Diferenciais da Fisioterapia Esportiva

O que é fisioterapia esportiva?

A Fisioterapia Esportiva ou Fisioterapia Desportiva é o ramo especializado da Fisioterapia que lida com lesões e questões relacionadas com atletas ou esportistas.
Lesões esportivas diferem das lesões do dia-a-dia. Os atletas normalmente exigem desempenho de alto nível e demanda colocada em seu corpo, o que pressiona seus músculos, articulações e ossos ao limite. Fisioterapeutas esportivos ajudam os atletas a se recuperarem de lesões esportivas e fornecem educação e recursos para prevenir problemas.

O que é um fisioterapeuta esportivo?

Os fisioterapeutas esportivos exigem conhecimentos adicionais para fornecer o melhor atendimento aos seus atletas. Para aumentar os seus conhecimentos e aptidões, realizam uma formação profissional contínua na área da fisioterapia esportiva. Na Highperformance temos fisioterapeutas esportivos em sua equipe clínica para ajudar nossos clientes atletas – profissionais e amadores.
Cada fisioterapeuta esportivo geralmente tem conhecimento específico do esporte que aborda lesões agudas, crônicas e por uso excessivo. Os seus serviços estão geralmente disponíveis para esportistas de todas as idades que praticam esportes em qualquer nível de competição.
Nós da Highperformance temos experiência e conhecimento das mais recentes práticas baseadas em evidências, avaliação e diagnóstico qualificados de lesões esportivas, usamos técnicas eficazes e protocolos de exercícios para ajudar na recuperação e prevenir lesões futuras.
Nossa experiência na área da fisioterapia esportiva nos ajuda a entender o que o paciente precisa fazer para retornar com segurança e rapidez ao seu esporte, atividades de vida diária ou emprego.
Além de realizar uma avaliação detalhada, oferecemos soluções de longo prazo, não apenas soluções rápidas que, na realidade, duram pouco tempo.

Mobilidade de tornozelo versus corrida: Quais as consequências de diminuição de mobilidade do tornozelo na corrida

 

Mobilidade de tornozelo versus corrida: Quais as consequências de diminuição de mobilidade do tornozelo na corrida

A articulação do tornozelo é formada entre os aspectos inferiores da tíbia e fíbula e a superfície superior do tálus.

A biomecânica da corrida difere da caminhada. Durante a corrida a amplitude de movimento articular, a atividade muscular e as forças de reação das articulações variam principalmente com base na velocidade e muitas vezes de uma etapa para a próxima.

A marcha pode ser categorizada em uma fase de apoio (60%), que consiste em dois períodos de apoio de membro duplo (cada 12%) e um período de apoio único (35%), e uma fase de balanço (40%). Enquanto o a velocidade da marcha aumenta, uma terceira fase – a que não dá suporte fase de flutuação – se desenvolve. Esta fase distingue correr de caminhar aumentando a velocidade, de correr lento, para uma corrida, para um sprint. (A fase de postura diminui, e o balanço e especialmente o aumento das fases de flutuação.15) De caminhando para a corrida, o período da fase de apoio diminui de 0,62 a 0,14 segundo.

A dorsiflexão adequada resulta no movimento correto do pé e contribui para a prevenção de lesões. Enquanto você corre o movimento de dorsiflexão coloca seu pé em uma posição ideal para absorver o choque da aterrissagem e tensiona seus músculos para saltar para a próxima passada. Isso permite um menor tempo de contato com o solo por passada, permitindo que você corra com mais rapidez e eficiência.

A diminuição de dorsiflexão ocasiona menos de controle do pé, resultando em má distribuição de força que contribui para lesões como dores nas canelas e joelho do corredor. A dorsiflexão deficiente também reduz a capacidade de utilizar e aplicar a força dos músculos da cadeia posterior, impactando no agachamento, aterrissar de um salto, descer um degrau, aumenta o valgo dinâmico do joelho.

A diminuição da dorsiflexão pode ser causada por vários fatores:

– A flexibilidade dos músculos da cadeia posterior do membro inferior: quando estão tensos, eles restringem a dorsiflexão.

– A restrição da própria articulação do tornozelo, geralmente causada por uma cápsula articular rígida ou tecido cicatricial e aderências ocorrendo na articulação. Pode até ser causado como uma reação secundária a uma lesão anterior no tornozelo, como uma torção no tornozelo.

– Se não houver tecido mole ou problema de mobilidade, pode ser que os músculos anteriores estejam fracos, cansem rapidamente e simplesmente não sejam utilizados em primeiro lugar devido à falta de consciência ou técnica correta.

 – Adaptações posturais e hábitos na escolha dos calçados (especialmente os sapatos de salto alto), não é surpresa que muitas pessoas têm problemas de mobilidade de tornozelo.

A abordagem para ganho de mobilidade do tornozelo é combinada e inclui: Exercícios de autoliberação miofascial, alongamentos e exercícios de mobilidade de tornozelo.  Esta ordem para soltar os tecidos moles e maximizar a flexibilidade antes de trabalhar a mobilidade articular de maneira específica.

Exercícios de Autoliberação Miofascial para Dorsiflexão do Tornozelo

Uma das técnicas mais simples de autoliberação miofascial para mobilidade de tornozelo é usar o rolo de espuma na panturrilha por todo o comprimento do músculo e do tendão por até 30 segundos. Se por acaso encontram um ponto doloroso ou um ponto gatilho focar no mesmo por por 8-10 segundos.

Além da panturrilha também podemos liberar a fáscia plantar com uma bola (Pode ser usada uma bola de tênis por exemplo, já que isto tem um efeito de aumentar ainda mais o comprimento da cadeia posterior. Há uma conexão direta entre a fáscia plantar e o tendão Calcâneo.

Alongamentos para a Mobilidade do Tornozelo

Se existem restrições moderadas ou severas, manter a posição por 30 segundos.

O exercício de alongamento da panturrilha na parede. Normalmente coloca-se o pé para cima contra a parede ou degrau. O benefício é que se pode controlar a intensidade do alongamento através da distância da parede e do grau de inclinação do pé.

Exercícios Básicos de Mobilidade de Tornozelo

É uma progressão em que os dedos elevados contra a parede, tornando o exercício um desafio à mobilidade e um alongamento.

Exercícios Avançados de Mobilidade de Tornozelo

  • Mobilização na posição meio ajoelhada usando um bastão. O indivíduo começa na posição meio-ajoelhada, então posiciona o bastão na parte de fora do pé na altura do 5º dedo. Quando se inclinar a frente, certifique-se de que o joelho passe por fora do bastão.
  • Mulligan é mais uma de muitas das técnicas podem ser empregadas para ganhos de mobilidade no contexto de treinamento físico, não necessariamente somente para o tratamento de pacientes.

Como pudemos ver, existem muitas variações de exercícios que podem ser desempenhados de acordo com a limitação que se apresenta. Você pode experimentar diferentes combinações, mas o que importa realmente é encontrar o que funciona melhor para cada indivíduo. No entanto, aí estão alguns bons exemplos de exercícios de mobilidade de tornozelo que podem ser escolhidos para tentar melhorar a dorsiflexão.

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Exercícios para ganho de mobilidade do tornozelo:

 

 

 

Referências bibliográficas:

 

  • Dill, K. E., Begalle, R. L., Frank, B. S., Zinder, S. M., Padua, D. A. Altered Knee and Ankle Kinematics During Squatting in Those With Limited Weight-Bearing–Lunge Ankle-Dorsiflexion Range of Motion. Journal Athl Train, 2014.

 

  • Fong CM, Blackburn JT, Norcross MF, McGrath M, Padua DA. Ankle-dorsiflexion range of motion and landing biomechanics. J Athl Train. 2011.

