Diferenciais da Fisioterapia Esportiva

O que é fisioterapia esportiva?

A Fisioterapia Esportiva ou Fisioterapia Desportiva é o ramo especializado da Fisioterapia que lida com lesões e questões relacionadas com atletas ou esportistas.
Lesões esportivas diferem das lesões do dia-a-dia. Os atletas normalmente exigem desempenho de alto nível e demanda colocada em seu corpo, o que pressiona seus músculos, articulações e ossos ao limite. Fisioterapeutas esportivos ajudam os atletas a se recuperarem de lesões esportivas e fornecem educação e recursos para prevenir problemas.

O que é um fisioterapeuta esportivo?

Os fisioterapeutas esportivos exigem conhecimentos adicionais para fornecer o melhor atendimento aos seus atletas. Para aumentar os seus conhecimentos e aptidões, realizam uma formação profissional contínua na área da fisioterapia esportiva. Na Highperformance temos fisioterapeutas esportivos em sua equipe clínica para ajudar nossos clientes atletas – profissionais e amadores.
Cada fisioterapeuta esportivo geralmente tem conhecimento específico do esporte que aborda lesões agudas, crônicas e por uso excessivo. Os seus serviços estão geralmente disponíveis para esportistas de todas as idades que praticam esportes em qualquer nível de competição.
Nós da Highperformance temos experiência e conhecimento das mais recentes práticas baseadas em evidências, avaliação e diagnóstico qualificados de lesões esportivas, usamos técnicas eficazes e protocolos de exercícios para ajudar na recuperação e prevenir lesões futuras.
Nossa experiência na área da fisioterapia esportiva nos ajuda a entender o que o paciente precisa fazer para retornar com segurança e rapidez ao seu esporte, atividades de vida diária ou emprego.
Além de realizar uma avaliação detalhada, oferecemos soluções de longo prazo, não apenas soluções rápidas que, na realidade, duram pouco tempo.

Tratamento da Instabilidade de tornozelo após entorse

Entre as complicações comuns da entorse de tornozelo, encontramos com certa frequência a instabilidade, principalmente no caso das entorses mais graves. Essa condição é caracterizada por episódios recorrentes de entorse, que comprometem cada vez mais o sistema ligamentar do tornozelo, a articulação e as estruturas próximas.

Essa instabilidade pode se dar por falha mecânica, que ocorre por frouxidão residual dos ligamentos ou por falha do controle neuromuscular, onde as estruturas de estabilização ativas (músculos e tendões) não conseguem manter a articulação estável.

Inicialmente, os novos episódios de entorse acontecem em momentos que exigem mais da estrutura, como a prática esportiva ou um novo trauma de alta energia. Mas, com a recorrência de episódios, o tornozelo fica cada vez mais frouxo e passa a apresentar entorses em atividades simples do dia a dia.

A principal causa da instabilidade crônica é negligência do tratamento após a entorse. Muitos pacientes não procuram um serviço médico ou de fisioterapia após um episódio de entorse e, ainda existe uma parcela que não realiza as fases completas do tratamento, retirando a imobilização antes que o ligamento esteja cicatrizado e/ ou pulando as etapas de fortalecimento e treino-sensório motor, o que predispõe à instabilidade.

Sintomas:

É comum entre os pacientes com instabilidade crônica que haja um edema residual, dor no tornozelo, além da sensação de insegurança para realizar atividades simples ou complexas.

Tratamento conservador – Fisioterapia:

O melhor tratamento para instabilidade crônica de tornozelo é a prevenção e o tratamento adequado da primeira entorse. Mas, uma vez instalada a condição, a fisioterapia com medidas analgésicas e, principalmente fortalecimento e treino sensório-motor adequados irão permitir que o paciente recupere o controle articular e retome suas atividades com segurança. Algumas medidas como a bandagem rígida podem auxiliar durante a recuperação ou até mesmo para dar mais segurança durante a prática esportiva, uma vez que o ligamento quando rompido totalmente não cicatriza de maneira espontânea.

É possível retornar para todas as atividades apenas com o tratamento conservador. Mas, se houver falha do tratamento após 4 a 6 meses de fortalecimento, pode ser necessária a abordagem cirúrgica com a reconstrução dos ligamentos afetados.

Para mais informações sobre o tratamento através da fisioterapia, veja nosso vídeo com alguns exercícios usados no nosso canal no YouTube.

 

Mobilidade de tornozelo versus corrida: Quais as consequências de diminuição de mobilidade do tornozelo na corrida

 

Mobilidade de tornozelo versus corrida: Quais as consequências de diminuição de mobilidade do tornozelo na corrida

A articulação do tornozelo é formada entre os aspectos inferiores da tíbia e fíbula e a superfície superior do tálus.

A biomecânica da corrida difere da caminhada. Durante a corrida a amplitude de movimento articular, a atividade muscular e as forças de reação das articulações variam principalmente com base na velocidade e muitas vezes de uma etapa para a próxima.

A marcha pode ser categorizada em uma fase de apoio (60%), que consiste em dois períodos de apoio de membro duplo (cada 12%) e um período de apoio único (35%), e uma fase de balanço (40%). Enquanto o a velocidade da marcha aumenta, uma terceira fase – a que não dá suporte fase de flutuação – se desenvolve. Esta fase distingue correr de caminhar aumentando a velocidade, de correr lento, para uma corrida, para um sprint. (A fase de postura diminui, e o balanço e especialmente o aumento das fases de flutuação.15) De caminhando para a corrida, o período da fase de apoio diminui de 0,62 a 0,14 segundo.

