lateral do pé;
  • Geralmente ocorre durante a segunda a sexta década de vida, a predominância em pacientes mais jovens é do sexo masculino, enquanto em pacientes mais velhos predomina o sexo feminino;
  • Comumente é resultado de atividades esportivas que exigem grandes saltos e movimentos abruptos, o mecanismo de lesão é descrito como uma força direcionada lateralmente no antepé durante a flexão plantar do tornozelo, como por exemplo, a mudança de pivô no futebol ou basquete, com o calcanhar fora do chão.

– FRATURA DO CUBÓIDE:

  • Fraturas isoladas do cubóide são raras, devido sua localização no mediopé;
  • O mecanismo de lesão geralmente é devido à compressão após um acidente de carro ou esmagamento direto da face lateral do dorso do pé;
  • O tratamento é variável, pois depende do grau e tipo da fratura, do local e causa, portanto, é imprescindível realizar uma avaliação prévia com um médico especialista.
  • No caso descrito acima foi necessário intervenção cirúrgica com placa e parafuso para reduzir e fixar o osso.

Segue abaixo as imagens do tratamento fisioterapêutico:

Com a liberação médica restringindo apenas carga no membro inferior direito, o paciente manteve sua rotina de treino, enquanto os ossos estavam em processo de consolidação.

Referencias Bibliográficas:

  • Petrisor BA, Ekrol I, Court-Brown C. The epidemiology of metatarsal fractures. Foot Ankle Int. 2006;27:172–174. [PubMed[]
  • 10. Zwitser EW, Breederveld RS. Fractures of the fifth metatarsal; diagnosis and treatment. Injury. 2010;41:555–562. [PubMed[]