 

 

 

 

 

 

 

Quais os critérios para voltar a jogar futebol após a cirurgia de LCA (ligamento cruzado anterior)

Como todo tratamento pós cirúrgico, devemos respeitar as fases, quando chegamos na fase 4 iniciamos o retorno gradual e progressivo ao futebol competitivo. Portanto, é necessário diferenciar entre vários tipos de devolução:

• Retorno à prática de treinamento de equipe reduzida (sem contato)
• Retornar ao treinamento de equipe completo (normal) prática (com contato)
• Retorne aos jogos não competitivos (inicialmente não durante todo o jogo)
• Retornar ao jogo competitiva (inicialmente não durante todo o jogo)
Este primeiro retorno é geralmente o mais crucial.

O jogador deve estar fisicamente e psicologicamente pronto para mudar de treinamento individual, onde a maioria das situações é intensa, mas controlada, para a equipe treino, onde o jogador também fica exposto a situações não controladas. Nesta fase, o jogador também continua a realizar treinamento específico, com foco na melhoria deficiências identificadas (força, coordenação e resistência) sob supervisão.


Pesquisas recentes mostraram claramente que força / potência e deficiências funcionais na extremidade inferior envolvida pode persistem até 6 ou mais meses após a reconstrução primária do LCA, e que desequilíbrios de força persistentes podem ser vinculado a um risco aumentado de relesão no futebol.
A força muscular comum e critérios de desempenho de salto usados antes de retornar ao esporte, que pode não ser exigente e sensível o suficiente para detectar diferenças laterais e novas recomendações propostas para testes de função muscular em indivíduos após a reconstrução do LCA.


Porque o futebol é um jogo de alta intensidade atividade intermitente, o treinamento deve incluir exercícios físicos que visam melhorar a aptidão aeróbica, potência anaeróbia e capacidade, habilidade de corrida de velocidade, potência e força muscular.

Outro que não seja lidando com as demandas fisiológicas da partida, o treinamento físico pode neutralizar o declínio na proficiência técnica causado pela fadiga.Vários estudos mostraram diferentes treinamentos eficazes estratégias para melhorar esses condicionamentos componentes.


Testes funcionais 

Recentemente apresentaram uma bateria de testes de desempenho para mostrar como déficits unilaterais estão presentes e podem estar ocultos em atividades de membros inferiores bilateral em atletas 1 ano após a reconstrução do LCA. Portanto, o fisioterapeuta esportivo precisa verificar regularmente as tarefas de salto na perna do membro envolvido, garantindo que o jogador continua a demonstrar boa qualidade geral do movimento (joelho, quadril, e tronco).

Existem 2 testes de desempenho considerados os melhores, em termos de validade e confiabilidade em jogadores de futebol saudáveis, são a recuperação intermitente de Yo-Yo (Yo-Yo) teste e o repetido shuttle-sprint teste de capacidade (RSSA).


a) Yo-Yo Intermittent Recovery Test (Yo-Yo IRT):

Há dois níveis do Yo-Yo IRT, estes se diferenciam pelo nível de intensidade. O YoYo IRT 1 possui uma velocidade inicial (10 km/h) mais baixa que o Yo-Yo IRT 2 (13 km/h). A progressão de carga também é menor no Yo-Yo IRT 1 frente ao Yo-Yo IRT 2. Assim que, considerando as diferentes faixas etárias de uma categoria de base, propõe-se que o Yo-Yo IRT 1 seja realizado como procedimento preferencial de avaliação até a categoria Sub-16, sendo as categorias superiores optando-se pelo Yo-Yo IRT 2. Segundo Bangsbo et al. (21) o Yo-Yo IRT 1 avalia a capacidade individual de realizar exercícios intermitentes repetidos com um alto componente aeróbio. Já no segundo (Yo-Yo IRT 2), os sistemas energéticos aeróbio e anaeróbio são altamente exigidos. A sua confiabilidade e validade são bem conhecidas (21), além do rendimento no teste ter mostrado boa correlação com a quantidade de esforços realizados em alta intensidade e distância percorrida durante partidas também em jovens jogadores.


b) Running-Based Anaerobic Sprint Test (RAST):


Consiste em seis sprints de 35 metros, com 10 segundos de recuperação entre eles. Entre outras variáveis, o teste possibilita estimar a potência máxima (Pmáx), média (Pméd) e mínima (Pmín) desenvolvida pelos participantes, além da redução percentual do desempenho (índice de fadiga), o melhor sprint (sprint mais rápido) e o tempo total (soma dos tempos dos seis sprints). As variáveis mencionadas acima podem ser calculadas através das seguintes equações:


d) Potência (W) = Peso (kg) x Distância2 (m) / Tempo3 (s)
e) Pmáx = maior valor de potência
f) Pméd = média dos seis valores de potências
g) Pmín = menor valor de potência
h) IF = (Pmáx – Pmín / Pmáx) x 100
i) Duas fotocélulas, com precisão de 0,001s, foram colocadas nos pontos 0 e 35 metros, ambas conectadas a um computador com software específico (multisprint®) para determinar o tempo de cada sprint. Foi pedido aos atletas realizarem esforço máximo em todas as seis tentativas e não desacelerarem antes de cruzarem a linha final. Cada sprint foi iniciado a partir do ponto (0 ou 35 m) onde eles haviam finalizado o sprint anterior. A saída para cada sprint foi realizada a partir da posição de pé, com os sujeitos parados e posicionados a 40 cm atrás da linha de acionamento do cronômetro das fotocélulas. Nos pontos 0 e 35 metros, foram colocados dois avaliadores para cronometrar o tempo de 10 segundos de recuperação, utilizando cronômetros manuais. As variáveis Pmáx, Pmín e IF foram calculadas através das equações acima mencionadas. O melhor sprint e o tempo total também foram registrados.


j) Alguns estudos (AZIZ et al., 2000; MECKEL et al., 2009) tem utilizado o IF, o tempo total e o melhor sprint como índices de desempenho em testes de capacidade de sprints repetidos. No presente estudo, estes índices também foram utilizados com o mesmo fim.

Dados disponíveis para as diferentes funções dos jogadores (defensor, zagueiro, meio-campista e atacante) que, até se os valores de corte não existirem, pode ajudar no julgamento do desempenho e da prontidão de retorno ao jogo do jogador. O Yo Os testes Yo e RSSA também podem ser usados para monitorar a melhora do atleta ao longo Tempo.
Testes específicos adicionais, como drible de velocidade, passe curto e longo e tiro, foram propostas na literatura, mas nunca foram totalmente validadas cientificamente. Essas e outras habilidades são praticados diariamente e, semelhantes a jogar contra um oponente, físico e mental a preparação deve ser gradualmente otimizada.


Portanto, para voltar à participação plena após a cirurgia do LCA, o jogador de futebol deve fazer uma progressão bem-sucedida através da reabilitação descrita fases (conforme julgado pelo fisioterapeuta esportivo) Yo-Yo e Resultados do teste RSSA

aspecto chave para a reabilitação bem-sucedida de um jogador de futebol profissional é uma abordagem um-para-um (fisioterapeuta esportivo para atleta). Isso permite o monitoramento diário do status do joelho e progresso, e também permite uma melhor adaptação da intensidade e conteúdo do programa de reabilitação. Perto cooperação entre o atleta, fisioterapeuta, cirurgião, treinador esportivo e o treinador é outro fator chave.

A reabilitação pode ser arbitrariamente dividida em 4 fases: (1) proteção e deambulação controlada, (2) controlada treinamento, (3) treinamento intensivo, e (4) voltar ao jogo.O período de tempo para cada fase varia dependendo da cirurgia procedimento e resposta individual para tratamento.


A progressão é orientada por critérios através da fase de reabilitação de retorno ao esporte após Reconstrução do LCA. Deve-se avaliar a força, estabilidade, equilíbrio, simetria dos membros, potência, agilidade, técnica e resistência para a volta do atleta de volta aos esportes.


Fase 1


Esta fase, com foco na recuperação do movimento e deambulação e controle do inchaço imediatamente após a cirurgia, não será discutido.

Fase 2

Esta fase inclui o treinamento neuromuscular específico do futebol. Inicialmente, o foco é na estabilização do joelho (e membros inferiores) em posições de suporte de peso, começando com estático, depois dinâmico e, eventualmente, exercícios reativos. Atenção particular é dado ao varo / valgo e rotacional controle do joelho reparado cirurgicamente e membros inferiores, enfatizando o alinhamento adequado dos membros inferiores (evitando colapso do joelho medialmente) pélvis e estabilização do tronco. Treinamento em superfícies instáveis são particularmente úteis para aumentam a ativação neuromuscular e controle (FIGURA 1).