A dorsiflexão adequada resulta no movimento correto do pé e contribui para a prevenção de lesões. Enquanto você corre o movimento de dorsiflexão coloca seu pé em uma posição ideal para absorver o choque da aterrissagem e tensiona seus músculos para saltar para a próxima passada. Isso permite um menor tempo de contato com o solo por passada, permitindo que você corra com mais rapidez e eficiência.

A diminuição de dorsiflexão ocasiona menos de controle do pé, resultando em má distribuição de força que contribui para lesões como dores nas canelas e joelho do corredor. A dorsiflexão deficiente também reduz a capacidade de utilizar e aplicar a força dos músculos da cadeia posterior, impactando no agachamento, aterrissar de um salto, descer um degrau, aumenta o valgo dinâmico do joelho.

A diminuição da dorsiflexão pode ser causada por vários fatores:

– A flexibilidade dos músculos da cadeia posterior do membro inferior: quando estão tensos, eles restringem a dorsiflexão.

– A restrição da própria articulação do tornozelo, geralmente causada por uma cápsula articular rígida ou tecido cicatricial e aderências ocorrendo na articulação. Pode até ser causado como uma reação secundária a uma lesão anterior no tornozelo, como uma torção no tornozelo.

– Se não houver tecido mole ou problema de mobilidade, pode ser que os músculos anteriores estejam fracos, cansem rapidamente e simplesmente não sejam utilizados em primeiro lugar devido à falta de consciência ou técnica correta.

 – Adaptações posturais e hábitos na escolha dos calçados (especialmente os sapatos de salto alto), não é surpresa que muitas pessoas têm problemas de mobilidade de tornozelo.

A abordagem para ganho de mobilidade do tornozelo é combinada e inclui: Exercícios de autoliberação miofascial, alongamentos e exercícios de mobilidade de tornozelo.  Esta ordem para soltar os tecidos moles e maximizar a flexibilidade antes de trabalhar a mobilidade articular de maneira específica.

Exercícios de Autoliberação Miofascial para Dorsiflexão do Tornozelo

Uma das técnicas mais simples de autoliberação miofascial para mobilidade de tornozelo é usar o rolo de espuma na panturrilha por todo o comprimento do músculo e do tendão por até 30 segundos. Se por acaso encontram um ponto doloroso ou um ponto gatilho focar no mesmo por por 8-10 segundos.

Além da panturrilha também podemos liberar a fáscia plantar com uma bola (Pode ser usada uma bola de tênis por exemplo, já que isto tem um efeito de aumentar ainda mais o comprimento da cadeia posterior. Há uma conexão direta entre a fáscia plantar e o tendão Calcâneo.

Alongamentos para a Mobilidade do Tornozelo

Se existem restrições moderadas ou severas, manter a posição por 30 segundos.

O exercício de alongamento da panturrilha na parede. Normalmente coloca-se o pé para cima contra a parede ou degrau. O benefício é que se pode controlar a intensidade do alongamento através da distância da parede e do grau de inclinação do pé.

Exercícios Básicos de Mobilidade de Tornozelo

É uma progressão em que os dedos elevados contra a parede, tornando o exercício um desafio à mobilidade e um alongamento.

Exercícios Avançados de Mobilidade de Tornozelo

  • Mobilização na posição meio ajoelhada usando um bastão. O indivíduo começa na posição meio-ajoelhada, então posiciona o bastão na parte de fora do pé na altura do 5º dedo. Quando se inclinar a frente, certifique-se de que o joelho passe por fora do bastão.
  • Mulligan é mais uma de muitas das técnicas podem ser empregadas para ganhos de mobilidade no contexto de treinamento físico, não necessariamente somente para o tratamento de pacientes.

Como pudemos ver, existem muitas variações de exercícios que podem ser desempenhados de acordo com a limitação que se apresenta. Você pode experimentar diferentes combinações, mas o que importa realmente é encontrar o que funciona melhor para cada indivíduo. No entanto, aí estão alguns bons exemplos de exercícios de mobilidade de tornozelo que podem ser escolhidos para tentar melhorar a dorsiflexão.

Se inscreva no nosso canal do Youtube:

” High Perfomance Fisio & Pilates “

Exercícios para ganho de mobilidade do tornozelo:

 

 

 

Referências bibliográficas:

 

  • Dill, K. E., Begalle, R. L., Frank, B. S., Zinder, S. M., Padua, D. A. Altered Knee and Ankle Kinematics During Squatting in Those With Limited Weight-Bearing–Lunge Ankle-Dorsiflexion Range of Motion. Journal Athl Train, 2014.

 

  • Fong CM, Blackburn JT, Norcross MF, McGrath M, Padua DA. Ankle-dorsiflexion range of motion and landing biomechanics. J Athl Train. 2011.

 

 

 

 

 

 

 

Qual o melhor tratamento para tendinite?

A tendinite é caracterizada como a inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, como uma corda fibrosa que faz a fixação dos músculos aos ossos). Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um osso.

Outra característica da tendinite é o fato de se tornar crônica ou de aparecer em diferentes momentos da vida. É uma crença comum entre os pacientes com tendinite que eles “sempre terão” um novo quadro em algum momento. Crença essa que cabe aos profissionais da saúde erradicar, afinal tendinite em tratamento e a pessoa pode nunca mais apresentar um novo sintoma, quando bem direcionado o tratamento e seguidas às orientações pós-alta.

As tendinites também são classificadas de acordo com a região do tendão que acometem:

  1. Entesite – tendinite de inserção
  2. Tenossinovite – inflamação da bainha sinovial tendinea
  3. Peritendinite – inflamação da junção músculo-tendínea
  4. Tendinite Ossificante – cronificação da inflamação com depósito de cristal de hidroxiapatita.

