Lesão do Manguito Rotador

Lesão do Manguito Rotador

O Maguito Rotador é a estrutura composta por um grupo de quatro músculos (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular), que estão posicionados em torno da articulação do Ombro.

O Manguito é responsável por estabilizar dinamicamente a articulação e por realizar os movimentos de: elevação, abdução, rotação lateral e rotação medial.

A lesão do Manguito Rotador é uma das mais comuns do corpo. Pode aparecer em qualquer faixa etária, sendo mais frequente nos indivíduos entre 40 a 60 anos, com maior predisposição às mulheres.

A causa mais comum que leva ao surgimento da tendinopatia e, quando não bem abordada à ruptura dos tendões do Manguito Rotador é a Síndrome do Impacto do Ombro (SIO), que acontece quando as estruturas dessa articulação (tendões e bursas) sofrem compressão durante o movimento de levantar o braço, por uma porção da escápula (Acrômio) e uma porção do Úmero (Tubérculo Maior), devido a um desequilíbrio muscular.

Estima-se que 95% das lesões do MR sejam provocadas pela SIO.

Outros fatores que colaboram para o aparecimento dessa situação:

– Envelhecimento

– Sobrecarga

– Sedentarismo

– Desequilíbrio Muscular

– Tabagismo

– Atividades esportivas de arremesso ou que usam o braço e grande amplitude: tênis, basquete, vôlei, beisebol, handball, natação.

– Atividades de trabalho repetitivas, que usam o braço, principalmente carregando peso ou com amplitudes de movimento exageradas, como, por exemplo: professores, costureiras, faxineiros e pintores.

– Traumas;

Podemos observar algumas diferenças entre os tendões do Manguito Rotador. O tendão do músculo supraespinal é o menos vascularizado. Isso faz com que apresente o maior índice de tendinopatia do Ombro e, consequentemente de lesão. Seguido do tendão do músculo infraespinal.

A lesão do tendão pode ser parcial ou completa.

Em relação aos SINTOMAS, encontramos:

– Dor para elevar o braço até o final ou incapacidade de completar/ realizar o movimento;

– Dor na região lateral ou posterior do Ombro, podendo ser referida até a região acima do cotovelo;

– Dor noturna.

– Dor ou incapacidade de realizar tarefas do dia a dia como: secar o cabelo, estender roupas, pegar objetos acima da cabeça, pegar objetos pesado.

– Dor ou incapacidade para a prática esportiva.

TRATAMENTO

Para a indicação do tratamento adequado, será feita a avaliação física e solicitado exame de imagem (raio – x e ressonância magnética), para avaliar a articulação, estruturas ósseas, o tendão, o tamanho da lesão (se parcial ou total), se de um único tendão ou mais de um, se há lipossubstituição da musculatura, entre outros achados.

Para definir a abordagem, são levados em conta fatores como: idade, atividade laboral e esportiva, limitação de movimento e tamanho da lesão.

Inicialmente, pode haver indicação do tratamento conservador (não cirúrgico), com fisioterapia, que apresenta resultados satisfatórios em lesões parciais, por exemplo.

São aplicadas técnicas para melhorar a dor, restaurar a amplitude de movimento e reestabelecer o equilíbrio muscular.

ATENÇÃO: Sem o reequilíbrio muscular o tratamento NÃO pode ser considerado COMPLETO!!

Além disso, é IMPRESCINDÍVEL a conscientização quanto à mudança de alguns hábitos e seguir as orientações do FISIOTERAPEUTA quanto às melhores formas de se realizar as atividades de vida diária, trabalho e esporte.

Quando há falha do tratamento conservador (3 a 12 meses de tratamento, sem melhora completa dos sintomas), o cirurgião realiza o procedimento para correção das estruturas ósseas responsáveis pela compressão das partes moles (tendões e Bursa) e o reparo do tendão lesionado.

Após o procedimento cirúrgico, é essencial que seja realizada a fisioterapia pós-operatória, para reestabelecimento completo da função do ombro operado.

O paciente permanecerá entre 4 a 6 semanas com tipoia com afastador, para limitar o movimento do membro operado.

 

Nessa primeira etapa, a fisioterapia atua com recursos de analgesia e recursos que auxiliam no processo de cicatrização (ultrassom, laser, correntes analgésicas), liberação miosfacial, massagem cicatricial após a retirada dos pontos e crioterapia.