 

A estabilização rotacional pode ser treinada em uma simples rotação superfície instável.
De acordo com os princípios de aprendizagem motora (prática bloqueada / aleatória), 46 é importante fazer exercícios em diferentes condições ambientais (por exemplo, no ginásio, salão interno e no campo) e com calçados diferentes (por exemplo, sem sapatos, tênis e chuteiras). A bola de futebol deve ser usada, tanto quanto possível, como uma ferramenta para melhorar o reativo estratégias de estabilização (FIGURA 2).

Com um jogador de campo, os passes básicos (pés) são simulado, enquanto recepções básicas de recepção (mãos) são usadas com um goleiro.

O atleta está autorizado a pular / fazer malabarismos com o bola, e também para executar passes simples (usando os lados interno e externo do o pé) com a perna operada. Às vezes, o atleta pode combinar treinamento com atividades menos focadas (FIGURA 3).

Incorporando a bola de futebol e equipamentos específicos para futebol (calçados) na fase 2 não é apenas importante para melhorar neuromuscular específico do futebol estratégias de estabilização, mas também para promover uma atitude psicológica positiva em reabilitação.

Mais tarde, na fase 2, o objetivo é controlar a acelaração ,desaceleração, lateral, diagonal, e deslocamentos rotacionais do corpo, enquanto com foco na estabilização do joelho. Trabalhando contra resistência elástica é considerada uma ferramenta poderosa para treinar neuromusculares controle, já que o joelho, a extremidade inferior, a pelve e a parte superior do corpo precisam ser controlados com base na direção da resistência. Primeiro, o foco está na estabilização adequada em velocidades mais lentas (lado a lado, sem pular), depois nas velocidades e na dinâmica os movimentos são aumentados gradualmente. Exercícios básicos, como estocadas (frontal, lateral ou diagonal), realizados com e sem rotações de tronco, são úteis em promovendo a estabilização multiplanar de o joelho reparado cirurgicamente. Algumas formas simples de exercícios de rapidez também estão incluídos nesta fase. Por exemplo, o atleta fica parado, então, no sinal de início, executa corrida suave sobre alguns metros antes de parar e se estabilizar no joelho operado, em seguida, chuta o bola com a perna não operada. Isso pode ser realizado primeiro no ginásio e depois em campo para melhor estimular o processo de aprendizagem motorizada. As técnicas pliométricas básicas (aterrissagem e estabilização adequadas) são progrediu de perna dupla para perna única atividades (salto horizontal e vertical), enfatizando qualidade versus quantidade de
movimento. Cabecear a bola também é praticado, com decolagem e aterrissagem adequadas técnica (s). Atividades na piscina são uma forma popular de treinamento adicional para jogadores de futebol em esta fase controlada. Usando as propriedades da água, o atleta pode se exercitar equilíbrio e coordenação, além de realizando exercícios de corrida (eventualmente com um colete molhado), com carga mínima em o joelho operado. O atleta está pronto para passar para a fase 3.


Fase 3


Exercícios específicos do futebol mais complexos e desafiadores caracterizam a fase 3. Exercícios específicos de futebol são realizados de forma progressiva “clássica” (3 peças com 4 níveis cada) para correr e treinos de futebol. Partes / níveis específicos podem ser adicionados ou removidos conforme o jogador avança. Não há prazos definidos para complete cada parte em um determinado nível, mas realizar cada ponto (a, b, c, etc) do progressão para um nível na mesma frequência por 3 dias é recomendada antes passando para o próximo nível, seja distância, tempo, repetições ou intensidade. Isso permite uma progressão gradual de cada parte e, portanto, garante a função correta e que nenhuma reação adversa do joelho é anotado antes de passar para o próximo nível.
Programas de reabilitação têm sido demonstrou falhar devido a um rápido aumento na carga de exercício, seja de velocidade ou duração, ou a adição de diferentes exercícios que colocam uma maior demanda no joelho e enxerto. Broca Star Run Esta broca pode ser adaptada para treinamento específico de corrida e futebol. Pode incorporar todos os aspectos do futebol, incluindo brocas para frente, para trás ou multidirecionais e brocas explosivas e reativas com corte. O esboço da broca é simples (FIGURA 4).

As distâncias pode ser aumentado ou diminuído, mas o jogador posição tende a ditar o tamanho do quadrado e a intensidade com que o jogador está funcionando.
Pesquisa do jogo análises 49 mostraram que os sprints (corrida/”tiros”) têm entre 10 e 25 m de comprimento e 3 e 5 segundos de duração. A energia sistemas em uso também são importantes consideração durante essas fases de reabilitação. Jogadores de futebol precisam treinar ambos os sistemas anaeróbio e aeróbio, já que distâncias de até 10 km (defensores centrais) ou 12 km (meio-campistas) são cobertos por jogadores profissionais de alto nível em um partida.
Exercícios combinados ,atividades diferentes, como como pés rápidos, corridas curtas, cortes e acelerando, e as rotações do corpo podem ser treinado em uma sequência rápida em uma distância predefinida (por exemplo, 20 m). Incorporando várias habilidades em uma sequência rápida provou ser um específico eficaz rapidez e controle dinâmico do corpo método de treinamento para jogadores de futebol após cirurgia de joelho.
Situações de contato
Um aspecto dos últimos exercícios específicos do esporte é o contato, que é um elemento importante do jogo de futebol. Embora as rupturas LCA tendam a ocorrer mais frequentemente sem contato, ocorrendo de contatos não pode ser ignorado. Analisando dados da série italiana uma Liga, determinou que o contato gerou lesões com mais frequência durante jogos competitivos, enquanto as lesões sem contato ocorreram com mais frequência durante o treinamento e jogos não oficiais. Comparando uma série de esportes diferentes (basquete, futebol e lacrosse) sugeriu que o nível de contato permitido em esportes de pivô pode ser um fator na determinar o risco de lesão no LCA específico do esporte. Frequentemente, o nível de contato do esporte é esquecido no programa de reabilitação e deixado para os jogadores gerenciarem eles gradualmente voltam ao treinamento. Apesar sempre há risco com o contato, sugerimos que pode ser melhor incluir este aspecto do jogo em um ambiente controlado de reabilitação, em vez de deixe isso para o ambiente imprevisível de uma sessão de treinamento. Se o joelho do jogador é capaz de suportar gradualmente as forças de valgo / varo com e sem rotação, eles devem ser capazes de lidar com a carga / forças graduais de contato. Controlando as forças de desaceleração de um contato são vital, pois demonstrou reduzir o incidência de ruptura do LCA. O treinamemto repetitivo de técnicas de pouso adequadas permitiu que os atletas desenvolvessem conhecimentos respostas que podem ajudar a minimizar ou prevenir lesões quando são colocados no jogo ou situações de prática.
O contato pode ser controlado com bloco tackles (FIGURA 5) e chute com uma perna de objetos que se movem (FIGURA 6), eventualmente progredindo para a carga corporal real, seja no solo ou no ar (FIGURA 7).

Situações de combate


O equipamento deslizante é outro tipo de contato que deve ser abordado, pois é uma função importante do joelho no lado defensivo dos jogos. Progressões graduais de pouso no chão e chutando uma bola pode ser incluído primeiro sem outra pessoa, e, eventualmente, com um terapeuta perguntando o paciente deslize e chute a bola para longe dos pés do terapeuta. Conjuntos e repetições podem ser adicionados gradualmente, com velocidade apenas sendo adicionado quando o paciente está começando para participar do treinamento do grupo. É vital, no entanto, que antes de adicionar esses exercícios de estágio final, todos os aspectos do salto com uma perna e treinamento de rotação foram concluídos. O a superfície da grama também deve ser inspecionada antes para realizar esses tipos de exercícios, como condições externas, como um molhado escorregadio superfície, pode colocar o atleta em maior risco.