O mecanismo desencadeante mais comum é a sobrecarga, quando há repetição de movimentos sem que a estrutura tenha tempo para se recuperar, mas também pode ocorrer decorrente de traumas.

Um exemplo comum de mecanismo causador de tendinite é o aumento excessivo do volume de treino de corrida, por exemplo. O corredor passa a realizar mais repetições e também a receber mais impacto, o que resulta em sobrecarga dos tendões, inflamação e dor.

A execução errada do gesto esportivo ou de trabalho, também pode influenciar no aparecimento das tendinites, assim como o próprio processo de envelhecimento. O tendão sofre alterações estruturais no decorrer da vida, o que não significa que todos nós teremos tendinites. Pelo contrário. Os estudos mostram que é comum pessoas assintomáticas apresentarem alteração no exame de imagem (ressonância magnética), mas não relatarem nenhum sintoma. E, essa é outra crença que devemos quebrar nos pacientes, que acreditam que alteração no exame de imagem será sinônimo de dor.

Em relação ao tratamento há diversas técnicas que podem ser aplicadas. Mas, qual o melhor tratamento? Existe?

O melhor tratamento para tendinite é aquele que atua na causa!

O que isso significa? Não existe tratamento adequado sem uma avaliação completa que identifique todos os fatores que contribuíram para o surgimento da lesão. Essa investigação permitirá que a causa seja identificada e tratada. E, os estudos nos mostram também que o padrão ouro de tratamento é baseado em exercícios. Ou seja, terapias passivas auxiliam, mas não são suficientes para tratar por completo a queixa do paciente. Assim como anti-inflamatórios, que podem diminuir a dor, mas não garantem a ausência de sintomas em longo prazo.

O exercício tem como principal objetivo devolver para o tendão sua capacidade de suportar carga. Além disso, pode ser necessário adaptar o gesto do paciente e fazer o retorno gradual à atividade que causou os sintomas.

Por isso a fisioterapia é essencial para o tratamento das tendinites. Em caso de sintomas, procure o fisioterapeuta o quanto antes, pois além da melhora do quadro atual será possível prevenir que a queixa ocorra novamente no futuro.

Referências:

Lesões no Ballet

O ballet clássico ainda é visto por muitos apenas como arte. Mas, não podemos ignorar que, a alta carga de treino dos bailarinos faz com que a modalidade tenha muitas características de prática esportiva e, até se enquadre como tal.

O ballet exige das bailarinas e bailarinos gestos e corpos específicos, que diferem muito de outras atividades. Para sua performance adequada é necessário que o bailarino possua elevado grau de flexibilidade, força muscular, estabilidade, equilíbrio e consciência corporal. E, além de toda a preparação e habilidades específicas citadas, há ainda a necessidade de manter um biótipo magro.

Tais exigências deixam o bailarino suscetível às lesões e dores, sendo as lesões traumáticas pouco comuns e, as lesões por repetição e sobrecarga, muito encontradas.

Entre as características mais marcantes, e que devem ser levadas em consideração no momento de se avaliar uma lesão em um bailarino, incluem-se:

  • Exercícios de ponta:

– Exigem que a bailarina possua força não só no pé, mas em todo o tronco, devendo ser iniciados na fase adequada e com um preparo específico.

  • Exercícios com a perna rodada para fora (En Dehors):

– O gestual do ballet se dá com a rotação externa do quadril. Porém, para que essa rotação ocorra, muitos bailarinos realizam compensações no joelho e pé. A repetição também pode resultar em adaptações na articulação do quadril.

  • Grande amplitude de movimento em todas as articulações:

– Os gestos no ballet envolvem amplitude de movimento extrema das articulações e são características marcantes da dança. Para que aconteça, o bailarino precisa de mobilidade e flexibilidade articular, associadas à estabilidade.

  • Saltos e giros:

– Exigem amortecimento, agilidade e equilíbrio, resultam em bastante impacto nas articulações e ossos do membro inferior.

  • Idade precoce com que crianças iniciam a prática:

– O mais comum é que a prática do ballet se inicie muito cedo, principalmente pelas meninas, por volta de 4 ou 5 anos de idade. Por um lado esse início precoce favorece o desenvolvimento da técnica, por outro, deixa a criança mais suscetível às adaptações corporais e lesões por sobrecarga.

  • Busca pelo corpo magro;

– A necessidade de manter um padrão físico influencia na alimentação e não são incomuns transtornos alimentares no meio do ballet. Essa alimentação inadequada pode interferir diretamente em algumas lesões, como a fratura por estresse e a tríade da mulher atleta.

Principais Lesões no Ballet 

O ballet é uma atividade que usa o corpo como um todo e, dessa forma, qualquer articulação pode ser acometida por lesões. Entre as mulheres, as lesões nos braços são pouco frequentes, porém, são fonte de preocupação nos homens, que executam muitos movimentos carregando a parceira.

As lesões no ballet estão, na maior parte dos casos, diretamente associados ao gesto específico e aos movimentos repetitivos da dança. Por isso, é importante o conhecimento e o estudo desses movimentos pelos profissionais, a fim de corrigir “vícios” e compensações, que possam interferir diretamente como fatores causais de dor e lesão.

Entre as lesões traumáticas, pouco comuns, mas, ainda encontradas, a mais frequente é a entorse de tornozelo. Verifica-se também lesões ligamentares de joelho, devido torções da articulação.

Lesões por sobrecarga

  • Lesões musculares: Contraturas ou distensões fazem parte da vida dos bailarinos. Podem ocorrer na coluna, músculos da coxa e panturrilha, principalmente.