                                       

A mobilização do ombro pode ser iniciada nessa fase, de maneira passiva, quando o fisioterapeuta realiza o movimento sem que o paciente faça força, em pequenos graus, protegendo a estrutura que está em processo de cicatrização.

A partir da 6ª semana é liberada a movimentação total, porém, deve ser realizada de maneira gradual e respeitando a dor.

Depois se inicia a fase de fortalecimento da musculatura escapular, para melhorar a postura e posicionamento articular e, respeitando o tempo de cicatrização, são inseridos os exercícios para o Manguito Rotador.

A última fase da reabilitação envolve o treino do gesto esportivo e das atividades laborais e retorno às atividades.

O tempo médio de recuperação da cirurgia de reparo de manguito rotador é de 4 a 6 meses, podendo variar de acordo com o tamanho da lesão, tipo de cirurgia (via aberta ou atroscópica), idade do paciente e evolução clínica.

É essencial o trabalho multidisciplinar e comunicação entre o fisioterapeuta e o cirurgião, para que as etapas da reabilitação sejam feitas de maneira adequada.

A participação do paciente e entendimento das etapas do tratamento, também são fundamentais para diminuir o risco de recidiva da lesão.

Após a alta é possível que o paciente retorne para todas as suas atividades, sem dor. Porém, deve manter uma rotina de exercícios orientados pelo fisioterapeuta para evitar novos episódios de dor e diminuir o risco de uma nova lesão.

 

Referências Bibliográficas:

https://sbot.org.br/lesao-do-manguito-rotador/

https://www.semanticscholar.org/paper/Results-evaluation-of-arthroscopic-repair-of-cuff-S%C3%A9rgio-%C4%BD./ce77f74bb7c3d45ca4ae18a4287873409568d629

 

Tendinopatia de ombro – Manguito Rotador

Tendinopatia de ombro – Manguito Rotador

 

O ombro:

É uma das articulações mais complexas do nosso corpo. Formada por um conjunto de estruturas: ossos, músculos, tendões, ligamentos, cápsula articular e lábio glenoidal, é a articulação mais móvel do corpo, porém é também a mais instável.

Uma das estruturas mais importantes para esse complexo é o Maguito Rotador, composta por um grupo de quatro músculos (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular), que estão posicionados em torno da articulação do Ombro, sendo responsáveis por estabilizá-la e produzir os movimentos de: elevação do ombro, abdução, rotação lateral e rotação medial.

As tendinopatias do Manguito Rotador estão entre as lesões mais comuns do Ombro e, geralmente são dolorosas e limitantes, podendo chegar a incapacitar algumas atividades do dia a dia, trabalho e ou esportivas.

Podendo aparecer em qualquer faixa etária, se apresenta com mais frequência nos indivíduos entre 40 a 60 anos, com maior predisposição às mulheres.

São vários fatores que colaboram para o aparecimento dessa situação. Entre os principais, temos:

– Envelhecimento

– Sobrecarga

– Sedentarismo

– Desequilíbrio Muscular

– Tabagismo

– Atividades esportivas de arremesso ou que usam o braço e grande amplitude: tênis, basquete, vôlei, beisebol, handball, natação.

– Atividades de trabalho repetitivas, que usam o braço, principalmente carregando peso ou com amplitudes de movimento exageradas, como, por exemplo: professores, costureiras, faxineiros e pintores.

– Traumas;

Porém, a causa mais comum que leva ao surgimento da tendinopatia é a chamada Síndrome do Impacto do Ombro (SIO), que acontece quando as estruturas do ombro (tendões e bursas) sofrem compressão durante o movimento de levantar o braço por uma porção da escápula (Acrômio) e uma porção do Úmero (Tubérculo Maior), devido a um desequilíbrio muscular, sendo responsável por até 60% dos casos de DOR no ombro.

Ainda dentro das causas de SIO e tendinopatia do Manguito Rotador, a anatomia é um fator determinante dessa condição.

Nós possuímos diferentes tipos de Acrômios:

A proeminência óssea da Escápula responsável pela compressão das estruturas que estão dentro do espaço subacromial. Quanto mais curvo o acrômio, maior a chance de ocasionar a síndrome do impacto do ombro.