Fase 4:


• Critérios para entrar nesta fase
Retorno para a pratica de futebol reduzida:
De 16 – 24 semanas

  • Sem dor/ edema
  • ADM completa
  • Ótimo controle neuromuscular
  • Força do quadríceps e isquiostibiais > 85% do membro não envolvido
    • Objetivos desta fase:
    Trazer o jogador de volta para o treino sem restrições, com toda posse desse jogador de habilidades e condicionamento
    • Treino funcional e treino adicional:
  • Estabilidade e força do CORE
  • Treino de força com maquinas, focando visa o defict de força ainda no músculo que for necessário
  • Flexibilidade,
    Retorno para a pratica do futebol completa
  • Sem dor e edema
  • ADM completa
  • Ótimo controle neuromuscular
  • Força do quadríceps e isquiostibiais > 95% do membro não envolvido
  • Índice de salto (Hop test) > 90% do membro não envolvido
  • Resultados satisfatórios dos testes Yo-Yo e RSSA
  • Preparação final do que o jogador precisa para competir
  • Continuar com treino adicional do gesto esportivo do futebol pelo aquecimento especifico do (11+)

Referências Bibliográficas:

  • https://www.efdeportes.com/efd155/teste-de-sprints-repetidos-em-jogadores-de-futebol.htm
    file:///C:/Users/Usuario/Downloads/137-547-1-PB.pdf
  • MARIO BIZZINI, PT, PhD1 • DAVE HANCOCK, MSc, MCSP, BHSc, HPC2 • FRANCO IMPELLIZZERI, PhD3
    Suggestions From the Field for Return to Sports Participation Following Anterior Cruciate Ligament Reconstruction: Soccer 306 | april 2012 | volume 42 | number 4 | journal of orthopaedic & sports physical therapy

Qual o melhor tratamento para tendinite?

A tendinite é caracterizada como a inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, como uma corda fibrosa que faz a fixação dos músculos aos ossos). Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um osso.

Outra característica da tendinite é o fato de se tornar crônica ou de aparecer em diferentes momentos da vida. É uma crença comum entre os pacientes com tendinite que eles “sempre terão” um novo quadro em algum momento. Crença essa que cabe aos profissionais da saúde erradicar, afinal tendinite em tratamento e a pessoa pode nunca mais apresentar um novo sintoma, quando bem direcionado o tratamento e seguidas às orientações pós-alta.

As tendinites também são classificadas de acordo com a região do tendão que acometem:

  1. Entesite – tendinite de inserção
  2. Tenossinovite – inflamação da bainha sinovial tendinea
  3. Peritendinite – inflamação da junção músculo-tendínea
  4. Tendinite Ossificante – cronificação da inflamação com depósito de cristal de hidroxiapatita.

O mecanismo desencadeante mais comum é a sobrecarga, quando há repetição de movimentos sem que a estrutura tenha tempo para se recuperar, mas também pode ocorrer decorrente de traumas.

Um exemplo comum de mecanismo causador de tendinite é o aumento excessivo do volume de treino de corrida, por exemplo. O corredor passa a realizar mais repetições e também a receber mais impacto, o que resulta em sobrecarga dos tendões, inflamação e dor.

A execução errada do gesto esportivo ou de trabalho, também pode influenciar no aparecimento das tendinites, assim como o próprio processo de envelhecimento. O tendão sofre alterações estruturais no decorrer da vida, o que não significa que todos nós teremos tendinites. Pelo contrário. Os estudos mostram que é comum pessoas assintomáticas apresentarem alteração no exame de imagem (ressonância magnética), mas não relatarem nenhum sintoma. E, essa é outra crença que devemos quebrar nos pacientes, que acreditam que alteração no exame de imagem será sinônimo de dor.

Em relação ao tratamento há diversas técnicas que podem ser aplicadas. Mas, qual o melhor tratamento? Existe?

O melhor tratamento para tendinite é aquele que atua na causa!

O que isso significa? Não existe tratamento adequado sem uma avaliação completa que identifique todos os fatores que contribuíram para o surgimento da lesão. Essa investigação permitirá que a causa seja identificada e tratada. E, os estudos nos mostram também que o padrão ouro de tratamento é baseado em exercícios. Ou seja, terapias passivas auxiliam, mas não são suficientes para tratar por completo a queixa do paciente. Assim como anti-inflamatórios, que podem diminuir a dor, mas não garantem a ausência de sintomas em longo prazo.

O exercício tem como principal objetivo devolver para o tendão sua capacidade de suportar carga. Além disso, pode ser necessário adaptar o gesto do paciente e fazer o retorno gradual à atividade que causou os sintomas.

Por isso a fisioterapia é essencial para o tratamento das tendinites. Em caso de sintomas, procure o fisioterapeuta o quanto antes, pois além da melhora do quadro atual será possível prevenir que a queixa ocorra novamente no futuro.

Referências:

5 Exercícios para condromalácia

5 Exercícios para condromalácia

Fortalecimento muscular para pessoas com condromalácia patelar:

Geralmente o tratamento para condromalácia é conservador e não reverterá o quadro de lesão, mas ocorrerão melhoras na função do joelho e diminuição da dor. O joelho tem a função de absorver e direcionar força ao membro inferior e, por isso, o tratamento precisa ser funcional. Primeiramente são realizados programas de fisioterapia convencional (crioterapia, etc.), eficientes na fase de edema e muita dor. O passo seguinte é a melhora da função do joelho, que pode ser alcançada através de exercícios da fisioterapia e, logo depois, o fortalecimento muscular. O grande problema é a dificuldade que as pessoas têm em manter a atividade física ao longo da vida, podendo, então, voltar a apresentar os sintomas.

Um dos objetivos para melhorar os sintomas de dor é a diminuição da força de contato entre a patela e o fêmur, que varia entre os exercícios de cadeia cinética aberta e fechada. Torna-se, assim, necessário o conhecimento desta variação para o tratamento ser eficiente. A cadeia cinética aberta é caracterizada por exercícios com objetivo de trabalhar um determinado músculo com o segmento distal livre. O exercício de cadeia cinética fechada existe quando o segmento distal está fixo, como levantar de uma cadeira, subir e descer escadas que, por sua vez, torna-se mais funcional para as pessoas.

Quando nós vamos fazer a prescrição de exercícios é muito importante ter em mente a qualidade da execução do movimento e não só o ângulo de reação articular, temos de observar como aquele paciente está fazendo a contração.

A prescrição de exercícios é muito individualizada e não da para fazer um vídeo ou uma cartilha que a gente garanta que a pessoa vá conseguir fazer aquele exercício e retornar para o esporte.

A prescrição de exercícios vai envolver vários fatores:

– Biotipo

– Idade

– De acordo com o grau de inibição muscular, quanto maior o grau de inibição iniciamos com exercícios excêntricos e depois para exercícios concêntricos e depois entra com os exercícios avançados,

-Distúrbio biomecânico:

Valgo dinâmico ocorre uma dessincronização da musculatura do quadril e do quadríceps, o joelho é jogado para dentro o fêmur roda para dentro e a patela faz um atrito excessivo, levando a uma hiperpressão na cartilagem.

Angulação de proteção:

É possível realizar o fortalecimento muscular sem agressão articular no joelho, pois existem ângulos que trabalham a articulação sem gerar mais lesão.

Cadeia Cinética Aberta:

Ocorre mais pressão com o joelho esticado, quanto maior a extensão do joelho, maior o vetor de reação articular  na cadeira extensora ,de 90º a 45º nós conseguimos fortalecer sem fazer hiperpressão, quanto maior a extensão maior o vetor de  reação articular, maior o risco de ter lesão cartilaginosa.

Cadeia Cinética Fechada:

Ocorre mais pressão com o joelho flexionado, principalmente se tiver uma distancia muito grande do centro de gravidade, maior o atrito da cartilagem contra o fêmur. Quanto maior o ângulo de flexão do joelho ,maior a reação do vetor articular.