 

  • Fratura por estresse: a associação do impacto, repetição e falha nutricional, contribui para o surgimento das canelites e fraturas por estresse na cabeça do fêmur, tíbia, ossos do pé e, eventualmente coluna.

 

  • Lesões da coluna: Comum em bailarinos mais velhos, mas podendo acometer qualquer faixa etária, pode ter causa mecânica (movimentos articulares extremos – principalmente a hiperextensão, fraqueza muscular, tensão muscular), por protrusões ou hérnias de disco, espondilólise ou espondilolistese e também disfunção da articulação sacroilíaca.

 

  • Lesões do quadril: O quadril é outra articulação muito exigida no Ballet. As lesões de quadril mais comuns são: síndrome do piriforme, tendinite glútea, ressalto do quadril, impacto fêmoro-acetabular e lesão de Labrum.

 

  • Lesões do joelho: O joelho do bailarino sofre com a sobrecarga de pliés (dobrar os joelhos) e saltos constantes e em diferentes alturas e direções. Condromalácia patelar e condropatia são comuns, principalmente nas bailarinas, seguidas de síndrome da dor patelofemoral (SDPF), lesões de menisco, tendinopatia patelar.

 

  • Lesões do tornozelo e pé: Não existe bailarino sem um bom pé. Além das entorses, são frequentes tendinopatias (de Aquiles, tibial posterior, fibulares e flexor longo do hálux), impacto anterior e posterior de tornozelo.

 

Ainda existe uma dificuldade no meio da dança quanto ao acesso às atividades preventivas. Seja por conhecimento de sua importância, tempo para frequentá-las, uma vez que bailarinos profissionais ensaiam, em média, 8 horas por dia, seja por questões financeiras, pois apenas de reconhecida e aplaudida mundialmente, o investimento nessa arte ainda é muito baixo, se comparado com outras atividades esportivas que exigem tanto esforço físico para o ballet.

Os programas de prevenção são essenciais na vida do bailarino, pois além de contribuir para uma prática com menos dores e desconfortos, diminuir a chance de lesões, pode aumentar o tempo de carreira e diminuir às consequências da prática no corpo dos bailarinos.

Referências:

https://highperformancefisio.com.br/canelite-sindrome-do-estresse-tibial-medial/

https://highperformancefisio.com.br/tendinite-do-tibial-posterior/

https://highperformancefisio.com.br/dor-no-joelho-x-dor-femoropatelar/

https://www.scielo.br/pdf/fp/v21n4/pt_1809-2950-fp-21-04-00353.pdf

https://www.efdeportes.com/efd166/incidencia-de-lesoes-em-bailarinos.htm

.

 

Efeitos do sapato de salto alto no corpo

 

Perspectiva histórica

Historicamente, a primeira forma de salto alto como conhecemos começou durante o século XIV. Homens da nobreza começaram a colocar cunhas de madeira, chamadas de rolos, na sola de seus calçados para protegê-los da sujeira.

Com o passar do tempo, várias características tornaram os saltos altos distintos em comparação com outros sapatos usados ​​por mulheres. Em média, os sapatos têm uma elevação do salto de aproximadamente 1 a 2 cm; entretanto, os sapatos de salto alto podem ter uma altura de salto superior a 10 cm. Sapatos de salto alto também apresentam uma biqueira estreita, um calcanhar rígido que geralmente se projeta anteriormente e curvatura plantar excessiva no antepé . O uso desses calçados pode muitas vezes ter efeitos biomecânicos deletérios.

Forças de reação do solo

Força de reação do solo (GRF) é qualquer força de reação externa, especificamente uma aplicada pelo solo. A força de reação do solo é igual em magnitude e em direção oposta à força que o corpo exerce na superfície de apoio através do pé. Os GRFs podem ser representados pela 3ª lei do movimento de Newton, par de ação e reação.

Vários estudos observaram e relataram um aumento da pressão sob o antepé com um aumento na altura do salto em mulheres que usam sapatos de salto alto.

Atividade muscular

Na marcha de salto alto e em pé, muitos músculos localizados nas extremidades inferiores e nas costas são excessivamente trabalhados devido à flexão plantar do pé. Os músculos estão no pico de geração de força quando estão em repouso. Quando o comprimento do músculo aumenta ou diminui além do comprimento de repouso, a produção de força muscular diminui em forma de sino. Essa relação é observada em usuários de salto alto. Quando o calcanhar é levantado, como no caso de sapatos de salto alto, as fibras dos músculos que inervam os músculos ao longo da perna são encurtadas. Os músculos encurtados agora são inconsistentes com sua relação comprimento-tensão em repouso, resultando em menor produção de força. A posição exagerada de flexão plantar da articulação do tornozelo coloca o músculo tríceps sural em uma posição encurtada e, portanto, menos favorável em sua curva comprimento-tensão muscular. Nessas condições, a musculatura de flexão plantar encontra-se em uma posição menos vantajosa para geração de força e trabalho e, consequentemente, menor capacidade propulsiva.

Efeitos negativos do salto alto no corpo:

Quando uma mulher usa salto alto, seu corpo se desloca para a frente, afetando sua postura em pé. Os dedos dos pés são apontados diretamente para baixo. Mulheres que usam salto alto frequentemente enfrentam problemas ósseos e dores nas articulações. Nos estágios iniciais, pode fortalecer os músculos do tornozelo, mas posteriormente leva à instabilidade e ao enfraquecimento dos músculos. O uso de salto alto também causa artrite e osteoartrite.