Os autores Morrison e Bigliani, descreveram três tipos de acrômio:

  •  plano (Tipo I);
  •  curvo (Tipo II);
  • ganchoso (Tipo III)

Estudos em cadáveres mostram uma incidência de 80% de roturas do manguito, associadas com as formas acromiais curvas e ganchosas.

A autora Snyder, também atribui à espessura aumentada no terço anterior do acrômio, importante participação na patologia, independente da curvatura acromial.

Nesse caso, o acrômio nos Tipos:

A → quando a espessura, visualizada na radiografia em perfil do acrômio, é menor que 8 mm;

B → quando esta se situa entre 8 e 12 mm;

C → quando acima de 12 mm

Além das particularidades ósseas, também observamos algumas diferenças entre os tendões do Manguito Rotador. Nesse caso, o tendão do músculo supraespinal é o menos vascularizado. Isso faz com que essa estrutura apresente o maior índice de tendinopatia do Ombro.

Em relação aos SINTOMAS da tendinite do ombro, geralmente encontramos:

– Dor para elevar o braço até o final ou incapacidade de completar o movimento;

– Dor na região lateral ou posterior do Ombro, podendo ser referida até a região acima do cotovelo;

– Inicialmente a dor aparece durante algumas atividades e, com a piora do quadro, pode estar presente no fim do dia e em repouso;

– Dor noturna.

TRATAMENTO

O tratamento da tendinopatia é inicialmente conservador (NÃO-CIRÚRGICO), feito através de fisioterapia, onde após a avaliação, são aplicadas técnicas para melhorar a dor, restaurar a amplitude de movimento e reestabelecer o equilíbrio muscular.

ATENÇÃO: Sem o reequilíbrio muscular o tratamento NÃO pode ser considerado COMPLETO!!

Além disso, é IMPRESCINDÍVEL a conscientização quanto à mudança de alguns hábitos e seguir as orientações do FISIOTERAPEUTA quanto às melhores formas de se realizar as atividades de vida diária, trabalho e esporte.

A SIO e a tendinopatia podem reaparecer caso essas adaptações e mudanças não sejam feitas de maneira permanente. Quadros de tendinite redicivante podem resultar em lesão parcial ou total dos tendões do Manguito Rotador.

Quando há falha do tratamento conservador (3 a 12 meses de tratamento, sem melhora completa dos sintomas), geralmente em pacientes com acrômio dos tipos II e III, o cirurgião realiza o procedimento de Acromioplastia, transformando a estrutura antes curva ou ganchosa em plana.

Após o procedimento cirúrgico, também é indicada a fisioterapia pós-operatória.

Nesse caso, o fisioterapeuta também irá realizar as etapas de melhora da dor, pode utilizar recursos como laser, ultrassom e correntes para auxiliar no processo de cicatrização e, por fim e mais importante etapa do tratamento, o ganho de força e reequilíbrio muscular, com retorno às atividades laborais e esportivas sem dor ou limitação.

– Acompanhe nosso canal do youtube também, sempre postamos conteúdo de dicas de saúde ,fisioterapia ortopédica/esportiva e pilates:

“High Performance Fisio & Pilates”

-Abaixo segue um vídeo de uns dos principais exercícios para o tratamento da tendinopatia de ombro:

Referências Bibliográficas:

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000200027&lng=pt&tlng=pt

https://bjsm.bmj.com/content/44/13/918.long

Benefícios da Atividade física na quarentena e quais cuidados para uma prática segura

Benefícios da Atividade física na quarentena e quais cuidados para uma prática segura

O corpo humano foi feito para se mexer. Não é a toa que temos mais de 600 músculos no nosso corpo, responsáveis pelos incontáveis movimentos que realizamos diariamente.

Porém, a pandemia do COVID-19 que estamos vivendo nesse momento, obrigou todos nós a mudarmos nossos hábitos e, consequentemente, fez com que o sedentarismo e inatividade física aumentassem nesse período.

Ainda assim, não podemos esquecer que, o sedentarismo é considerado o mal do século e vem aumentando cada vez mais há algumas décadas.

À medida que o transporte ficou mais acessível e a tecnologia avançou, ganhamos muito em conforto e praticidade, mas perdemos horas no trânsito, ganhamos estresse e a facilidade ao consumo de fast food fez com que todos nós nos acomodássemos um pouco em relação à prática de atividade física.

