Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (Mulligan Concept)

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (Mulligan Concept)

Dentro da fisioterapia, possuímos diversas técnicas e recursos, que são empregados de acordo com os objetivos e necessidades de cada paciente. Uma delas é a terapia manual, que consiste em manobras aplicadas manualmente sobre articulações, pele, músculos, ossos e nervos, com algumas finalidades, como:
• Ganhar a extensibilidade do tecido;
• Aumentar a amplitude de movimento do complexo articular;
• Mobilizar ou manipular tecidos moles e articulações;
• Induzir relaxamento;
• Alterar a função muscular;
• Modular a dor;
• Reduzir o inchaço dos tecidos moles, inflamação;
• Melhorar a restrição de movimento.
Porém, quando falamos de terapia manual, são muitas as técnicas difundidas e utilizadas pelos fisioterapeutas para atingir esses objetivos. Todas elas são baseadas na anatomia, fisiologia e biomecânica, de modo à entender o funcionamento do corpo e, assim, utilizar dos próprios movimentos fisiológicos para promover a recuperação de uma disfunção.
Dentro das técnicas mais estudadas e conhecidas de terapia manual está o conceito Mulligan (Mulligan Concept), proposto pelo fisioterapeuta neozelandês Brian Mulligan, formado em 1954.
O conceito Mulligan surgiu através do estudo e do conceito de disfunção articular. Parte-se do princípio que, o movimento normal é livre de dor. Sabemos também que, a articulação possui movimentos visíveis ao olho (flexão, extensão, rotações, adução e abdução), que podem ser reproduzidos voluntariamente e são classificados dentro da osteocinemática. Mas, para que esses movimentos aconteçam em sua plenitude, outros menores e não voluntários ocorrem no interior da articulação (translação, deslizamento), sendo classificados dentro da artrocinemática.
Baseado no conhecimento biomecânico, diz-se que a perda do movimento acessório ou do jogo articular resulta em disfunção que, por sua vez, leva à dor e perda do movimento. E, diz-se ainda que, essas disfunções são detectáveis através da mobilização passiva. Como a alteração ocorre em movimentos acessórios, micro movimentos, não é possível visualizar essa alteração em exames de imagem, como raio-x ou ressonância magnética.
Sendo assim, a base do conceito de Mulligan centra-se na correção articular de Falhas Posicionais. O objetivo passa por restaurar o alinhamento articular e normalizar o eixo de movimento, eliminando assim a dor.
Para que seja realizada de maneira adequada, primeiro é realizada uma avaliação que, além de considerar toda a história clínica do indivíduo, encontra o movimento articular acessório que permita o MOVIMENTO ATIVO do SEM DOR.
O movimento acessório passivo é mantido pelo Fisioterapeuta ao longo da amplitude de movimento, enquanto o paciente se movimenta ativamente – Técnica de Mobilização com Movimento. Se as técnicas de Mulligan estiverem indicadas para o caso, os RESULTADOS serão imediatos – diminuição da dor e/ou aumento da amplitude de movimento.
Os excelentes resultados deste método não se limitam aos efeitos biomecânicos. Nos últimos anos, para além de ensaios clínicos em disfunções e patologias específicas, os estudos científicos dedicam-se a perceber e demonstrar os efeito na neuromodulação da dor e também efeitos neuromusculares.
O conceito de Mulligan não esgota no consultório. O conceito Mulligan estimula o auto tratamento, permitindo que os ganhos do tratamento sejam mantidos por mais tempo é garantindo a eficácia, além de ser uma ferramenta útil para que o paciente fique livre de dor de maneira autônoma.
O conceito de Mulligan apesar da vertente de correção articular, não se centra apenas na articulação da região dos sintomas. A Avaliação e Intervenção têm em conta todas as estruturas locais e à distância que possam interferir com os sintomas, por exemplo: a dor no ombro pode ter a sua sintomatologia diminuída ou até eliminada, com uma Mobilização Cervical com Movimento do Membro Superior.
A técnica pode ser aplicada em qualquer articulação, desde que respeite as contraindicações da terapia manual como um todo e promova a melhora dos sintomas simultaneamente sua aplicação.

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (O conceito Maitland)

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual

(O conceito Maitland)

Os recursos de tratamento fisioterápico variam conforme o objetivo (tratamento analgésico, antiinflamatório, diagnóstico, hipertrofia muscular, etc.), condições do paciente e estágio em que a lesão se encontra.