O uso regular de salto alto tem efeitos nocivos para o corpo, como:

  • Afeta adversamente nosso pé:

Quando andamos de salto alto, nosso peso corporal ou pressão estará no antepé e leva a anormalidades no pé como joanetes, hálux valgo, dedos em martelo, neuroma de Morton e esporões ósseos. O uso a longo prazo causa dor nos pés e nos dedos dos pés, sola, arco ou calcanhar.

  • Causa dor na região lombar:

O salto alto aumenta o risco de dores nas costas, no pescoço e na parte inferior das costas. Como o salto alto não consegue distribuir o peso corporal de maneira uniforme, ele causa inflamação e dor na região lombar.

  • Efeitos prejudiciais nos joelhos:

O salto alto aumenta a pressão sobre os joelhos e leva a joelhos hiperextendidos. Causa dor nos ligamentos do joelho e na patela ao caminhar, subir escadas e correr.

  • Diminui a força do músculo da panturrilha:

O salto alto em longas caminhadas causa dores nos músculos da panturrilha e enfraquece os músculos da panturrilha nas mulheres em até 13%. Também leva ao tendão de Aquiles.

  • Leva ao desequilíbrio e quedas:

O uso de salto alto pode causar desequilíbrio e quedas. Cair com salto alto pode causar entorse do tornozelo e, às vezes, também pode causar fratura no tornozelo.

  • Causa fascite plantar:

A fascite plantar afeta o pé onde o ligamento se liga ao osso e também causa microrrupturas no ligamento e quebra do colágeno. A fascite plantar causa dor nos calcanhares e na planta dos pés.

 

  • Saltos altos levam a problemas de postura:

Os saltos altos colocam o corpo todo fora do alinhamento natural. A parte superior do corpo, ou seja, a cabeça e o peito, são empurrados para a frente à medida que a parte inferior do corpo se inclina para a frente devido aos saltos altos. Esta postura não natural impacta a curva lombar e aumenta a pressão na coluna e na planta do pé. Essa pressão na coluna e na curva lombar leva à ciática, que causa dor aguda, formigamento ou dormência na perna.

Se inscreva no nosso canal do Youtube:

” High Perfomance Fisio & Pilates “

3 Exercícios para amenizar os efeitos do sapato de salto alto:

 

Referencias bibliográficas:

Esenyel, M.,  Gitter, A.,  Walden, G.,  2001.  Altered Work Distribution in The lower Extremity While Walking in High Heeled shoes.  Journal of Biomechanics 29,  405-413.

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (Mulligan Concept)

Conheça nossos tratamentos: Terapia Manual (Mulligan Concept)

Dentro da fisioterapia, possuímos diversas técnicas e recursos, que são empregados de acordo com os objetivos e necessidades de cada paciente. Uma delas é a terapia manual, que consiste em manobras aplicadas manualmente sobre articulações, pele, músculos, ossos e nervos, com algumas finalidades, como:
• Ganhar a extensibilidade do tecido;
• Aumentar a amplitude de movimento do complexo articular;
• Mobilizar ou manipular tecidos moles e articulações;
• Induzir relaxamento;
• Alterar a função muscular;
• Modular a dor;
• Reduzir o inchaço dos tecidos moles, inflamação;
• Melhorar a restrição de movimento.
Porém, quando falamos de terapia manual, são muitas as técnicas difundidas e utilizadas pelos fisioterapeutas para atingir esses objetivos. Todas elas são baseadas na anatomia, fisiologia e biomecânica, de modo à entender o funcionamento do corpo e, assim, utilizar dos próprios movimentos fisiológicos para promover a recuperação de uma disfunção.
Dentro das técnicas mais estudadas e conhecidas de terapia manual está o conceito Mulligan (Mulligan Concept), proposto pelo fisioterapeuta neozelandês Brian Mulligan, formado em 1954.
O conceito Mulligan surgiu através do estudo e do conceito de disfunção articular. Parte-se do princípio que, o movimento normal é livre de dor. Sabemos também que, a articulação possui movimentos visíveis ao olho (flexão, extensão, rotações, adução e abdução), que podem ser reproduzidos voluntariamente e são classificados dentro da osteocinemática. Mas, para que esses movimentos aconteçam em sua plenitude, outros menores e não voluntários ocorrem no interior da articulação (translação, deslizamento), sendo classificados dentro da artrocinemática.
Baseado no conhecimento biomecânico, diz-se que a perda do movimento acessório ou do jogo articular resulta em disfunção que, por sua vez, leva à dor e perda do movimento. E, diz-se ainda que, essas disfunções são detectáveis através da mobilização passiva. Como a alteração ocorre em movimentos acessórios, micro movimentos, não é possível visualizar essa alteração em exames de imagem, como raio-x ou ressonância magnética.
Sendo assim, a base do conceito de Mulligan centra-se na correção articular de Falhas Posicionais. O objetivo passa por restaurar o alinhamento articular e normalizar o eixo de movimento, eliminando assim a dor.
Para que seja realizada de maneira adequada, primeiro é realizada uma avaliação que, além de considerar toda a história clínica do indivíduo, encontra o movimento articular acessório que permita o MOVIMENTO ATIVO do SEM DOR.
O movimento acessório passivo é mantido pelo Fisioterapeuta ao longo da amplitude de movimento, enquanto o paciente se movimenta ativamente – Técnica de Mobilização com Movimento. Se as técnicas de Mulligan estiverem indicadas para o caso, os RESULTADOS serão imediatos – diminuição da dor e/ou aumento da amplitude de movimento.
Os excelentes resultados deste método não se limitam aos efeitos biomecânicos. Nos últimos anos, para além de ensaios clínicos em disfunções e patologias específicas, os estudos científicos dedicam-se a perceber e demonstrar os efeito na neuromodulação da dor e também efeitos neuromusculares.
O conceito de Mulligan não esgota no consultório. O conceito Mulligan estimula o auto tratamento, permitindo que os ganhos do tratamento sejam mantidos por mais tempo é garantindo a eficácia, além de ser uma ferramenta útil para que o paciente fique livre de dor de maneira autônoma.
O conceito de Mulligan apesar da vertente de correção articular, não se centra apenas na articulação da região dos sintomas. A Avaliação e Intervenção têm em conta todas as estruturas locais e à distância que possam interferir com os sintomas, por exemplo: a dor no ombro pode ter a sua sintomatologia diminuída ou até eliminada, com uma Mobilização Cervical com Movimento do Membro Superior.
A técnica pode ser aplicada em qualquer articulação, desde que respeite as contraindicações da terapia manual como um todo e promova a melhora dos sintomas simultaneamente sua aplicação.