Dados de 2018 da OMS mostram que 25% da população mundial é sedentária, ou seja, 1 em cada 4 pessoas não faz atividade física de maneira suficiente. Quando trazemos os dados para a realidade do Brasil, os dados são ainda mais alarmantes: 47% dos brasileiros não faz a quantidade recomendada de exercícios físicos.

Voltando para a realidade da pandemia e do distanciamento social, ao mesmo tempo em que perdemos um pouco à nossa liberdade, ganhamos a possibilidade de usar o tempo que costumávamos passar no trânsito de maneira mais construtiva, ou mesmo de repensar nossos hábitos e estilo de vida.

Também precisamos considerar o impacto que o momento atual tem na nossa saúde mental: os níveis de ansiedade, estresse, medo e até depressão vêm aumentando e, precisamos encontrar meios de combater essas situações e manter a nossa integridade emocional.

Sabendo que a atividade física possui diversos benefícios para a saúde física e também para a saúde mental, resolvemos mostrar alguns benefícios dessa prática, para incentivar os nossos leitores a inserir o exercício físico em suas rotinas e motivar aqueles eu já praticam a manter esse item, tão importante para nossa saúde, em suas vidas.

Benefícios da atividade física para a saúde mental:

– Auxilia na regulação, produção e liberação de hormônios e reações químicas como: GH, endorfina, insulina;

– Ajuda a regular o humor;

– Combate os níveis de estresse;

– Coadjuvante no tratamento de quadros de ansiedade e depressão;

– Essencial para regulação do sono;

Temos alguns benefícios que podemos considerar que são tanto físicos, quanto mentais:

– Auxilia no tratamento da dor crônica: (dor lombar crônica, doenças reumáticas, osteoartrose, entre outras);

– Promove aumento da imunidade.

Benefícios da atividade física para o corpo:

– Desacelera a perda de massa muscular que ocorre a partir dos 30 anos de idade;

– Previne e desacelera a perda de massa óssea, que inicia aos 35 anos;

– Diminui o risco de osteoporose;

– Auxilia na regulação dos níveis de pressão arterial;

– Auxilia na manutenção da cartilagem;

– Previne lesões ortopédicas como: osteoartrose, dor lombar, tendinopatias;

– Melhora o equilíbrio;

– Melhora os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual) nas mulheres;

Como podemos ver, os benefícios da atividade física para o nosso corpo e mente são inúmeros. Contanto que nesse ponto, todos já estão convencidos sobre sua importância, vamos falar sobre os cuidados necessários para realizar de maneira segura durante o isolamento social.

  • Identifique se você está com alguma dor e procure um especialista para identificar a causa e tratar a questão. O fisioterapeuta é o profissional capacitado para avaliar, prescrever e tratar disfunções do movimento.
  • Identifique seu grau de atividade física atual e pré-pandemia. Caso você esteja sedentário há algum tempo, deve tomar alguns cuidados para retomar a atividade física.
  • Sempre que possível busque acompanhamento profissional. A tele fisioterapia (atendimento online à distância) foi autorizada em caráter excepcional, facilitando o acesso ao serviço e permitindo que o cliente tenha acompanhamento durante a realização das sus atividades. Isso diminui o risco de compensações e possíveis lesões. Os profissionais de educação física também realizam consultoria e atendimento à distância.
  • Inicie de maneira gradual. Não tente começar pelo exercício mais intenso ou com maior grau de dificuldade, isso aumenta muito a chance de você se machucar. Procure iniciar por atividades mais leves e moderadas e faça por um tempo mais curto, inicialmente.
  • Caso tenha histórico de doenças cardíacas, diabetes, hipertensão arterial, consulte seu médico. A telemedicina também está liberada nesse momento.
  • Faça exercícios de fortalecimento. Precisamos tonificar os músculos para poder realizar atividades como: correr, jogar bola, dançar, nadar, pedalar e até mesmo caminhar de maneira segura.
  • Tenha frequência. A OMS recomenda 150 minutos de atividade leve a moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana. O ideal é que os exercícios de fortalecimento sejam realizados ao menos 3 vezes na semana e os exercícios aeróbicos complementem o resto do tempo. Além disso, quando ficamos muitos dias sem nos exercitar, o corpo já perde um pouco do que foi conquistado. Dê intervalos de no máximo dois dias.
  • Valorize o descanso: o sono é essencial para o bom funcionamento do nosso corpo. Precisamos manter uma boa qualidade de sono para que o corpo se recupere do que fizemos ao longo do dia e do esforço realizado. Além disso, cuidado redobrado para realizar atividade física nos dias de cansaço extremo ou se estiver com sintomas de resfriado, por exemplo. Dê prioridade à recuperação do seu corpo.
  • Respeite seus limites: ouça o que seu corpo tem a dizer e quanto sentir que deve parar ou diminuir o ritmo, principalmente se a atividade física é algo novo em sua vida.
  • Faça com que se torne um hábito. Os resultados virão com a prática continua. Então, devemos enxergar o exercício com parte da nossa rotina.