Nesse tipo de exercício ocorre co-contração dos ísquios tibiais. A partir do ângulo de 60 graus, a co-contração faz com que a tíbia se movimente posteriormente e rode para a parte lateral, aumentando a pressão na patela. Os exercícios de cadeia cinética fechada, para quem tem este tipo de lesão, devem ser feitos até próximo de 45º graus, para evitar as alterações citadas.

Exercícios

 

  • Cadeira Extensora:

Sentado com toda a parte do fêmur apoiada, a resistência está na parte distal da tíbia e não no dorso do pé, ativando o tibial anterior. O movimento não deve gerar dor nos joelhos, iniciar com uma amplitude menor dos joelhos.

 

  • Ponte

Alinhar os joelhos com os pés, para fortalecimento dos músculos extensores do quadril e da coluna e Core.

  • Concha:

Fortalece o glúteo médio e os rotadores laterais (3×15) 3 séries é um número que promove um bom catabolismo muscular, ocorrendo ganho muscular.

 

  • Agachamento:

Pés alinhados com os ombros, as curvaturas fisiológicas devem ser preservadas durante o movimento, o joelho não avança a linha do pé, a maior parte da pressão está sobre os calcanhares, se perder a curvatura lombar ocorrera retro ou anteversão da pelve , para que a coluna não seja agredida, a coluna recebe maior carga ela tem maior poder para suportar essa carga no eixo axial quando ela esta com as curvas preservadas. O agachamento é um dos exercícios em cadeia cinética fechada mais indicado por ser seguro e efetivo através de uma co-contração dos músculos quadríceps e ísquiotibiais, dando maior estabilidade ao joelho.

  • Elevação da perna reta lateral:

Fortalecimento muscular do glúteo médio, que auxilia na correção do valgo dinâmico.

 

Lembrando sempre que o importante é respeitar o que o indivíduo sente e seus limites físicos, sobretudo em relação à dor. Nunca forçar o movimento se houver dor e progredir a graduação dos exercícios baseando-se na exposição gradativa para fortalecimento muscular e otimização do controle motor dentro da fisioterapia.

É fundamental a comunicação do médico, fisioterapeuta e educador físico.

Não reproduza estes exercícios sozinhos, só irá realizar esses exercícios após uma avaliação médica, fisioterapêutica e após a alta com o acompanhamento do educador fisico.

Não existe o exercício certo ou errado, existe o adequado.

Referencias Bibligráficas:

  • Knee biomechanics of the dynamic squat exercise RAFAEL F. ESCAMILL ,Michael W. Krzyzewski Human Performance Laboratory, Division of Orthopaedic Surgery, Duke University Medical Center, Durham, NC 27710;
  • The Influence of Abnormal Hip Mechanics on Knee Injury: A Biomechanical Perspective ChRISTOPhER M. POWERS, PT, PhD1 february 2010 | volume 40 | number 2 | journal of orthopaedic & sports physical therapy.

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“5 exercicios para condromalácia”

5 Mitos sobre Condromalácia

A condromalácia é caracterizada por um amolecimento da cartilagem que reveste a patela e que ocorre em decorrência do aumento da pressão de contato entre a patela e a tróclea (parte do fêmur), que é um sulco sobre o qual ela fica apoiada.

É também uma das principais causas de dor no joelho, sendo sinais e sintomas comuns: a dor anterior no joelho e o sinal de cinema (dor e sensação de pressão após ficar muitas horas sentado com o joelho dobrado).

Pode acometer sedentários ou atletas profissionais e é classificada em 4 graus:

  • Grau I: Edema e amolecimento da cartilagem;
  • Grau II: Lesão superficial, envolvendo menos de 50% da espessura da cartilagem;
  • Grau III: Lesão profunda, com mais de 50% da espessura da cartilagem;
  • Grau IV: Lesão de espessura total, com exposição do osso sub condral.

Muitos são os mitos que rondam a Condromalácia e acabam por interferir negativamente na vida dos pacientes com essa condição. Pensando nisso, alguns dos principais mitos que ouvimos sobre a Condromalácia:

Mito 1– Quem tem Condromalácia não pode fazer esporte

A atividade física e/ou esportiva faz parte dos pilares para uma vida saudável. Mesmo níveis competitivos, o diagnóstico de Condromalácia não proíbe a prática de nenhum esporte. Porém, deve sempre ser realizado um acompanhamento do grau de desgaste articular, sintoma do paciente e tratamento visando a prevenção do aumento da degeneração dessa cartilagem.

Além disso, a atividade física auxilia no controle do peso, fator importante ara controle dessa condição.

Mito 2 – Quem tem Condromalácia não pode fazer musculação

O fortalecimento muscular fator que não pode faltar no tratamento da Condromalácia. É através de uma musculatura forte e de exercícios específicos que o paciente terá alívio da dor e dos sintomas e que a cartilagem irá receber uma carga menor durante as atividades, uma vez que, uma musculatura forte auxilia na absorção de impactos e diminui a sobrecarga articular. Além disso, o fortalecimento adequado contribui para a correção de gestos e posições biomecânicas que podem influenciar no avanço da Condromalácia, como no caso do valgo dinâmico do joelho.

Mito 3 – Quem tem Condromalácia não pode fazer agachamento

O agachamento é um exercício essencial para o tratamento das lesões de joelho. Esse exercício é importante para funções como: sentar e levantar, subir e descer escadas e rampas, controle de saltos e amortecimento. Além disso, a força e ativação das fibras do músculo quadríceps ficam comprometidas em pacientes com dor articular, devido sua inibição por dor.

Porém, deve-se ter muita atenção com esse exercício que, se executado de maneia incorreta, pode sim piorar os sintomas e contribuir para um avanço da doença.

Inicialmente é muito comum que se realize em ângulos chamados de proteção, que são ângulos menores e que resultam em menos pressão na cartilagem. Além disso, um bom alinhamento do joelho é importante durante sua execução, além da ausência de dor durante e imediatamente após o exercício.

Mito 4 – Tomar colágeno e condroitina auxiliam na regeneração da cartilagem

Nenhum estudo científico de grande peso foi capaz, até o momento, de indicar o uso de suplementação oral como medida de prevenção ou como forma de auxiliar no processo de regeneração da cartilagem. Além disso, no Brasil, essas substâncias são de alto custo.

Mito 5 – Quem tem não pode fazer atividades de impacto

Muitos estudos comprovaram que atividades de impacto articular podem ser benéficas para a cartilagem e, até mesmo prevenir a sua degeneração. Portanto atividades como corrida e ballet clássico, muitas vezes ditas como proibidas para os pacientes com Condromalácia, podem ser praticadas de maneira segura e sem medo.

Considerações:

O mais importante para o paciente com Condromalácia é ter autonomia e entender o que está acontecendo com o seu corpo. Prestar atenção quando alguma atividade piorar o sintoma e sempre ter profissionais especialistas e de confiança para tirar dúvidas e realizar um acompanhamento.

Junto com isso, o fortalecimento muscular bem orientado é de extrema importância para a boa qualidade de vida desses pacientes, permitindo a realização de suas atividades de vida diária e esportivas sem nenhuma queixa, além de preservar a saúde da cartilagem por mais tempo.

Assista também ao nosso vídeo sobre o tema:

Referências:

https://pebmed.com.br/condromalacia-como-identificar-e-tratar-esta-condicao/

https://www.jospt.org/doi/10.2519/jospt.2019.0503

Lesões no Ballet

O ballet clássico ainda é visto por muitos apenas como arte. Mas, não podemos ignorar que, a alta carga de treino dos bailarinos faz com que a modalidade tenha muitas características de prática esportiva e, até se enquadre como tal.

O ballet exige das bailarinas e bailarinos gestos e corpos específicos, que diferem muito de outras atividades. Para sua performance adequada é necessário que o bailarino possua elevado grau de flexibilidade, força muscular, estabilidade, equilíbrio e consciência corporal. E, além de toda a preparação e habilidades específicas citadas, há ainda a necessidade de manter um biótipo magro.

Tais exigências deixam o bailarino suscetível às lesões e dores, sendo as lesões traumáticas pouco comuns e, as lesões por repetição e sobrecarga, muito encontradas.