Como realizar o exercício do agachamento

Como realizar o exercício do agachamento

 

Agachar é um movimento natural do ser humano, que está envolvido em vários movimentos do dia a dia. Nesse contexto, o agachamento é considerado um dos principais movimentos para melhorar a qualidade de vida, devido à sua habilidade de recrutar vários grupos musculares, uma vez que muitas atividades diárias necessitam da coordenação e interação simultânea de vários grupos musculares. Além disso, este exercício também tem boa capacidade de ativação da musculatura do tronco.

Os benefícios proporcionados pelo agachamento estão associados à sua correta execução, sendo um movimento seguro e efetivo quando realizado com técnica adequada. Por outro lado, o agachamento é um movimento complexo e, havendo uma execução incorreta, esta poderá acarretar aumento de risco de lesões, como, por exemplo, distensões de músculos e ligamentos, discos intervertebrais rompidos, espondiloses e espondilolistese. Dessa forma, o entendimento da correta execução e possíveis variações do exercício serão de grande importância para se atingir o benefício desejado proporcionado pelo exercício, bem como reduzir as lesões relacionadas.

EXECUÇÃO

  1. O olhar e o posicionamento da cabeça deve ser à frente para que não influenciem na postura;
  2. os pés devem estar com distância ligeiramente superior à largura dos ombros, com os tornozelos levemente abduzidos.
  3. O executante, então, agacha flexionando o quadril, joelhos e realizando a dorsiflexão dos tornozelos, mantendo a coluna vertebral alinhada e a boa postura
  4. Por fim, quando a profundidade desejada for atingida, o praticante reverte a direção, ascendendo de volta para a posição inicial estendendo o quadril, os joelhos e flexionando os tornozelos.
  5. No momento de transição entre a fase ascendente (ação concêntrica) e descendente (ação excêntrica), não é necessário realizar a extensão total da articulação do joelho, pois esse será um ponto de descanso, no qual o músculo reduz substancialmente sua ativação. Ou seja, uma mínima flexão do joelho deve ser mantida ao final do ciclo de cada repetição.
  6. Quanto à respiração, orienta-se inspirar na fase excêntrica (descendente) e expirar na fase concêntrica (ascendente). Esta coordenação fará com que, ao final da fase excêntrica, os pulmões estejam cheios, o que auxilia na estabilização da coluna vertebral.

Esse exercício permite uma grande ativação dinâmica de quadríceps e glúteos, sendo estes considerados os motores primários nas articulações de joelho e quadril, respectivamente, logo, são esses os músculos-alvo a serem trabalhados no agachamento. Além de quadríceps e glúteo, os isquiotibiais também têm uma ativação na extensão do quadril, os músculos adutores e abdutores de quadril atuam como estabilizadores nessa articulação, e o sóleo e gastrocnêmico atuam na flexão plantar.

Ainda, a partir do agachamento, existe uma atividade isométrica importante de músculos estabilizadores, incluindo abdominais, eretores da espinha, trapézio, romboides, entre outros, para estabilização do tronco. No geral, é estimado que mais de 200 músculos são 12 ativados durante a execução do agachamento grupos musculares envolvidos. Como mencionado anteriormente, o movimento de agachamento recruta e solicita uma quantidade muito grande de músculos.

ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS

O movimento de agachamento solicita o trabalho basicamente de quatro articulações: joelho, coluna vertebral, quadril e tornozelo. Cada uma dessas sofre a influência do movimento e possui um papel específico na sua execução. Compreender um pouco mais sobre estas questões e estas estruturas é de grande valia para uma boa e correta prática.

As forças de compressão tibiofemural e patelofemoral aumentam à medida que se aumenta a flexão do joelho. Em um estudo de revisão, Escamilla indicou que a maior força de compressão patelofemoral no agachamento foi a 130 graus de flexão do joelho. Todavia, é importante ressaltar que, em um joelho saudável, a força de tensão máxima suportada pelo tendão patelar e pelo tendão do quadríceps são maiores do que as tensões promovidas pelo agachamento, quando realizado com carga e técnica correta, fazendo com que a probabilidade do agachamento de exceder o limiar de capacidade dos tendões seja mínima.