Dica extra:

Defina uma meta!

  • Qual é o seu objetivo com o exercício físico?
  • Viver melhor?
  • Diminuir as dores?
  • Envelhecer de maneira saudável?
  • Correr uma maratona?
  • Emagrecer?

Quando definimos uma meta importante para nós, fica mais difícil falhar com os passos que nos levarão até ela. Então, encontre algo importante e que faça sentido para você, escreva num papel e deixe visível até que a atividade física vire um hábito na sua vida.

Motivos não faltam para se exercitar. Encontre o seu e comece a usufruir de todas as vantagens que a atividade física tem para a sua vida.

Tendinite no cotovelo (Epicondilite lateral ou cotovelo do tenista)

Tendinite no cotovelo (Epicondilite lateral ou cotovelo do tenista)

DEFINIÇÃO:

– O cotovelo de tenista (epicondilite lateral) é uma condição dolorosa que ocorre quando os tendões do cotovelo estão sobrecarregados, geralmente por movimentos repetitivos do punho e do braço.

– Epicondilite lateral (cotovelo de tenista) – a epicondilite lateral é a inflamação dos tendões na parte lateral ou externa (“parte de fora do cotovelo”), designando-se por epicôndilo (daí a designação epicondilite).

SINTOMAS:

– Provoca dor ou queimação na parte externa do cotovelo para o antebraço e o punho e diminuição de força de preensão, por exemplo: virar uma maçaneta ou segurar uma xícara de café;

ANATOMIA:

– A articulação do cotovelo é composta por três ossos: o osso do braço (úmero) e os dois ossos do antebraço (rádio e ulna). A protuberância óssea na parte externa (lado lateral) do cotovelo é chamada epicôndilo lateral (o local da inflamação). O tendão, geralmente envolvido é o do músculo extensor radial curto do carpo.

FATORES DE RISCO:

– Comumente em pessoas de 30 à 50 anos;

Como o nome sugere, jogar tênis – especialmente o uso repetido do golpe do backhand com pouca técnica – é uma possível causa do cotovelo de tenista.

backhand é um golpe no tênis no qual se balança a raquete ao redor do corpo com o dorso da mão precedendo a palma da mão.

No entanto pessoas que têm trabalhos que envolvem movimentos repetitivos do punho e do braço têm mais probabilidade de desenvolver cotovelo de tenista, muitos outros movimentos comuns do braço podem causar a epicondilite lateral, incluindo:

-Usando ferramentas de encanamento;

– Pintura;

– Parafusos de acionamento;

– Corte de ingredientes culinários, principalmente carne;

– Uso repetitivo do mouse do computador;

DIAGNÓSTICO

– Durante o exame médico, além da coleta de informações de como se iniciaram os sintomas poderão ser realizados vários testes físicos para avaliar os músculos afetados.

– O médico pode solicitar alguns exames para confirmar o diagnóstico ou para excluir outras causas do problema:

– Raios-X. Esses testes fornecem imagens claras de estruturas densas como osso. Eles podem ser tomados para descartar artrite do cotovelo.

– Ressonância magnética (MRI). Se o seu médico achar que seus sintomas estão relacionados a um problema no pescoço, Eletromiografia (EMG). O seu médico pode solicitar um EMG para descartar a compressão nervosa. Muitos nervos viajam ao redor do cotovelo, e os sintomas da compressão do nervo são semelhantes aos do cotovelo de tenista.