Entre as características mais marcantes, e que devem ser levadas em consideração no momento de se avaliar uma lesão em um bailarino, incluem-se:

  • Exercícios de ponta:

– Exigem que a bailarina possua força não só no pé, mas em todo o tronco, devendo ser iniciados na fase adequada e com um preparo específico.

  • Exercícios com a perna rodada para fora (En Dehors):

– O gestual do ballet se dá com a rotação externa do quadril. Porém, para que essa rotação ocorra, muitos bailarinos realizam compensações no joelho e pé. A repetição também pode resultar em adaptações na articulação do quadril.

  • Grande amplitude de movimento em todas as articulações:

– Os gestos no ballet envolvem amplitude de movimento extrema das articulações e são características marcantes da dança. Para que aconteça, o bailarino precisa de mobilidade e flexibilidade articular, associadas à estabilidade.

  • Saltos e giros:

– Exigem amortecimento, agilidade e equilíbrio, resultam em bastante impacto nas articulações e ossos do membro inferior.

  • Idade precoce com que crianças iniciam a prática:

– O mais comum é que a prática do ballet se inicie muito cedo, principalmente pelas meninas, por volta de 4 ou 5 anos de idade. Por um lado esse início precoce favorece o desenvolvimento da técnica, por outro, deixa a criança mais suscetível às adaptações corporais e lesões por sobrecarga.

  • Busca pelo corpo magro;

– A necessidade de manter um padrão físico influencia na alimentação e não são incomuns transtornos alimentares no meio do ballet. Essa alimentação inadequada pode interferir diretamente em algumas lesões, como a fratura por estresse e a tríade da mulher atleta.

Principais Lesões no Ballet 

O ballet é uma atividade que usa o corpo como um todo e, dessa forma, qualquer articulação pode ser acometida por lesões. Entre as mulheres, as lesões nos braços são pouco frequentes, porém, são fonte de preocupação nos homens, que executam muitos movimentos carregando a parceira.

As lesões no ballet estão, na maior parte dos casos, diretamente associados ao gesto específico e aos movimentos repetitivos da dança. Por isso, é importante o conhecimento e o estudo desses movimentos pelos profissionais, a fim de corrigir “vícios” e compensações, que possam interferir diretamente como fatores causais de dor e lesão.

Entre as lesões traumáticas, pouco comuns, mas, ainda encontradas, a mais frequente é a entorse de tornozelo. Verifica-se também lesões ligamentares de joelho, devido torções da articulação.

Lesões por sobrecarga

  • Lesões musculares: Contraturas ou distensões fazem parte da vida dos bailarinos. Podem ocorrer na coluna, músculos da coxa e panturrilha, principalmente.

 

  • Fratura por estresse: a associação do impacto, repetição e falha nutricional, contribui para o surgimento das canelites e fraturas por estresse na cabeça do fêmur, tíbia, ossos do pé e, eventualmente coluna.

 

  • Lesões da coluna: Comum em bailarinos mais velhos, mas podendo acometer qualquer faixa etária, pode ter causa mecânica (movimentos articulares extremos – principalmente a hiperextensão, fraqueza muscular, tensão muscular), por protrusões ou hérnias de disco, espondilólise ou espondilolistese e também disfunção da articulação sacroilíaca.

 

  • Lesões do quadril: O quadril é outra articulação muito exigida no Ballet. As lesões de quadril mais comuns são: síndrome do piriforme, tendinite glútea, ressalto do quadril, impacto fêmoro-acetabular e lesão de Labrum.

 

  • Lesões do joelho: O joelho do bailarino sofre com a sobrecarga de pliés (dobrar os joelhos) e saltos constantes e em diferentes alturas e direções. Condromalácia patelar e condropatia são comuns, principalmente nas bailarinas, seguidas de síndrome da dor patelofemoral (SDPF), lesões de menisco, tendinopatia patelar.

 

  • Lesões do tornozelo e pé: Não existe bailarino sem um bom pé. Além das entorses, são frequentes tendinopatias (de Aquiles, tibial posterior, fibulares e flexor longo do hálux), impacto anterior e posterior de tornozelo.

 

Ainda existe uma dificuldade no meio da dança quanto ao acesso às atividades preventivas. Seja por conhecimento de sua importância, tempo para frequentá-las, uma vez que bailarinos profissionais ensaiam, em média, 8 horas por dia, seja por questões financeiras, pois apenas de reconhecida e aplaudida mundialmente, o investimento nessa arte ainda é muito baixo, se comparado com outras atividades esportivas que exigem tanto esforço físico para o ballet.

Os programas de prevenção são essenciais na vida do bailarino, pois além de contribuir para uma prática com menos dores e desconfortos, diminuir a chance de lesões, pode aumentar o tempo de carreira e diminuir às consequências da prática no corpo dos bailarinos.

Referências:

https://highperformancefisio.com.br/canelite-sindrome-do-estresse-tibial-medial/

https://highperformancefisio.com.br/tendinite-do-tibial-posterior/

https://highperformancefisio.com.br/dor-no-joelho-x-dor-femoropatelar/

https://www.scielo.br/pdf/fp/v21n4/pt_1809-2950-fp-21-04-00353.pdf

https://www.efdeportes.com/efd166/incidencia-de-lesoes-em-bailarinos.htm

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Efeitos do sapato de salto alto no corpo

 

Perspectiva histórica

Historicamente, a primeira forma de salto alto como conhecemos começou durante o século XIV. Homens da nobreza começaram a colocar cunhas de madeira, chamadas de rolos, na sola de seus calçados para protegê-los da sujeira.

Com o passar do tempo, várias características tornaram os saltos altos distintos em comparação com outros sapatos usados por mulheres. Em média, os sapatos têm uma elevação do salto de aproximadamente 1 a 2 cm; entretanto, os sapatos de salto alto podem ter uma altura de salto superior a 10 cm. Sapatos de salto alto também apresentam uma biqueira estreita, um calcanhar rígido que geralmente se projeta anteriormente e curvatura plantar excessiva no antepé . O uso desses calçados pode muitas vezes ter efeitos biomecânicos deletérios.

Forças de reação do solo

Força de reação do solo (GRF) é qualquer força de reação externa, especificamente uma aplicada pelo solo. A força de reação do solo é igual em magnitude e em direção oposta à força que o corpo exerce na superfície de apoio através do pé. Os GRFs podem ser representados pela 3ª lei do movimento de Newton, par de ação e reação.

Vários estudos observaram e relataram um aumento da pressão sob o antepé com um aumento na altura do salto em mulheres que usam sapatos de salto alto.

Atividade muscular

Na marcha de salto alto e em pé, muitos músculos localizados nas extremidades inferiores e nas costas são excessivamente trabalhados devido à flexão plantar do pé. Os músculos estão no pico de geração de força quando estão em repouso. Quando o comprimento do músculo aumenta ou diminui além do comprimento de repouso, a produção de força muscular diminui em forma de sino. Essa relação é observada em usuários de salto alto. Quando o calcanhar é levantado, como no caso de sapatos de salto alto, as fibras dos músculos que inervam os músculos ao longo da perna são encurtadas. Os músculos encurtados agora são inconsistentes com sua relação comprimento-tensão em repouso, resultando em menor produção de força. A posição exagerada de flexão plantar da articulação do tornozelo coloca o músculo tríceps sural em uma posição encurtada e, portanto, menos favorável em sua curva comprimento-tensão muscular. Nessas condições, a musculatura de flexão plantar encontra-se em uma posição menos vantajosa para geração de força e trabalho e, consequentemente, menor capacidade propulsiva.

Efeitos negativos do salto alto no corpo:

Quando uma mulher usa salto alto, seu corpo se desloca para a frente, afetando sua postura em pé. Os dedos dos pés são apontados diretamente para baixo. Mulheres que usam salto alto frequentemente enfrentam problemas ósseos e dores nas articulações. Nos estágios iniciais, pode fortalecer os músculos do tornozelo, mas posteriormente leva à instabilidade e ao enfraquecimento dos músculos. O uso de salto alto também causa artrite e osteoartrite.