Quanto à amplitude ideal do agachamento, existe muita referência ao “agachamento paralelo”, que deve ser realizado até que as coxas fiquem paralelas ao solo, promovendo um ângulo de aproximadamente 90 graus de flexão dos joelhos. A teoria para essa recomendação estaria baseada na ideia de que o agachamento, em ângulos superiores a 90 graus de flexão do joelho, seria potencialmente lesivo ao joelho, porque, ao flexionar o joelho em ângulos maiores que 90 graus, isso aumentaria a força de compressão tibiofemoral e patelofemoral. Entretanto, análises de vários estudos científicos indicam que as maiores forças de compressão e de cisalhamento no agachamento ocorrem justamente nos ângulos próximos a 90 graus de flexão de joelho  , observando ainda uma tendência de redução nas forças, à medida que a amplitude de flexão do joelho aumenta. Considerando que, para realizar um agachamento de até 90 graus, a carga absoluta é geralmente maior em comparação com o agachamento em maiores flexão do joelho, e que as forças compressivas e de cisalhamento são proporcionais à carga utilizada, os movimentos parciais irão impor uma maior força de compressão em comparação ao agachamento profundo devido à maior carga. Portanto, a relação entre carga e profundidade também deve ser considerada

Uma pergunta importante é: a qual amplitude o praticante deve agachar? Considera-se a amplitude ideal aquela em que o executante consiga realizar o movimento sem que haja um aumento no risco de lesões.

 

ERROS FREQUENTES ENCONTRADOS DURANTE A EXECUÇÃO DO AGACHAMENTO

 

VALGO DINÂMICO

Alguns indivíduos, ao executar o agachamento, produzem um valgo dinâmico no joelho, movimento que aproxima os joelhos. Isso deve ser evitado, porque pode causar desgaste nas cartilagens dos joelhos, denominado condromalácia patelar.

O valgo dinâmico é observado com maior frequência em mulheres, devido ao quadril normalmente mais largo em relação aos homens. Agachamento com valgo dinâmico.

Procedimentos devem ser tomados para evitar o valgo dinâmico, que, durante o agachamento, ocorre, sobretudo, devido a um desequilíbrio muscular. Embora o efeito possa ser observado no joelho, a causa está na musculatura da articulação do quadril, já que o valgo dinâmico é causado por uma adução e rotação interna do quadril. O seu principal fator é que os músculos abdutores de quadril, que deveriam equilibrar a articulação e evitar esse movimento, podem estar enfraquecidos, especificamente o glúteo médio e o tensor da fáscia lata, importantes abdutores do quadril. Logo, será prudente trabalhar o fortalecimento específico desses músculos.

Uma abordagem simples é a colocação de um elástico tensionado logo abaixo dos joelhos durante o agachamento, que fará com que o executante projete os joelhos para fora para manter o elástico tensionado. Além disso, caso o valgo dinâmico ocorra nos maiores ângulos de flexão do joelho, deve-se, então, limitar a profundidade do agachamento a ângulos em que o valgo dinâmico não ocorra.  Utilização de elástico logo abaixo do joelho para reduzir o valgo dinâmico.

 

A PROJEÇÃO DO TRONCO A FRENTE

Aumenta a sobrecarga na região lombar, logo, esse é um movimento que deve ser evitado. Agachamento com projeção excessiva do tronco à frente. Alguns dos fatores que induzem a maior projeção do tronco à frente são:

1) falta de mobilidade no tornozelo;

2) desproporção entre o comprimento do fêmur e do tronco, sendo maior comprimento relativo do fêmur e menor comprimento relativo do tronco;

3) menor distância entre os pés;

4) desequilíbrio entre a força do 26 quadríceps e glúteo máximo, havendo uma maior força relativa dos glúteos;

5) maior intenção de, desnecessariamente, ativar os extensores do quadril (glúteo máximo e isquiotibiais). Outro fator que contribui é preocupação excessiva com a projeção do joelho à frente da linha da ponta dos pés.

Ao limitar os joelhos à linha da ponta dos pés, aumenta-se a força na parte inferior da coluna, comparativamente ao agachamento realizado de forma natural. Dessa forma, pode ser necessário que os joelhos passem de forma natural à linha da ponta dos pés. Realização de agachamento com os pés próximos na prática, observa-se que existe uma crença de que a ativação dos vastos será alterada com a alteração da distância entre os pés. Entretanto, os estudos científicos não indicam alteração na ativação dos vastos com afastamento ou aproximação dos pés.

Na verdade, isso nem deveria ser esperado, uma vez que, em primeiro lugar, é praticamente impossível ativar isoladamente algum dos vastos com exercícios resistidos; em segundo lugar, aumentar a distância entre os pés (abduzindo o quadril) ou aproximar os pés (aduzindo o quadril) não altera o comprimento dos vastos, uma vez que estes, por serem músculos de natureza monoarticuar, cruzam somente a articulação do joelho. Assim, abduzir o quadril (afastar os pés) ou aduzir o quadril (aproximar os pés) não afeta significativamente os vastos. Entretanto, realizar o agachamento com maior distância entre os pés aumenta a ativação do glúteo máximo.

 

Referências Bibliográficas:

  • Escamilla RF, Fleisig GS, Lowry TM, Barrentine SW, Andrews JR. A three-dimensional biomechanical analysis of the squat during varying stance widths. Med Sci Sports Exerc.
  • 2001;33(6):984-98Zheng N, Fleisig GS, Escamilla RF, Barrentine SW. An analytical model of the knee for estimation of internal forces during exercise. J Biomech. 1998;31(10):963-7.

RPG X Pilates: Quando devo fazer um ou outro?

RPG X Pilates:

Quando devo fazer um ou outro?

São métodos completamente diferentes.

Músculos dinâmicos ou gravitacionais são responsáveis pelo movimento do corpo e atendem ao comando voluntário, possuem inervação fásica e ocasional. O trabalho que deve ser feito nesse tipo de musculatura é de contração isotônica e concêntrica. E músculos estáticos ou antigravitacionais são responsáveis pelo equilíbrio ou postura do corpo, por isso são sempre muito requisitados. Seu funcionamento é involuntário, o que significa que não atende prontamente a nossa vontade. No pilates conseguimos ativar ambas musculaturas e na RPG a musculatura mais ativada é a estática.