TRATAMENTO:

– Aproximadamente 80% a 95% dos pacientes têm sucesso com o tratamento não cirúrgico.

– Medicamentos anti-inflamatórios, Injeções de cortisona, Terapia de ondas de choque extracorporal, Plasma rico em plaquetas mediante a prescrição médica;

– Fisioterapia: exercícios específicos são úteis para fortalecer os músculos do antebraço. Seu terapeuta também pode realizar técnicas de ultrassom, massagem com gelo ou técnicas de estimulação muscular para melhorar a cicatrização muscular.

– Se você praticar  um esporte de raquete, o fisioterapeuta poderá  verificar seu equipamento quanto ao ajuste adequado. As raquetes mais rígidas e as mais frouxas podem reduzir o estresse no antebraço, o que significa que os músculos do antebraço não precisem ser sobrecarregados. Se você usar uma raquete grande demais, mudar para uma cabeça menor pode ajudar a impedir a recorrência dos sintomas.

– Braçadeira: O uso de uma cinta centrada na parte de trás do antebraço também pode ajudar a aliviar os sintomas do cotovelo de tenista. Isso pode reduzir os sintomas descansando os músculos e tendões.

– Tratamento cirúrgico: É realizado quando o tratamento conservador citado acima não obter resultados, o médico cirurgião irá avaliar a necessidade.

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“High Performance Fisio & Pilates”

-Abaixo segue um vídeo de uns dos principais exercícios para o tratamento da epicondilite lateral:

Referências bibliográficas:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5367546/

“Meu joelho estala quando eu agacho. Posso fazer o exercício mesmo assim?!”

“Meu joelho estala quando eu agacho. Posso fazer o exercício mesmo assim?!”

 

Uma grande preocupação de quem sente o joelho “estalar” ou “ranger” ao realizar o exercício de agachamento.

Ao menos uma vez por semana, alguém nos procura com essa questão:

“Meu joelho estala quando eu agacho. Posso fazer o exercício mesmo assim?!”

Pode e deve! Desde que NÃO apresente dor associada ao movimento. A crepitação por si só, não significa nada. Sempre falamos por aqui que dor não necessariamente é sinal de lesão.Esse “sintoma” pode indicar apenas uma fraqueza muscular, tanto dos músculos da região do quadril, quanto do quadríceps.Caso ocorra dor junto com a crepitação é necessário avaliar a estrutura e adequar o exercício. Muitas vezes, pequenos ajustes tornam o exercício seguro para ser executado sem que você se machuque.Na dúvida, procure o fisioterapeuta. Nós somos os profissionais habilitados para avaliar, tratar e corrigir disfunções do movimento.Agora queremos saber de vocês: quem já sentiu o joelho estalar no agachamento e ficou preocupado?

Eletroestimulação neuromuscular: qual a indicação?

Eletroestimulação neuromuscular: qual a indicação?

Quando temos uma lesão, seja ela articular ou não, o corpo sofre uma série de reações metabólicas locais que resultam em inibição dos músculos próximos àquela estrutura.

A inibição muscular:

Consiste em parte das fibras musculares “adormecerem”, ou seja, elas não conseguem ser ativadas. O músculo estão trabalha fora da sua capacidade normal.

Isso é muito observado no pós- operatório de joelho, onde o quadríceps fica praticamente uma “gelatina” e sem resposta, mas também acontece em lesões que não exigem tratamento cirúrgico. Outro fato que contribui para a inibição muscular é a imobilização ou a falta de uso do membro machucado.
A eletroestimulação é parte fundamental do tratamento de diversas lesões e consiste na aplicação de uma corrente no ventre muscular, para aumentar o recrutamento dessas fibras musculares inibidas, fazendo com que o músculo volte a apresentar sua contração normal e total e, assim, possa recuperar a força.
Na foto acima, realizamos eletroestimulação dos músculos fibulares, fundamentais para a movimentação e estabilização do tornozelo.Lembrando que os parâmetros mudam para cada estrutura.
Também existem algumas contra- indicações.Outro ponto importante é: a #eletroestimulação deve ser associada ao movimento!!!
Não é um tratamento passivo.Sempre consulte o fisioterapeuta em caso de dor ou lesão.