O uso regular de salto alto tem efeitos nocivos para o corpo, como:

  • Afeta adversamente nosso pé:

Quando andamos de salto alto, nosso peso corporal ou pressão estará no antepé e leva a anormalidades no pé como joanetes, hálux valgo, dedos em martelo, neuroma de Morton e esporões ósseos. O uso a longo prazo causa dor nos pés e nos dedos dos pés, sola, arco ou calcanhar.

  • Causa dor na região lombar:

O salto alto aumenta o risco de dores nas costas, no pescoço e na parte inferior das costas. Como o salto alto não consegue distribuir o peso corporal de maneira uniforme, ele causa inflamação e dor na região lombar.

  • Efeitos prejudiciais nos joelhos:

O salto alto aumenta a pressão sobre os joelhos e leva a joelhos hiperextendidos. Causa dor nos ligamentos do joelho e na patela ao caminhar, subir escadas e correr.

  • Diminui a força do músculo da panturrilha:

O salto alto em longas caminhadas causa dores nos músculos da panturrilha e enfraquece os músculos da panturrilha nas mulheres em até 13%. Também leva ao tendão de Aquiles.

  • Leva ao desequilíbrio e quedas:

O uso de salto alto pode causar desequilíbrio e quedas. Cair com salto alto pode causar entorse do tornozelo e, às vezes, também pode causar fratura no tornozelo.

  • Causa fascite plantar:

A fascite plantar afeta o pé onde o ligamento se liga ao osso e também causa microrrupturas no ligamento e quebra do colágeno. A fascite plantar causa dor nos calcanhares e na planta dos pés.

 

  • Saltos altos levam a problemas de postura:

Os saltos altos colocam o corpo todo fora do alinhamento natural. A parte superior do corpo, ou seja, a cabeça e o peito, são empurrados para a frente à medida que a parte inferior do corpo se inclina para a frente devido aos saltos altos. Esta postura não natural impacta a curva lombar e aumenta a pressão na coluna e na planta do pé. Essa pressão na coluna e na curva lombar leva à ciática, que causa dor aguda, formigamento ou dormência na perna.

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3 Exercícios para amenizar os efeitos do sapato de salto alto:

 

Referencias bibliográficas:

Esenyel, M.,  Gitter, A.,  Walden, G.,  2001.  Altered Work Distribution in The lower Extremity While Walking in High Heeled shoes.  Journal of Biomechanics 29,  405-413.

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (Mulligan Concept)

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (Mulligan Concept)

Dentro da fisioterapia, possuímos diversas técnicas e recursos, que são empregados de acordo com os objetivos e necessidades de cada paciente. Uma delas é a terapia manual, que consiste em manobras aplicadas manualmente sobre articulações, pele, músculos, ossos e nervos, com algumas finalidades, como:
• Ganhar a extensibilidade do tecido;
• Aumentar a amplitude de movimento do complexo articular;
• Mobilizar ou manipular tecidos moles e articulações;
• Induzir relaxamento;
• Alterar a função muscular;
• Modular a dor;
• Reduzir o inchaço dos tecidos moles, inflamação;
• Melhorar a restrição de movimento.
Porém, quando falamos de terapia manual, são muitas as técnicas difundidas e utilizadas pelos fisioterapeutas para atingir esses objetivos. Todas elas são baseadas na anatomia, fisiologia e biomecânica, de modo à entender o funcionamento do corpo e, assim, utilizar dos próprios movimentos fisiológicos para promover a recuperação de uma disfunção.
Dentro das técnicas mais estudadas e conhecidas de terapia manual está o conceito Mulligan (Mulligan Concept), proposto pelo fisioterapeuta neozelandês Brian Mulligan, formado em 1954.
O conceito Mulligan surgiu através do estudo e do conceito de disfunção articular. Parte-se do princípio que, o movimento normal é livre de dor. Sabemos também que, a articulação possui movimentos visíveis ao olho (flexão, extensão, rotações, adução e abdução), que podem ser reproduzidos voluntariamente e são classificados dentro da osteocinemática. Mas, para que esses movimentos aconteçam em sua plenitude, outros menores e não voluntários ocorrem no interior da articulação (translação, deslizamento), sendo classificados dentro da artrocinemática.
Baseado no conhecimento biomecânico, diz-se que a perda do movimento acessório ou do jogo articular resulta em disfunção que, por sua vez, leva à dor e perda do movimento. E, diz-se ainda que, essas disfunções são detectáveis através da mobilização passiva. Como a alteração ocorre em movimentos acessórios, micro movimentos, não é possível visualizar essa alteração em exames de imagem, como raio-x ou ressonância magnética.
Sendo assim, a base do conceito de Mulligan centra-se na correção articular de Falhas Posicionais. O objetivo passa por restaurar o alinhamento articular e normalizar o eixo de movimento, eliminando assim a dor.
Para que seja realizada de maneira adequada, primeiro é realizada uma avaliação que, além de considerar toda a história clínica do indivíduo, encontra o movimento articular acessório que permita o MOVIMENTO ATIVO do SEM DOR.
O movimento acessório passivo é mantido pelo Fisioterapeuta ao longo da amplitude de movimento, enquanto o paciente se movimenta ativamente – Técnica de Mobilização com Movimento. Se as técnicas de Mulligan estiverem indicadas para o caso, os RESULTADOS serão imediatos – diminuição da dor e/ou aumento da amplitude de movimento.
Os excelentes resultados deste método não se limitam aos efeitos biomecânicos. Nos últimos anos, para além de ensaios clínicos em disfunções e patologias específicas, os estudos científicos dedicam-se a perceber e demonstrar os efeito na neuromodulação da dor e também efeitos neuromusculares.
O conceito de Mulligan não esgota no consultório. O conceito Mulligan estimula o auto tratamento, permitindo que os ganhos do tratamento sejam mantidos por mais tempo é garantindo a eficácia, além de ser uma ferramenta útil para que o paciente fique livre de dor de maneira autônoma.
O conceito de Mulligan apesar da vertente de correção articular, não se centra apenas na articulação da região dos sintomas. A Avaliação e Intervenção têm em conta todas as estruturas locais e à distância que possam interferir com os sintomas, por exemplo: a dor no ombro pode ter a sua sintomatologia diminuída ou até eliminada, com uma Mobilização Cervical com Movimento do Membro Superior.
A técnica pode ser aplicada em qualquer articulação, desde que respeite as contraindicações da terapia manual como um todo e promova a melhora dos sintomas simultaneamente sua aplicação.

Como realizar o exercício do agachamento

Como realizar o exercício do agachamento

 

Agachar é um movimento natural do ser humano, que está envolvido em vários movimentos do dia a dia. Nesse contexto, o agachamento é considerado um dos principais movimentos para melhorar a qualidade de vida, devido à sua habilidade de recrutar vários grupos musculares, uma vez que muitas atividades diárias necessitam da coordenação e interação simultânea de vários grupos musculares. Além disso, este exercício também tem boa capacidade de ativação da musculatura do tronco.

Os benefícios proporcionados pelo agachamento estão associados à sua correta execução, sendo um movimento seguro e efetivo quando realizado com técnica adequada. Por outro lado, o agachamento é um movimento complexo e, havendo uma execução incorreta, esta poderá acarretar aumento de risco de lesões, como, por exemplo, distensões de músculos e ligamentos, discos intervertebrais rompidos, espondiloses e espondilolistese. Dessa forma, o entendimento da correta execução e possíveis variações do exercício serão de grande importância para se atingir o benefício desejado proporcionado pelo exercício, bem como reduzir as lesões relacionadas.