A terapia manual é a área dentro da fisioterapia que utiliza várias técnicas com finalidades terapêuticas, aplicadas manualmente sobre tecidos musculares, ósseos, conjuntivos e nervosos. Tem como objetivo ganhar a extensibilidade do tecido; aumentar a amplitude de movimento do complexo articular; mobilizar ou manipular tecidos moles e articulações; induzem relaxamento; altera a função muscular; modula a dor; e reduz o inchaço dos tecidos moles, inflamação ou restrição de movimento. ”

O conceito Maitland surgiu na década de 60, na Austrália sendo idealizado pelo fisioterapeuta Geoff Douglas Maitland.

Este conceito baseia-se no  tratamento de disfunções músculo-esqueléticas, como qualquer outro tratamento, num correto diagnóstico.

O diagnóstico

Abrange os sintomas, movimentos e posições das articulações envolvidas. Os sintomas, movimentos e posições das articulações são testados na movimentação ativa, sendo analisada qualquer alteração de amplitude, ritmo, reprodução e arco da dor.

Além da movimentação ativa, existem os testes auxiliares englobando os de compressão, movimentação rápida e pressão mantida. Em seguida é realizada a palpação das estruturas – moles e ósseas – envolvidas na disfunção. Maitland explica ainda que “a resposta aos movimentos ou à dor é a base da metade dos conceitos-chave; a outra metade é a avaliação analítica”.

O método foi desenvolvido, fundamentando-se na regra côncavoconvexa

Esse princípio aborda a combinação dos movimentos que ocorrem nas articulações sinoviais conforme sua superfície”. Além dessa regra, o conceito Maitland dividiu os movimentos realizados pelo terapeuta, em cinco graus:

  • Do grau I ao grau IV, os movimentos são classificados como mobilizações, ou seja, movimentações passivas oscilatórias, com ritmos diferentes, realizadas de tal maneira que permite ao paciente evitar a sua realização. Os graus I e II da mobilização de Maitland correspondem à aplicação dos movimentos oscilatórios, com ritmo lento no início da amplitude do movimento acessório da articulação, livre da resistência oferecida pelos tecidos e são indicados nos casos de processos dolorosos articulares.

 

  • Os  graus III e IV  caracterizam-se por movimentos oscilatórios realizados no final da amplitude do movimento acessório ou a partir da resistência dada pelos tecidos periarticulares. A carga imposta durante a manobra grau III e IV promove a adaptação viscoelástica dos tecidos conectivos e, portanto, é indicada para recuperar os movimentos acessórios quando existir uma restrição a esse mesmo movimento.

 

  • O grau V é classificado como manipulação, ou seja, movimentação passiva, dentro de um pequeno arco de movimento, com certa velocidade, de maneira que o paciente não consiga preveni-la. Deve-se realizar uma avaliação cuidadosa, seguida da aplicação da técnica por movimentação e a imediata avaliação dos efeitos dessa movimentação.

O tratamento

Ocorre depois de uma minuciosa avaliação do paciente, obtendo informações possíveis para traçar um plano de tratamento com segurança, obtendo a eficácia no tratamento. A informação sobre o mecanismo deve incluir quando, onde e como a lesão ocorreu. Detalhes sobre o mecanismo da lesão permitem que o fisioterapeuta conclua o estado patológico e as estruturas envolvidas, embora se deva ressaltar que a recordação que o paciente tem do mecanismo frequentemente não corresponde às estruturas danificadas.

O Conceito Maitland preconiza que, as peças articulares só podem ser mobilizadas ou manipuladas nas direções de funcionamento das mesmas; que a avaliação deve ser feita de forma analítica, somando as informações colhidas no exame subjetivo e objetivo para que seja tomada a decisão do procedimento terapêutico.

A aplicação das mobilizações articulares passivas proporciona ao tecido conjuntivo uma resposta mecânica. Tecidos conjuntivos tais como pele, fáscias, ligamentos, tendões, cápsulas articulares e fáscias musculares são compostos por tecidos extracelulares e celulares distintos, com diferentes curvas de tensão e carga.

A mobilização passiva ou ativa assistida deverá ser feita para restaurar tanto os movimentos fisiológicos quanto os acessórios em toda a sua amplitude livre de dor. Sem movimentos indolores os exercícios ativos e a prancha oscilante têm possibilidades de restaurar a força e a coordenação muscular.

Referências Bibliográficas:

(MAITLAND et al., 2003).

(CORRIGAN; MAITLAND, 2005)