No método RPG propõe a utilização de posturas estáticas, que promovem alongamento global ativo, contrações musculares isotônicas excêntricas dos músculos estáticos e com manutenção dos músculos dinâmicos. Estudos apontam que as posturas de RPG promovem aumento da flexibilidade, melhora das alterações posturais.

Dependendo da situação clínica do paciente, pode-se mesclar as técnicas

No pilates trabalhamos de uma maneira mais dinâmica. Os princípios básicos estão presentes a cada exercício realizado, em cada comando do instrutor e em todos os momentos que buscamos, de alguma forma, despertar uma consciência de interiorização no praticante para que seja de fato praticada a Contrologia (nome oficial dado pelo criador do método, Joseph Pilates). Portanto envolve o corpo e a mente durante a pratica.

A RPG é utilizada para corrigir posturas através de posturas pré-definidas, porém são problemas mais pontuais, como escoliose, hipercifose com um grau maior de alteração. Normalmente os pacientes se queixam de dor e nós podemos utilizar a terapia manual.

Pilates

Trabalha o controle do movimento, trabalha a consciência corporal, a consciência de saber como sua articulação está mexendo, como sua coluna está se posicionando em relação a espaço tempo.

Durante a aula são realizados alongamentos e uma série de exercícios que utilizam molas e o peso do seu próprio corpo como resistência.

A prática também melhora a coordenação motora e a mobilidade articular, proporcionando a prevenção de lesões em indivíduos saudáveis.

Outro ponto positivo da prática são os exercícios de respiração que facilitam a execução dos movimentos e também são responsáveis por trazer maior consciência sobre como respiramos no dia a dia, o que ajuda a reduzir a sensação de cansaço ou fadiga.

O método Pilates ou “contrologia”, tem como objetivo trabalhar o corpo de maneira global, através de exercícios de fortalecimento muscular, alongamento e equilíbrio, sendo indicado para indivíduos saudáveis, com lesões ou sedentários, visando a prevenção, reabilitação ou melhora da performance.

O termo “contrologia” remete-se ao controle dos movimentos durante os exercícios, sendo resultado do equilíbrio entre mente e corpo que o método proporciona através dos seguintes princípios:

Concentração: Deve-se prestar atenção em cada movimento que está executando. Corpo e mente devem trabalhar de forma coordenada.

Controle: Os movimentos são feitos de forma controlada, o importante é a qualidade do movimento e não a quantidade.

Power House: (Centro de Força): Todos os movimentos originam-se a partir do centro de força (abdômen, lombar e glúteos). Antes de iniciar um exercício, o centro de força deve ser ativado de forma a estabilizar a coluna.

Respiração: No Pilates a respiração é feita de forma profunda, a respiração adequada durante os exercícios oxigena o sangue e elimina os gases nocivos.

Fluidez: Os movimentos são feitos de forma suave e controlada.

Precisão: Os movimentos devem ser coordenados e precisos.

Reeducação Postural Global RPG:

A RPG, método proposto por Philippe-Emmanuel Souchard visa promover o reequilíbrio muscular e obter flexibilidade. Este tipo de alongamento tem por base alongar vários músculos organizados em cadeias, utilizando posturas mantidas por um período de tempo, entre 15 a 20 minutos. Segundo o autor da técnica, todas as posturas insistem sobre a flexibilização dos músculos inspiratórios e tem como base estiramentos prolongados.

A RPG, técnica fisioterapêutica que utiliza oito posturas de alongamento corporal, parcialmente estáticas, onde são realizados exercícios respiratórios e alongamento excêntrico das cadeias musculares de forma global (e não segmentar). Durante a realização das posturas o paciente é manipulado pelo fisioterapeuta, que observa e corrige as compensações corporais e realiza as manipulações osteoarticulares.

Referências Bibliográficas:

Teodori RM, Moreno MA, Fiore Junior JF, Oliveira ACS. Alongamento da musculatura inspiratória por intermédio da reeducação postural global (RPG). Rev Bras Fisioter. 2003;7(1):25-30

Bird ML, Fell J. Pilates Exercise has Positive Long Term Effects on the Aged-Related Decline in Balance and Strength in Older, Community Dwelling Men and Women. J Aging Phys Act. Epub ahead of print 2013.

 

Eletroestimulação neuromuscular: qual a indicação?

Eletroestimulação neuromuscular: qual a indicação?

Quando temos uma lesão, seja ela articular ou não, o corpo sofre uma série de reações metabólicas locais que resultam em inibição dos músculos próximos àquela estrutura.

A inibição muscular:

Consiste em parte das fibras musculares “adormecerem”, ou seja, elas não conseguem ser ativadas. O músculo estão trabalha fora da sua capacidade normal.

Isso é muito observado no pós- operatório de joelho, onde o quadríceps fica praticamente uma “gelatina” e sem resposta, mas também acontece em lesões que não exigem tratamento cirúrgico. Outro fato que contribui para a inibição muscular é a imobilização ou a falta de uso do membro machucado.
A eletroestimulação é parte fundamental do tratamento de diversas lesões e consiste na aplicação de uma corrente no ventre muscular, para aumentar o recrutamento dessas fibras musculares inibidas, fazendo com que o músculo volte a apresentar sua contração normal e total e, assim, possa recuperar a força.
Na foto acima, realizamos eletroestimulação dos músculos fibulares, fundamentais para a movimentação e estabilização do tornozelo.Lembrando que os parâmetros mudam para cada estrutura.
Também existem algumas contra- indicações.Outro ponto importante é: a #eletroestimulação deve ser associada ao movimento!!!
Não é um tratamento passivo.Sempre consulte o fisioterapeuta em caso de dor ou lesão.