EXECUÇÃO

  1. O olhar e o posicionamento da cabeça deve ser à frente para que não influenciem na postura;
  2. os pés devem estar com distância ligeiramente superior à largura dos ombros, com os tornozelos levemente abduzidos.
  3. O executante, então, agacha flexionando o quadril, joelhos e realizando a dorsiflexão dos tornozelos, mantendo a coluna vertebral alinhada e a boa postura
  4. Por fim, quando a profundidade desejada for atingida, o praticante reverte a direção, ascendendo de volta para a posição inicial estendendo o quadril, os joelhos e flexionando os tornozelos.
  5. No momento de transição entre a fase ascendente (ação concêntrica) e descendente (ação excêntrica), não é necessário realizar a extensão total da articulação do joelho, pois esse será um ponto de descanso, no qual o músculo reduz substancialmente sua ativação. Ou seja, uma mínima flexão do joelho deve ser mantida ao final do ciclo de cada repetição.
  6. Quanto à respiração, orienta-se inspirar na fase excêntrica (descendente) e expirar na fase concêntrica (ascendente). Esta coordenação fará com que, ao final da fase excêntrica, os pulmões estejam cheios, o que auxilia na estabilização da coluna vertebral.

Esse exercício permite uma grande ativação dinâmica de quadríceps e glúteos, sendo estes considerados os motores primários nas articulações de joelho e quadril, respectivamente, logo, são esses os músculos-alvo a serem trabalhados no agachamento. Além de quadríceps e glúteo, os isquiotibiais também têm uma ativação na extensão do quadril, os músculos adutores e abdutores de quadril atuam como estabilizadores nessa articulação, e o sóleo e gastrocnêmico atuam na flexão plantar.

Ainda, a partir do agachamento, existe uma atividade isométrica importante de músculos estabilizadores, incluindo abdominais, eretores da espinha, trapézio, romboides, entre outros, para estabilização do tronco. No geral, é estimado que mais de 200 músculos são 12 ativados durante a execução do agachamento grupos musculares envolvidos. Como mencionado anteriormente, o movimento de agachamento recruta e solicita uma quantidade muito grande de músculos.

ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS

O movimento de agachamento solicita o trabalho basicamente de quatro articulações: joelho, coluna vertebral, quadril e tornozelo. Cada uma dessas sofre a influência do movimento e possui um papel específico na sua execução. Compreender um pouco mais sobre estas questões e estas estruturas é de grande valia para uma boa e correta prática.

As forças de compressão tibiofemural e patelofemoral aumentam à medida que se aumenta a flexão do joelho. Em um estudo de revisão, Escamilla indicou que a maior força de compressão patelofemoral no agachamento foi a 130 graus de flexão do joelho. Todavia, é importante ressaltar que, em um joelho saudável, a força de tensão máxima suportada pelo tendão patelar e pelo tendão do quadríceps são maiores do que as tensões promovidas pelo agachamento, quando realizado com carga e técnica correta, fazendo com que a probabilidade do agachamento de exceder o limiar de capacidade dos tendões seja mínima.

Quanto à amplitude ideal do agachamento, existe muita referência ao “agachamento paralelo”, que deve ser realizado até que as coxas fiquem paralelas ao solo, promovendo um ângulo de aproximadamente 90 graus de flexão dos joelhos. A teoria para essa recomendação estaria baseada na ideia de que o agachamento, em ângulos superiores a 90 graus de flexão do joelho, seria potencialmente lesivo ao joelho, porque, ao flexionar o joelho em ângulos maiores que 90 graus, isso aumentaria a força de compressão tibiofemoral e patelofemoral. Entretanto, análises de vários estudos científicos indicam que as maiores forças de compressão e de cisalhamento no agachamento ocorrem justamente nos ângulos próximos a 90 graus de flexão de joelho  , observando ainda uma tendência de redução nas forças, à medida que a amplitude de flexão do joelho aumenta. Considerando que, para realizar um agachamento de até 90 graus, a carga absoluta é geralmente maior em comparação com o agachamento em maiores flexão do joelho, e que as forças compressivas e de cisalhamento são proporcionais à carga utilizada, os movimentos parciais irão impor uma maior força de compressão em comparação ao agachamento profundo devido à maior carga. Portanto, a relação entre carga e profundidade também deve ser considerada

Uma pergunta importante é: a qual amplitude o praticante deve agachar? Considera-se a amplitude ideal aquela em que o executante consiga realizar o movimento sem que haja um aumento no risco de lesões.

 

ERROS FREQUENTES ENCONTRADOS DURANTE A EXECUÇÃO DO AGACHAMENTO

 

VALGO DINÂMICO

Alguns indivíduos, ao executar o agachamento, produzem um valgo dinâmico no joelho, movimento que aproxima os joelhos. Isso deve ser evitado, porque pode causar desgaste nas cartilagens dos joelhos, denominado condromalácia patelar.

O valgo dinâmico é observado com maior frequência em mulheres, devido ao quadril normalmente mais largo em relação aos homens. Agachamento com valgo dinâmico.

Procedimentos devem ser tomados para evitar o valgo dinâmico, que, durante o agachamento, ocorre, sobretudo, devido a um desequilíbrio muscular. Embora o efeito possa ser observado no joelho, a causa está na musculatura da articulação do quadril, já que o valgo dinâmico é causado por uma adução e rotação interna do quadril. O seu principal fator é que os músculos abdutores de quadril, que deveriam equilibrar a articulação e evitar esse movimento, podem estar enfraquecidos, especificamente o glúteo médio e o tensor da fáscia lata, importantes abdutores do quadril. Logo, será prudente trabalhar o fortalecimento específico desses músculos.

Uma abordagem simples é a colocação de um elástico tensionado logo abaixo dos joelhos durante o agachamento, que fará com que o executante projete os joelhos para fora para manter o elástico tensionado. Além disso, caso o valgo dinâmico ocorra nos maiores ângulos de flexão do joelho, deve-se, então, limitar a profundidade do agachamento a ângulos em que o valgo dinâmico não ocorra.  Utilização de elástico logo abaixo do joelho para reduzir o valgo dinâmico.

 

A PROJEÇÃO DO TRONCO A FRENTE

Aumenta a sobrecarga na região lombar, logo, esse é um movimento que deve ser evitado. Agachamento com projeção excessiva do tronco à frente. Alguns dos fatores que induzem a maior projeção do tronco à frente são:

1) falta de mobilidade no tornozelo;

2) desproporção entre o comprimento do fêmur e do tronco, sendo maior comprimento relativo do fêmur e menor comprimento relativo do tronco;

3) menor distância entre os pés;

4) desequilíbrio entre a força do 26 quadríceps e glúteo máximo, havendo uma maior força relativa dos glúteos;

5) maior intenção de, desnecessariamente, ativar os extensores do quadril (glúteo máximo e isquiotibiais). Outro fator que contribui é preocupação excessiva com a projeção do joelho à frente da linha da ponta dos pés.

Ao limitar os joelhos à linha da ponta dos pés, aumenta-se a força na parte inferior da coluna, comparativamente ao agachamento realizado de forma natural. Dessa forma, pode ser necessário que os joelhos passem de forma natural à linha da ponta dos pés. Realização de agachamento com os pés próximos na prática, observa-se que existe uma crença de que a ativação dos vastos será alterada com a alteração da distância entre os pés. Entretanto, os estudos científicos não indicam alteração na ativação dos vastos com afastamento ou aproximação dos pés.

Na verdade, isso nem deveria ser esperado, uma vez que, em primeiro lugar, é praticamente impossível ativar isoladamente algum dos vastos com exercícios resistidos; em segundo lugar, aumentar a distância entre os pés (abduzindo o quadril) ou aproximar os pés (aduzindo o quadril) não altera o comprimento dos vastos, uma vez que estes, por serem músculos de natureza monoarticuar, cruzam somente a articulação do joelho. Assim, abduzir o quadril (afastar os pés) ou aduzir o quadril (aproximar os pés) não afeta significativamente os vastos. Entretanto, realizar o agachamento com maior distância entre os pés aumenta a ativação do glúteo máximo.

 

Referências Bibliográficas:

  • Escamilla RF, Fleisig GS, Lowry TM, Barrentine SW, Andrews JR. A three-dimensional biomechanical analysis of the squat during varying stance widths. Med Sci Sports Exerc.
  • 2001;33(6):984-98Zheng N, Fleisig GS, Escamilla RF, Barrentine SW. An analytical model of the knee for estimation of internal forces during exercise. J Biomech. 1998;31(10):963-7.